Categoria: Êxodo

O Segundo Livro de Moisés chamado Êxodo
Introdução
Êxodo quer dizer “saída”, e este livro trata do acontecimento mais importante da história do povo de Israel, isto é, a saída dos israelitas do Egito, onde eram escravos. O livro tem quatro partes principais: 1) A libertação dos israelitas; 2) A viagem até o monte Sinai; 3) A aliança de Deus feita com o seu povo no monte Sinai, onde Deus lhe deu as leis morais, civis e religiosas; 4) A construção de um lugar de adoração para o povo de Israel e as leis a respeito do sacerdócio e da adoração de Deus.
Acima de tudo, este livro descreve o que Deus fez, como ele libertou o seu povo e como, daquela gente, ele formou uma nação cheia de esperança no futuro.
A figura humana central do livro é Moisés, o homem a quem Deus escolheu para tirar o seu povo do Egito. No capítulo 3 lemos como Deus chamou Moisés e lhe revelou o seu nome sagrado “EU SOU O QUE SOU”. O trecho mais conhecido do livro é a lista dos dez mandamentos, no capítulo 20.

  • Êxodo, 30

    O ALTAR DO INCENSO
    1-5 “Faça um altar de madeira de acácia para queimar incenso. Ele será quadrado e medirá quarenta e cinco centímetros de cada lado por noventa de altura, e suas pontas formarão uma só peça com ele. Você deve revesti-lo de ouro puro, seu tampo, os lados e as pontas e fazer uma moldura de ouro em volta dele. Debaixo dessa moldura devem sair duas argolas de ouro. Coloque as argolas opostas uma a outra, a fim de servirem de encaixe para os varões quando o altar for transportado. Faça os varões de madeira de acácia e revista-os com ouro.

    6-10 “Posicione o altar diante da cortina que separa a arca da aliança, diante da tampa da expiação que está sobre as tábuas da aliança. Ali me encontrarei com você. Arão queimará incenso aromático sobre o altar todas as manhãs, quando vier limpar as lâmpadas e, depois, à noite, quando vier acendê-las, para que sempre haja incenso queimando diante do Eterno, de geração em geração. Mas não queime sobre esse altar nenhum incenso profano ou alguma oferta queimada ou de cereais. Também não derrame sobre ele nenhuma oferta derramada. Uma vez por ano, Arão deverá purificar as pontas do altar. Usando o sangue da oferta de perdão, ele deve fazer essa expiação todos os anos por todas as gerações. É coisa santíssima ao Eterno.”

    O IMPOSTO DE EXPIAÇÃO
    11-16 O Eterno disse a Moisés: “Quando você fizer a contagem dos israelitas, todos deverão pagar ao Eterno um imposto pela expiação da vida, quando forem recenseados, para que nenhum mal aconteça a eles por causa do recenseamento. Todos os que forem contados devem pagar seis gramas de prata (de acordo com o padrão do santuário). Essa prata deve ser oferecida ao Eterno. Todos os que forem contados da idade de

    20 anos para cima devem apresentar essa oferta ao Eterno. O rico não deverá pagar mais nem o pobre deverá pagar menos que os seis gramas oferecidos ao Eterno, o imposto de expiação pela vida. Recolha dos israelitas o dinheiro do imposto de expiação. Ele deverá ser aplicado na manutenção da Tenda do Encontro. Será um fundo memorial para os israelitas em honra ao Eterno e fará expiação pela vida de vocês.”

    A BACIA
    17-21 O Eterno disse a Moisés: “Faça uma bacia de bronze. Ela deverá ter uma base de bronze. Posicione-a entre a Tenda do Encontro e o altar e ponha água nela. Arão e seus filhos lavarão as mãos e os pés nessa bacia. Antes de entrarem na Tenda do Encontro ou de se aproximarem do altar para servir ou para fazer ofertas ao Eterno, deverão se lavar, para que não morram. Deverão lavar as mãos e os pés para que não morram. Essa é uma ordem perpétua para Arão e seus filhos e todos os seus descendentes.”

    O ÓLEO SAGRADO DA UNÇÃO
    22-25 O Eterno disse a Moisés: “Junte as melhores especiarias: seis quilos de mirra liquida, mais a metade disso, ou seja, três quilos de canela aromática, três quilos de cana aromática e seis quilos de cássia — utilizando o padrão de peso do santuário para todas — e um galão de azeite de oliva. Faça, com esses ingredientes, o óleo sagrado da unção, uma mistura de perfumista experiente.

