Categoria: Êxodo

O Segundo Livro de Moisés chamado Êxodo
Introdução
Êxodo quer dizer “saída”, e este livro trata do acontecimento mais importante da história do povo de Israel, isto é, a saída dos israelitas do Egito, onde eram escravos. O livro tem quatro partes principais: 1) A libertação dos israelitas; 2) A viagem até o monte Sinai; 3) A aliança de Deus feita com o seu povo no monte Sinai, onde Deus lhe deu as leis morais, civis e religiosas; 4) A construção de um lugar de adoração para o povo de Israel e as leis a respeito do sacerdócio e da adoração de Deus.
Acima de tudo, este livro descreve o que Deus fez, como ele libertou o seu povo e como, daquela gente, ele formou uma nação cheia de esperança no futuro.
A figura humana central do livro é Moisés, o homem a quem Deus escolheu para tirar o seu povo do Egito. No capítulo 3 lemos como Deus chamou Moisés e lhe revelou o seu nome sagrado “EU SOU O QUE SOU”. O trecho mais conhecido do livro é a lista dos dez mandamentos, no capítulo 20.

  • Êxodo, 40

    “MOISÉS CONCLUIU A OBRA”
    1-3 O Eterno falou a Moisés: “No primeiro dia do primeiro mês, arme a Habitação, a Tenda do Encontro. Coloque nela a arca da aliança e isole a arca com a cortina.

    4 “Arrume a mesa, dispondo da maneira correta o candelabro e as lâmpadas.

    5 “Coloque o altar do incenso, feito de ouro, diante da arca da aliança e estenda a cortina na porta da Habitação.

    6 “Coloque o altar das ofertas queimadas à porta da Habitação, na Tenda do Encontro.

    7 “Coloque a bacia, cheia de água, entre a Tenda do Encontro e o altar.

    8 “Arme o pátio de todos os lados e estenda a cortina na sua entrada.

    9-11 “Depois, pegue o óleo da unção, para ungir a Habitação e tudo que estiver dentro dela; consagre-a com todos os seus acessórios, para que se torne santa. Você deve ungir, também, o altar das ofertas queimadas e seus utensílios, consagrando-o para que se torne completamente santo. Deve ungir, ainda, a bacia e sua base, para consagrá-la.

    12-15 “Por último, leve Arão e seus filhos até a entrada da Tenda do Encontro e lave-os com água. Vista Arão com as vestimentas sagradas. Depois de o ungir, consagre-o para me servir como sacerdote. Vista os filhos dele com as túnicas. Eles devem ser ungidos, assim como você ungiu o pai deles, para que me sirvam como sacerdotes. A unção os introduzirá num sacerdócio perpétuo por todas as gerações.”

    16 Moisés fez tudo conforme as ordens do Eterno.

    17-19 No primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, a Habitação foi armada por Moisés. Ele firmou suas bases, ergueu as armações, posicionou os travessões e as colunas, estendeu a tenda sobre a Habitação e pôs a cobertura sobre ela, conforme o Eterno havia ordenado.

    20-21 Dentro da arca, ele guardou as tábuas da aliança, introduziu os varões para o transporte da arca e pôs, sobre ela, a cobertura, a tampa da expiação. Em seguida, levou a arca para a Habitação e estendeu a cortina, isolando a arca da aliança, conforme o Eterno havia ordenado.

    22-23 Ele pôs a mesa na Tenda do Encontro, no lado norte da Habitação, do lado externo da cortina, e arrumou o pão diante do Eterno, conforme ele havia ordenado.

    24-25 Pôs o candelabro na Tenda do Encontro, diante da mesa, no lado sul da Habitação, e preparou as lâmpadas diante do Eterno, conforme ele havia ordenado.

    26-27 Moisés pôs o altar de ouro na Tenda do Encontro, de frente para a cortina, e queimou incenso aromático sobre ele, conforme o Eterno havia ordenado.

    28 Ele pôs a tela na entrada da Habitação.

    29 Depois, levou o altar das ofertas queimadas até a porta da Habitação, a Tenda do Encontro, e apresentou ofertas queimadas e ofertas de cereais, conforme o Eterno havia ordenado.

    30-32 Em seguida, posicionou a bacia entre a Tenda do Encontro e o altar e a encheu de água, para a lavagem ritual. Moisés, Arão e seus filhos lavaram nela as mãos e os pés. Sempre que entravam na Tenda do Encontro e, antes de servir no altar, eles se lavavam, conforme o Eterno havia ordenado a Moisés.

    33 Por último, ele ergueu a cerca do pátio em volta da Habitação e do altar, pondo a tela à entrada. Com isso, Moisés concluiu sua tarefa.

    34-35 A nuvem cobria a Tenda do Encontro, e a glória do Eterno enchia a Habitação. Moisés não podia entrar na Tenda do Encontro, pois a nuvem estava sobre ela, e a glória do Eterno enchia a Habitação.

    36-38 Sempre que a nuvem se levantava da Habitação, o povo de Israel partia, mas, se a nuvem não se erguesse, ninguém levantava acampamento. A nuvem do Eterno ficava sobre a Habitação durante o dia e, de noite, havia fogo sobre ela. Estava sempre visível a todos os israelitas em suas viagens.

  • Êxodo, 39

    1 As vestimentas. Usando tecido azul, roxo e vermelho, eles teceram as vestimentas usadas para ministrar no santuário. Fizeram, também, as vestimentas sagradas para Arão, conforme o Eterno havia ordenado a Moisés.

    2-5 O colete. Fizeram o colete usando ouro, tecido azul, roxo e vermelho e linho fino trançado. Bateram o ouro para obter folhas, que foram, então, cortadas em fios de ouro, usados nos desenhos do tecido azul, roxo e vermelho e no linho fino. Fizeram ombreiras presas nas duas pontas. A faixa enfeitada foi feita do mesmo material: tecido azul, roxo e vermelho e linho fino trançado, formando uma só peça com ele, conforme o Eterno havia ordenado a Moisés.

    6-7 Eles montaram as pedras de ônix sobre engastes de ouro e, nelas, gravaram o nome dos filhos de Israel. Elas foram presas nas ombreiras do colete como pedras memoriais para os israelitas, conforme o Eterno havia ordenado a Moisés.

    8-10 O peitoral. Fizeram um peitoral, como o colete, de tecido azul, roxo e vermelho e de linho trançado. Dobrado ao meio, o peitoral era quadrado, cada um dos lados medindo um palmo. Sobre ele foram aplicadas quatro carreiras de pedras preciosas. Primeira carreira: cornalina, topázio e esmeralda.

    11 Segunda carreira: rubi, safira e cristal.

    12 Terceira carreira: jacinto, ágata e ametista.

    13-14 Quarta carreira: berilo, ônix e jaspe. As pedras foram montadas sobre engastes de ouro. As doze pedras correspondem aos nomes dos filhos de Israel, doze nomes gravados como num selo, uma pedra para cada uma das doze tribos.

    15-21 Foram feitos cordões de ouro puro para o peitoral, entrelaçados como cordas, dois conjuntos de engastes de ouro e duas argolas de ouro, que foram postas nas duas pontas do peitoral. As duas pontas das cordas foram presas às duas argolas na extremidade do peitoral. Também prenderam as cordas aos conjuntos de engastes, ligando-os às ombreiras do colete, na parte da frente. Foram feitas, também, duas argolas de ouro e presas às duas extremidades do peitoral na face interna, junto ao colete. Outras duas argolas de ouro foram feitas e presas na parte da frente do colete até a parte inferior das duas ombreiras, perto da costura acima da faixa enfeitada do colete. O peitoral foi preso por um cordão azul que passava por suas argolas e pelas argolas do colete, para que ficasse firme sobre a faixa enfeitada do colete e não se soltasse, conforme o Eterno havia ordenado a Moisés.

    22-26 O manto. Eles fizeram o manto para o colete, que era todo azul. A abertura no centro do manto era como um colarinho, e, na borda, havia uma barra, para que não rasgasse. Na borda do manto, fizeram romãs de tecido azul, roxo e vermelho e de linho fino trançado. Fizeram, também, sinos de ouro puro e alternaram sinos e romãs — um sino e uma romã, um sino e uma romã — por toda a borda do manto, que era vestido na hora de ministrar, conforme o Eterno havia ordenado a Moisés.

    27-29 Fizeram, também, as túnicas de linho fino, obra de bordador, para Arão e seus filhos, o turbante de linho fino, os barretes de linho, os calções de linho fino trançado e os cintos de linho trançado e de tecido azul, roxo e vermelho, enfeitado com bordados, conforme o Eterno havia ordenado a Moisés.

    30-31 Fizeram ainda a placa, a coroa sagrada de ouro puro, e gravaram sobre ela como se grava num selo: “Santo ao Eterno.” Amarraram nela um cordão azul e a prenderam ao turbante, conforme o Eterno havia ordenado a Moisés.

    32 Assim, concluíram a obra da Habitação, da Tenda do Encontro. O povo de Israel fez tudo que o Eterno havia ordenado a Moisés.

    33-41 Finalmente a Habitação foi apresentada a Moisés, a Tenda com todos os seus acessórios. Eis a lista: ganchos para prender, estruturas, travessões, colunas, bases, cobertura de couro de carneiro, cobertura de couro de golfinho, véu da tela, arca da aliança com seus varões e tampa da expiação, mesa com seus utensílios e o pão da presença, candelabro de ouro puro com suas lâmpadas e todo o equipamento e todos os seus utensílios e o óleo para iluminação, altar de ouro, óleo da unção, incenso aromático, tela para a entrada da Tenda, altar de bronze com sua grelha de bronze seus varões e todos os seus utensílios, bacia e sua base, cortinas para o pátio com suas colunas e bases, tela para a porta do pátio com seus cordões e estacas, utensílios para ministrar na Habitação, a Tenda do Encontro, vestimentas para ministrar no santuário, vestimentas sagradas para o sacerdote Arão e seus filhos, para quando ministrarem como sacerdotes.

    42-43 Os israelitas concluíram o trabalho, como o Eterno havia ordenado. Moisés constatou que eles haviam feito toda a obra exatamente como o Eterno havia ordenado. E os abençoou.

  • Êxodo, 38

    O ALTAR DAS OFERTAS QUEIMADAS
    1-7 Ele fez, com madeira de acácia, o altar das ofertas queimadas, que era quadrado, medindo dois metros e vinte e cinco centímetros de cada lado e um metro e trinta e cinco centímetros de altura, e fez pontas em cada um dos quatro cantos. Elas formavam uma só peça com o altar e foram revestidas de bronze. Também, de bronze, foram feitos os utensílios do altar: os baldes para retirar as cinzas, pás, bacias, garfos e braseiros. Ele fez uma grelha de bronze, que ficava abaixo da beirada do altar, a meia altura dele, e fundiu quatro argolas em cada um dos quatro cantos da grelha para introduzir os varões, que ele fez de madeira de acácia e revestiu com bronze. Em seguida, introduziu os varões pelas argolas nos dois lados do altar, para transportá-lo. O altar foi feito de tábuas e era oco.

    A BACIA
    8 Com o bronze dos espelhos das mulheres que trabalhavam na entrada da Tenda do Encontro, ele fez a bacia e sua base.

    O PÁTIO
    9-11 Ele também fez o pátio. No lado sul, estavam as cortinas do pátio, tecidas com linho trançado. Mediam quarenta e cinco metros de comprimento, com suas vinte colunas e vinte bases de bronze, ganchos para prendê-las e suportes de prata. O lado norte era idêntico ao lado sul.

    12-20 O lado oeste do pátio tinha cortinas que mediam vinte e dois metros e meio, dez colunas e bases, ganchos para prender as cortinas e suportes de prata. No outro lado, o leste, de frente para esses vinte e dois metros e meio de cortinas, havia cortinas da mesma medida com três colunas e bases dos dois lados. Todas as cortinas em volta do pátio eram de linho fino trançado. As bases das colunas eram de bronze, e os ganchos para prender as cortinas eram de prata, à semelhança dos suportes das colunas. As colunas do pátio eram cobertas com prata e unidas com prata. A tela na porta do pátio era bordada com tecido azul, roxo e vermelho e com linho fino trançado. Media nove metros de comprimento e dois metros e vinte e cinco centímetros de altura, a exemplo das cortinas do pátio. Havia quatro colunas com bases de bronze e ganchos de prata. Elas eram cobertas de prata e unidas com prata. Todas as estacas da Habitação e do pátio eram feitas de bronze.

    21-23 Este é o material usado na Habitação, que abrigava as tábuas da aliança. Ele foi registrado, por ordem de Moisés, para a obra dos levitas chefiados por Itamar, filho do sacerdote Arão. Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, fez tudo que o Eterno havia ordenado a Moisés. Com Bezalel, trabalhava Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, artesão, projetista e bordador de tecido azul, roxo e vermelho e de linho fino.

    24 Ouro. O peso total do ouro usado na construção do santuário, todo ele oferecido espontaneamente, foi de uma tonelada, segundo o padrão do santuário.

    25-28 Prata, A prata dos que foram recenseados chegou a mais de três toneladas e meia, segundo o padrão do santuário,, seis gramas para cada recenseado com idade de 20 anos ou mais, totalizando seiscentos e três. mil e quinhentos e cinquenta homens. Eles utilizaram três toneladas e meia de prata para fundir as bases do santuário e, para as cortinas, uma centena de bases, pesando trinta e cinco quilos cada. O restante da prata, vinte quilos e trezentos gramas, foi usado para fazer os ganchos das colunas e para revestir a parte de cima e os suportes das colunas.

    29-31 Bronze. O bronze trazido pesou duas toneladas e meia. Foi usado para fazer a porta da Tenda do Encontro, o altar de bronze com a grelha de bronze e seus outros utensílios, as bases em volta do pátio, as bases da porta do pátio e todas as estacas da Habitação e do pátio.

  • Êxodo, 37

    A ARCA
    1-5 Bezalel fez a arca de madeira de acácia, medindo um metro e dez centímetros de comprimento, setenta centímetros de largura e setenta centímetros de altura. Revestiu-a de ouro puro por dentro e por fora e fez ao seu redor uma moldura de ouro. Fundiu quatro argolas de ouro, prendendo-as aos quatro pés, sendo duas argolai de um lado e duas do outro. Fez também varões de madeira de acácia, revestiu-os com ouro e os introduziu nas argolas dos lados da arca, para o transporte.

    6 Em seguida, fez uma cobertura de ouro puro para a arca, a tampa da expiação, quê media um metro e dez centímetros de comprimento por setenta centímetros de largura.

    7-9 Com ouro batido, esculpiu dois querubins com asas para as extremidades da tampa da expiação, posicionando um anjo numa ponta e outro anjo na outra. Os dois formavam uma só peça com a tampa. Os anjos tinham as asas estendidas e pareciam pairar sobre a tampa da expiação, um de frente para o outro, mas olhando para baixo, na direção da tampa.

    A MESA
    10-15 Ele fez a mesa de madeira de acácia, medindo noventa centímetros de comprimento, quarenta e cinco de largura e setenta de altura. Revestiu-a com ouro puro, aplicando ao seu redor uma moldura de ouro. Fez por toda a sua volta uma borda de quatro dedos de largura com um arremate de ouro em torno dela. Também fundiu quatro argolas de ouro para ela, prendendo-as às pernas da mesa em paralelo com o tampo, para servir de encaixe aos varões usados no transporte. Ele fez varões de madeira de acácia e os revestiu com ouro, para o transporte da mesa.

    16 Os utensílios da mesa eram de ouro puro: os pratos, as tigelas, os potes e as jarras usadas para derramar ofertas.

    O CANDELABRO
    17-23 Ele fez de ouro puro e batido um candelabro com haste e braços, taças, botões e pétalas, tudo formando uma só peça. O candelabro tinha seis braços, três de um lado e três do outro; três taças em forma de flor de amêndoa com botões e pétalas num braço, três no braço seguinte, e assim por diante, nos seis braços. Na haste principal do candelabro, havia quatro taças em forma de amêndoa, com botões e pétalas, cada botão saindo de cada par dos seis braços. O candelabro inteiro, com seus botões e hastes, formava uma única peça de ouro puro e batido. Bezalel fez sete candelabros como esse, com seus apagadores, tudo de ouro puro.

    24 Ele usou uma barra de ouro puro de trinta e cinco quilos para fazer o candelabro e seus acessórios.

    O ALTAR DO INCENSO
    25-28 Ele fez um altar quadrado de madeira de acácia para queimar incenso, medindo quarenta e cinco centímetros de cada lado e noventa de altura. As pontas do altar do incenso formavam uma só peça com ele. O altar foi revestido com ouro puro — a parte de cima, as laterais e as pontas. Em torno dele, foi feita uma moldura de ouro com duas argolas, também de ouro, abaixo da moldura. Ele pôs as argolas em lados opostos para receberem os varões que seriam usados no transporte do altar. Os varões foram feitos de madeira de acácia e revestidos com ouro.

    29 Preparou também, pelas mãos de um perfumista, o óleo sagrado da unção e o incenso puro aromático.

  • Êxodo, 36

    1 “Bezalel e Aoliabe devem agora iniciar o trabalho, com todos os outros que receberam do Eterno capacidade e conhecimento para fazer tudo que se relaciona com a adoração no santuário, conforme ele ordenou.”

    2-3 Moisés convocou Bezalel, Aoliabe e todos os que o Eterno havia dotado de habilidade para os trabalhos manuais. Eles estavam ansiosos por começar e se envolver no trabalho. Moisés entregou a eles todas as ofertas que os israelitas haviam trazido para a construção do santuário. E, manhã após manhã, o povo continuava a trazer suas ofertas voluntárias.

    4-5 Até que, um dia, os artesãos que trabalhavam na construção do santuário procuraram Moisés e o informaram: “O povo está trazendo mais que o necessário para a obra que o Eterno nos mandou fazer!.”

    6-7 Então, Moisés mandou que se divulgasse o seguinte aviso no acampamento: “Homens e mulheres, parem de trazer ofertas para a construção do santuário!.” O povo recebeu ordem para deixar de trazer ofertas! O material arrecadado já era suficiente para a obra. Na verdade, estava sobrando material.

    AS PEÇAS DE TAPEÇARIA
    8-13 Então, os habilidosos artesãos concluíram a Habitação com dez peças de tapeçaria confeccionadas com linho fino trançado e tecidos azuis, roxos e vermelhos enfeitados com querubins. Cada peça de tapeçaria media doze metros e sessenta centímetros de comprimento por oitenta centímetros de largura. Formavam um conjunto com cinco peças e, depois, outro com as cinco restantes. Foram feitas laçadas de tecido azul ao longo da borda da tapeçaria do lado externo do primeiro conjunto, o mesmo acontecendo com a tapeçaria do lado externo do segundo conjunto. Fizeram cinquenta laçadas em cada peça, e as laçadas ficavam uma de frente para a outra. Fizeram, também, cinquenta colchetes de ouro e juntaram as peças de tapeçaria, de modo que a Habitação formasse uma só estrutura.

    14-19 Em seguida, fizeram tapeçarias de pelo de cabra para a cobertura da Habitação, onze peças ao todo. Cada uma media treze metros e meio de comprimento por um metro e oitenta de largura. Fizeram um conjunto com cinco peças e, depois, outro com as seis restantes. Havia cinquenta laçadas ao longo da borda da última peça e cinquenta ao longo da borda da peça de união. Fizeram, também, cinquenta colchetes de ouro e os prenderam nas laçadas, ligando a tenda como um todo. Concluíram o trabalho dando às peças de tapeçaria um revestimento de couro de carneiro tingido de vermelho e, por cima de tudo, puseram uma cobertura de couro de golfinho.

    A ESTRUTURA
    20-30 A Habitação recebeu uma estrutura de chapas verticais de madeira de acácia. Cada segmento da estrutura media quatro metros e meio de comprimento por setenta centímetros de largura e era preso por duas estacas. Todos os segmentos da estrutura foram feitos de tamanho igual: vinte armações para o lado sul da habitação, contendo quarenta bases de prata para receber os dois encaixes de cada um dos vinte segmentos. Essa formação foi repetida no lado norte. E fizeram seis armações na parte de trás da Habitação, voltada para o oeste, acrescentando outras duas para os cantos da parte de trás. As duas armações de canto tinham o dobro da espessura, de alto a baixo, e se encaixavam numa só argola — oito armações, ao todo, com dezesseis bases de prata, sendo duas debaixo de cada estrutura.

    31-34 Fizeram, também, travessões de madeira de acácia, cinco para as armações de um lado da Habitação e cinco para a parte de trás, voltada para o oeste. O travessão central ia de uma extremidade a outra e passava pelo meio das armações. Eles revestiram as armações com ouro e fizeram argolas de ouro para sustentar os travessões, que também foram revestidos de ouro.

    35-36 Confeccionaram a cortina de tecido azul, roxo e vermelho, com linho fino trançado, e teceram sobre ela uma figura de querubim. Em seguida, fizeram quatro colunas de madeira de acácia revestidas de ouro e fundiram quatro bases de prata para elas.

    37-38 Confeccionaram, também, uma tela para a porta da tenda, com tecido azul, roxo e vermelho e linho fino trançado com bordados. Ela foi ajeitada sobre uma estrutura de cinco colunas de madeira de acácia revestidas de ouro. Havia ganchos de ouro na estrutura, para pendurar a tela, e cinco bases de bronze para as colunas.

  • Êxodo, 35

    A CONSTRUÇÃO DO LOCAL DE CULTO
    1 Moisés fez este pronunciamento a toda a comunidade de Israel: “Estas são as coisas que o Eterno ordenou que fizessem:

    2-3 “‘Trabalhem seis dias, mas o sétimo dia será um dia sagrado de descanso, dia do descanso sagrado do Eterno. Quem trabalhar nesse dia será condenado à morte. Não acendam fogo em casa no dia de sábado’.”

    AS OFERTAS
    4 Moisés disse a toda a comunidade de Israel: “Isto é o que o Eterno ordenou:

    5-9 “‘Separem uma oferta ao Eterno. Recebam, em nome do Eterno, o que cada um quiser apresentar como oferta: ouro, prata, bronze, tecido azul, roxo e vermelho, linho fino, pelos de cabra, couro de carneiro, couro de golfinho, madeira de acácia, óleo para lâmpadas, especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático; pedras de ônix e outras pedras a serem aplicadas no colete e no peitoral.

    10-19 “‘Todos os que têm alguma habilidade, venham e façam tudo que o Eterno determinou: a Habitação com sua cobertura, ganchos, armações, travessões, colunas e bases; a arca com seus varões, a tampa da expiação e a cortina divisória; a mesa com seus varões e acessórios e o pão da presença; o candelabro com seus acessórios, lâmpadas e o óleo para iluminar; o altar do incenso com seus varões, o óleo da unção, o incenso aromático, a tela para a entrada da Habitação, o altar das ofertas queimadas com sua grelha de bronze, varões e acessórios; a bacia e sua base, as cortinas para o pátio com suas colunas e bases, a tela para a enfada do pátio, as estacas para a Habitação, as estacas para o pátio com suas cordas, as vestimentas adequadas para ministrar no Lugar Santo, as vestimentas sagradas para Arão, o sacerdote, e seus filhos, quando estiverem ministrando’.”

    20-26 Depois de ouvir essas palavras, o povo dispersou, e todos os que se sentiram tocados por elas portaram-se com generosidade e voltaram com uma oferta para o Eterno, destinada à edificação da Tenda do Encontro, à confecção dos seus móveis e utensílios e das vestimentas sagradas. Homens e mulheres desejosos de contribuir trouxeram broches, brincos, argolas, colares — tudo que era feito de ouro — e ofereceram todas essas joias ao Eterno. Todos os que possuíam tecido azul, roxo e vermelho, pelos de cabra, couro curtido e couro de golfinho também apresentaram esses itens como oferta. Todos os que desejavam oferecer prata ou bronze como presente ao Eterno também o fizeram. E todos os que tinham madeira de acácia atenderam à solicitação e levaram sua oferta. Todas as mulheres que sabiam tecer ofertaram tecidos azuis, roxos e vermelhos, além do linho fino. Todas as mulheres que tinham experiência em fiação apresentaram-se como voluntárias para fiar os pelos de cabra.

    27-29 Os líderes levaram ônix e outras pedras preciosas, a serem aplicadas no colete e no peitoral. Levaram também especiarias e azeite de oliva para o óleo da lâmpada, para o óleo da unção e para o incenso. Todos os homens e mulheres de Israel que sentiram no coração o desejo de apresentar alguma coisa para a obra que o Eterno, por meio de Moisés, havia decidido fazer também compareceram com ofertas voluntárias.

    BEZALEL E AOLIABE
    30-35 Moisés disse aos israelitas: “O Eterno selecionou Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o encheu com o Espírito de Deus, com habilidade e conhecimento para fazer todo tipo de obra, para projetar trabalhos em ouro, prata e bronze, para esculpir pedras e aplicá-las, para esculpir madeira e trabalhar em qualquer tipo de obra artística. Também fez que ele se tornasse instrutor, ele e Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã. Ele os capacitou com conhecimento necessário para esculpir, desenhar, tecer e bordar tecidos azuis, roxos e vermelhos e linho fino. Eles conseguem projetar e fazer qualquer coisa.”

  • Êxodo, 34

    1-3 O Eterno ordenou a Moisés: “Corte duas tábuas de pedra como as primeiras e grave sobre elas as palavras que estavam nas primeiras pedras que você despedaçou. Esteja pronto pela manhã para subir ao monte Sinai e para se encontrar comigo no topo do monte. Ninguém deverá acompanhar você. Todo o monte deverá estar livre de pessoas e até de animais — nem mesmo ovelhas ou bois poderão pastar em frente ao monte.”

    4-7 Moisés cortou duas tábuas de pedra, exatamente como as primeiras. Levantou-se bem cedo e subiu ao monte Sinai, como o Eterno havia ordenado, levando consigo as duas tábuas de pedra. O Eterno desceu na nuvem, posicionou-se ao lado dele e pronunciou o nome, o Eterno. Então, passou à frente de Moisés e proclamou: “Eterno, Eterno, Deus de misericórdia e graça, de paciência que não tem fim, de tanto amor e de fidelidade tão profunda, leal em amor por mil gerações, que perdoa a iniquidade, a rebelião e o pecado. Mas ele não ignora o pecado. E responsabiliza filhos e netos pelos pecados dos pais até a terceira e quarta gerações.”

    8-9 Na mesma hora, Moisés curvou-se ao chão e o adorou, dizendo: “Por favor, Senhor, se enxergas algo bom em mim, acompanha-nos na viagem, por mais teimoso que esse povo seja. Perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado. Toma-nos como tua propriedade.”

    10-12 O Eterno respondeu: “Agora mesmo estou fazendo uma aliança com você: diante dos olhos do seu povo, realizarei maravilhas que nunca foram feitas na terra, em nação alguma. Assim, todos os povos que conviverem com vocês verão como é impressionante a obra do Eterno, a obra que farei por vocês. Preste muita atenção em tudo que estou ordenando hoje. Estou desobstruindo seu caminho, expulsando os amorreus, os cananeus, os hititas, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. Fique atento, para não cair na armadilha de fazer aliança com o povo que vive na terra em que você está entrando.

    13-16 “Derrube os altares deles, esmague seus símbolos fálicos de pedra, ponha abaixo os postes dos deuses da fertilidade. Não preste culto a nenhum outro deus. O Eterno é um Deus zeloso — seu nome é Zeloso. Repito: não faça aliança com o povo que vive na terra nem se associe com aquela vida de sexo e religião. Nada de participar das festanças religiosas deles ou de casar seus filhos com as mulheres deles, mulheres que se associam com qualquer deus ou deusa que julguem conveniente e que levarão seus filhos a fazer o mesmo.

    17 “Não faça deuses de fundição para você.

    18 “Guarde a festa dos Pães sem Fermento. No mês de abibe, coma apenas pão sem fermento durante sete dias — foi no mês de abibe que você saiu do Egito.

    19 “Todo primogênito me pertence, todos os machos dos seus rebanhos, as primeiras crias entre bois e ovelhas.

    20 “Resgate, com um cordeiro, o primeiro filhote macho da jumenta. Se não o resgatar, quebre o pescoço dele. “Resgate todo primogênito entre vocês. “Ninguém deve comparecer de mãos vazias na minha presença.

    21 “Trabalhe seis dias e descanse no sétimo. Interrompa o trabalho nesse dia, mesmo quando estiver arando ou colhendo.

    22 “Guarde a festa das Semanas na primeira colheita do trigo e a festa das Safras na virada do ano.

    23-24 “Todos os homens devem comparecer três vezes por ano diante do Senhor, o Eterno de Israel. Não fique preocupado com a terra quando você for comparecer diante do Eterno três vezes por ano. Eu mesmo expulsarei as nações dali e darei fartura de terra. Ninguém ficará à espreita, arquitetando planos para tirá-la de vocês.

    25 “Não misture o sangue dos meus sacrifícios com alguma coisa fermentada. “Não deixe até a manhã seguinte o que sobrar da festa da Páscoa.

    26 “Leve à casa do Eterno o melhor dos primeiros frutos da sua produção. “Não cozinhe o cabrito no leite de sua mãe.”

    27 O Eterno disse também a Moisés: “Agora escreva essas palavras, porque, por meio delas, faço uma aliança com você e com Israel.”

    28 Moisés esteve ali com o Eterno quarenta dias e quarenta noites. Não comeu nada nem bebeu água. E escreveu sobre as tábuas as palavras da aliança, os Dez Mandamentos.

    29-30 Quando desceu do monte Sinai, trazendo as duas tábuas da aliança, Moisés não sabia que a pele do seu rosto reluzia, porque esteve falando com o Eterno. Arão e todos os israelitas viram Moisés com o rosto reluzente e se afastaram, pois ficaram com medo de chegar perto dele.

    31-32 Moisés precisou chamá-los de volta. Arão e os líderes da comunidade, então, se aproximaram dele, e Moisés teve uma conversa com eles. Depois, todos os israelitas se aproximaram, e ele repetiu diante do povo os mandamentos, tudo que o Eterno havia falado no monte Sinai.

    33-35 Quando acabou de falar com eles, Moisés cobriu o rosto com um véu. Mas, sempre que entrava na presença do Eterno, para falar com ele, Moisés retirava o véu até sair de lá. Ao sair, comunicava aos israelitas as ordens do Eterno. O rosto de Moisés reluzia, mas ele o mantinha coberto com o véu até entrar de novo para falar com o Eterno.

  • Êxodo, 33

    1-3 O Eterno disse a Moisés: “Agora, vá! É hora de partir. Você e o povo que você tirou da terra do Egito dirijam-se à terra que prometi a Abraão, Isaque e Jacó, dizendo: ‘Eu a darei a seus descendentes’. Enviarei um anjo à sua frente e expulsarei os cananeus, os amorreus, os hititas, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. É uma terra em que manam leite e mel. Mas não estarei com vocês pessoalmente, porque vocês são um povo obstinado, e posso me sentir tentado a destruí-los no caminho.”

    4 Quando o povo ficou sabendo desse duro veredito, todos ficaram tristes e abatidos. Não quiseram mais nem usar suas joias.

    5-6 E o Eterno disse a Moisés: “Diga aos israelitas o seguinte: ‘Vocês são um povo teimoso. Eu não poderia acompanhar vocês nem por um minuto, pois sei que os destruiria. Portanto, tirem todas as joias enquanto resolvo o que faço com vocês’.” Assim, do monte Horebe em diante, os israelitas deixaram de usar joias.

    7-10 Moisés costumava armar a Tenda fora do acampamento, a certa distância dele. Ele a chamava Tenda do Encontro. Quem quisesse consultar o Eterno se dirigia à Tenda do Encontro, fora do acampamento. Era assim: quando Moisés ia para a Tenda, todo o povo ficava observando. Os homens ficavam à entrada da sua tenda, olhando para Moisés, até que ele entrasse na Tenda do Encontro. Assim que ele entrava, a coluna de nuvem descia sobre a entrada da Tenda, e o Eterno falava com Moisés. Todo o povo via a coluna de nuvem na entrada da Tenda, observava com atenção e se curvava para adorar. Cada homem que estivesse à entrada da sua tenda fazia isso.

    11 E o Eterno falava com Moisés face a face, como um vizinho fala com o outro por cima da cerca. Moisés voltava para o acampamento, mas o jovem Josué, seu auxiliar, não deixava a Tenda.

    12-13 Moisés disse ao Eterno: “Tu me dizes: ‘Conduza este povo’, mas não me deixas saber quem enviarás comigo. Tu me dizes: ‘Conheço você muito bem, e você é especial para mim. Se sou assim tão especial para ti, permite que eu tome conhecimento dos teus planos. Assim, continuarei sendo especial para ti. Não te esqueças de que este é o teu povo, tua responsabilidade.”

    14 O Eterno respondeu: “Minha presença irá com você. Eu me encarregarei da viagem até o fim.”

    15-16 Moisés não concordou: “Se tua presença não assumir a liderança aqui, cancela agora mesmo a viagem. De que outra forma se poderia saber que estás comigo nisso, comigo e com teu povo? Quero saber: viajarás conosco ou não? De que outra forma saberemos que somos especiais, eu e teu povo, entre todos os outros povos da terra?.”

    17 O Eterno respondeu a Moisés: “Está bem. Será como você disse. Eu também farei isso, pois conheço você muito bem, e você é especial para mim. Eu conheço você pelo nome.”

    18 Moisés, então, disse: “Por favor, permita que eu veja a tua glória.”

    19 O Eterno respondeu: “Farei passar minha bondade diante de você. Pronunciarei o nome, o Eterno, bem na sua frente. Tratarei bem os que eu quiser tratar bem e serei bom com quem eu quiser ser bom.”

    20 O Eterno continuou: “Mas você não poderá ver meu rosto. Ninguém pode me ver e continuar vivo.”

    21-23 O Eterno disse: “Há um lugar aqui do meu lado. Fique em cima desta rocha. Quando a minha glória passar, porei você na fenda da rocha e o cobrirei com a mão até que eu termine de passar. Então, tirarei a mão, e você me verá pelas costas. Mas não verá o meu rosto.”

  • Êxodo, 32

    FAÇA DEUSES PARA NÓS
    1 Com a demora de Moisés em descer do monte, o povo começou a ficar inquieto. Eles se reuniram em torno de Arão e disseram: “Tome uma atitude! Faça deuses para nós, que possam nos conduzir. Esse Moisés, que nos tirou do Egito — quem sabe o que aconteceu com ele?.”

    24 E Arão respondeu: “Retirem as argolas de ouro das orelhas de suas esposas, filhos e filhas e tragam tudo para mim.” Eles obedeceram, e as argolas de ouro passaram das orelhas do povo para as mãos de Arão. Ele derreteu todo aquele ouro e modelou, com uma ferramenta de escultor, a forma de um bezerro. A reação do povo foi de entusiasmo: “São esses os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!”

    5 Arão, percebendo o que eles queriam, construiu um altar diante do bezerro e anunciou: “Amanhã será dia de festa ao Eterno!.”

    6 No dia seguinte, bem cedo, o povo se levantou, ofereceu ofertas queimadas e trouxe ofertas de paz. E todos se sentaram para comer e beber, dando início à festa. E foi uma festa desenfreada!

    7-8 O Eterno disse a Moisés: “Desça! O povo que você tirou da terra do Egito está se corrompendo. Desviou-se muito depressa do caminho que tracei para eles, porque fizeram um bezerro de fundição e o estão adorando. Sacrificaram a ele e disseram: ‘Esses são, ó Israel, os deuses que tiraram vocês da terra do Egito’.”

    9-10 O Eterno disse ainda a Moisés: “Olho para essa multidão e vejo um povo teimoso e obstinado! Afaste-se um pouco, para que eu possa dar vazão à minha ira e incinerá-los ali mesmo! Mas farei de você uma grande nação.”

    11-13 Moisés tentou acalmar o Eterno, dizendo: “Por que, ó Eterno, perderias a calma com teu povo? Tu os tiraste do Egito numa grande demonstração de poder. Por que os egípcios haveriam de dizer agora: ‘Isso foi premeditado por ele — libertou-os só para que pudesse matá-los nas montanhas e eliminá-los da face da terra? Por favor, contenha tua ira! Pense duas vezes antes de trazer o mal sobre teu povo! Lembra-te de Abraão, Isaque e Israel, teus servos, a quem deste tua palavra, dizendo: ‘Darei muitos filhos a vocês, tantos quantos as estrelas no céu, e darei para sempre esta terra a seus filhos’.”

    14 E o Eterno concordou em pensar mais um pouco. E decidiu não trazer sobre seu povo o mal com que o havia ameaçado.

    15-16 Moisés desceu o monte, carregando as duas tábuas da aliança. Elas estavam escritas na frente e no verso. Deus as havia preparado e esculpido nelas as palavras.

    17 Ao ouvir o barulho e a gritaria do povo, Josué disse a Moisés: “É barulho de guerra no acampamento!”

    18 Mas Moisés retrucou: “Essa música não é de vitória, E também não é música de derrota; Estou ouvindo música de um povo em festa.”

    19-20 E era isso mesmo. Quando Moisés chegou perto do acampamento e viu o bezerro e o povo dançando, ficou furioso. Jogou as tábuas ao chão, despedaçando-as ao pé do monte. Então, pegou o bezerro que haviam feito, derreteu-o no fogo, reduziu-o a pó, espalhou-o sobre a água e obrigou os israelitas a beber.

    21 Em seguida, Moisés perguntou a Arão: “O que esse povo fez para que você o envolvesse num pecado tão grande assim?”

    22-23 Arão respondeu: “Senhor, não fique zangado. Você conhece esse povo e sabe como está voltado para o mal. Eles me disseram: ‘Faça-nos deuses, que possam nos conduzir. Esse Moisés, que nos tirou do Egito — ninguém sabe o que aconteceu com ele.

    24 “Então, eu disse: ‘Quem tem ouro?’. Eles juntaram suas joias e trouxeram tudo para mim. Joguei o ouro no fogo, e saiu aquele bezerro.”

    25-26 Moisés viu que o povo estava fora de controle — Arão os havia deixado naquela situação — e agora seria motivo de chacota para os inimigos. Por isso, tomou uma decisão. Posicionou-se à entrada do acampamento e disse: “Quem estiver do lado do Eterno, junte-se a mim!” Todos os levitas se apresentaram.

    27 Ele os orientou: “Estas são as ordens do Eterno, o Deus de Israel: ‘Peguem suas espadas e percorram o acampamento. Matem seus irmãos, amigos e vizinhos’”,

    28 Os levitas cumpriram a ordem de Moisés. Naquele dia, foram mortas três mil pessoas.

    29 Moisés falou: “Hoje vocês confirmaram sua ordenação. E o preço foi alto — tiveram de matar seus filhos e irmãos! Mas Deus os abençoou.”

    30 No dia seguinte, Moisés dirigiu-se ao povo, dizendo: “Vocês cometeram um pecado gigantesco! Mas vou consultar o Eterno. Talvez eu consiga livrá-los desse pecado.”

    31-32 Moisés retornou ao Eterno com sua petição: “Tudo isso é terrível. Esse povo pecou — e o pecado foi gigantesco! Fizeram deuses de ouro para adorar. Se puderes perdoar o pecado deles, serei muito grato. Mas, se não for possível, risca o meu nome do livro que escreveste.”

    33-34 O Eterno disse a Moisés: “Riscarei do meu livro apenas os que pecarem contra mim. Vá agora mesmo e conduza o povo ao lugar que indiquei. Saiba que meu Anjo vai à sua frente. Mas, no dia em que eu fizer o acerto de contas, os pecados que eles cometeram não ficarão de fora.”

    35 E o Eterno enviou uma praga sobre o povo por causa do bezerro que eles e Arão haviam feito.

  • Êxodo, 31

    BEZALEL E AOLIABE
    1-5 O Eterno disse a Moisés: “Fiz o seguinte: escolhi eu mesmo Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi com o Espírito de Deus. Dei a ele capacidade, habilidade e conhecimento artístico para criar peças em ouro, prata e bronze, para cortar e montar pedras preciosas e para entalhar madeira. Fiz dele um especialista de mão-cheia.

    6-11 “Também capacitei Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, para trabalhar com ele. Dei capacidade a todos os que têm aptidão para o trabalho artístico, para fazerem todas as coisas que tenho ordenado: a Tenda do Encontro, a arca da aliança com a tampa da expiação, todos os acessórios da tenda, a mesa e seus acessórios, o candelabro puro e seus acessórios, o altar do incenso, o altar das ofertas queimadas e seus acessórios, a bacia e sua base, as vestimentas adequadas, as vestimentas sagradas para Arão, o sacerdote, e seus filhos com deveres sacerdotais, o óleo da unção, o incenso aromático para o Lugar Santo — eles farão todas essas coisas conforme tenho ordenado a você.”

    O SÁBADO
    12-17 O Eterno disse a Moisés: “Diga aos israelitas: ‘Acima de todas as coisas, guardem meus sábados, sinal que estabeleço entre mim e vocês, para todas as gerações, a fim de manter viva em vocês a ideia de que sou o Eterno, que os santifica. Guardem o sábado: ele é sagrado para vocês. Quem o profanar será condenado à morte. Quem trabalhar nesse dia será expulso do meio do povo. Existem seis dias em que se deve trabalhar, mas o sétimo dia é o sábado, exclusivo pára descanso, dedicado ao Eterno. Quem trabalhar no sábado será condenado à morte. Os israelitas guardarão o sábado e deverão fazê-lo por todas as suas gerações, como uma aliança perpétua. Trata-se de um sinal contínuo entre mim e os israelitas. Pois o Eterno fez o céu e a terra em seis dias, mas parou no sétimo, respirou fundo e descansou.

    18 Ao terminar de falar com Moisés no monte Sinai, o Eterno entregou a ele as duas tábuas da aliança, feitas de pedra e escritas com o dedo de Deus.