    26-29 “Use-o para ungir a Tenda do Encontro, a arca da aliança, a mesa e seus utensílios, o candelabro e seus utensílios, o altar do incenso, o altar das ofertas queimadas e seus utensílios e a bacia com sua base. Você deverá consagrar esses objetos, para que fiquem permeados de santidade, e qualquer pessoa que tocar neles se tornará santa.

    30-33 “Em seguida, você deverá ungir Arão e seus filhos. Consagre-os como sacerdotes a mim. Diga aos israelitas: ‘Este será o meu óleo sagrado da unção para todas as suas gerações’. Não deve ser usado pelo cidadão comum nem reproduzido para uso próprio. É óleo santo: que continue santo. Quem preparar algum composto semelhante ou usá-lo em pessoas comuns será expulso do meio do povo.”

    O INCENSO SAGRADO
    34-38 O Eterno disse a Moisés: “Misture especiarias aromáticas — resina de goma, ônica, gálbano — e acrescente incenso puro. Esses ingredientes devem ser misturados em partes iguais para fazer o incenso aromático, trabalho de perfumista. Deve levar sal, para que seja puro — santo. Em seguida, amasse um pouco do incenso, até virar pó, e espalhe-o diante das tábuas da aliança, na Tenda do Encontro, onde me encontrarei com você. Esse lugar será santíssimo para você. Depois que preparar o incenso, não reproduza a mistura para uso próprio. É santo ao Eterno e deve continuar santo. Quem fizer um incenso igual para uso próprio será expulso do meio do povo.”

  • Êxodo, 29

    A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES
    1-4 “Esta será a cerimônia de consagração dos sacerdotes. Escolha a um touro e dois carneiros saudáveis e sem defeito. Com a melhor farinha, mas sem fermento, faça pães e bolos misturados com azeite e bolos achatados e untados com azeite. Ponha tudo num cesto e leve junto o touro e os dois carneiros. Conduza Arão e seus filhos à entrada da Tenda do Encontro e lave-os com água.

    5-9 “Em seguida, as vestimentas: vista Arão com a túnica, o manto do colete, o colete e o peitoral, dobrando o colete sobre ele com o cinto bordado. Ponha o turbante na cabeça dele e, sobre o turbante, a coroa sagrada. Depois, é hora de ungir: derrame o óleo sagrado sobre a cabeça de Arão. Logo após, traga os filhos de Arão, vista-os com as túnicas, envolva-os com os cintos, Arão e os filhos, e ponha os barretes sobre a cabeça de cada um. O sacerdócio deles é sustentado pela lei e é permanente.

    9-14 “Vou dizer agora como você ordenará Arão e os filhos. Traga o touro para a Tenda do Encontro, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do animal. Então, você imolará o touro na presença do Eterno, à entrada da Tenda do Encontro. Pegue um pouco do sangue do touro e, com o dedo, borrife as pontas do altar; derrame o resto do sangue sobre a base. Depois, pegue toda a gordura que recobre as vísceras e envolve o fígado e os rins e queime sobre o altar, Mas a carne, o couro e o excremento do animal deverão ser queimados por completo fora do acampamento. É uma oferta de perdão.

    15-18 “Em seguida, traga um dos carneiros. Arão e os filhos deverão impor as mãos sobre a cabeça do animal, que será imolado. O sangue será jogado contra o altar, em volta dele. Corte o carneiro em pedaços, lave as vísceras e as pernas, junte os pedaços com a cabeça e queime o carneiro todo sobre o altar. É oferta queimada ao Eterno, um aroma agradável para ele.

    19-21 “Então, traga o segundo carneiro. Arão e os filhos deverão impor as mãos sobre a cabeça do animal, que deverá ser imolado. Pegue um pouco do sangue e esfregue-o contra o lóbulo da orelha direita de Arão e também dos filhos, sobre o polegar da mão direita e sobre o dedão do pé direito de todos eles. O resto do sangue deverá ser aspergido por todos os lados do altar. Pegue um pouco do sangue que estiver sobre o altar, misture-o com um pouco de óleo sagrado e faça aspersão sobre Arão e suas roupas e sobre seus filhos e as roupas deles, para que Arão, filhos e roupas sejam santificados.

    22-23 “Retire a gordura do carneiro, a parte gorda da cauda, a gordura que recobre as vísceras, o lóbulo do fígado, os rins com a gordura que está sobre eles e a coxa direita: esse é o carneiro da ordenação. Do cesto que está na presença do Eterno, pegue um pão, um bolo com azeite e um bolo achatado.

    24-25 “Ponha todas essas coisas nas mãos de Arão e dos filhos, que as moverão diante do Eterno. É uma oferta movida. Depois de movidas, pegue-as de volta e queime-as também sobre o altar — um aroma agradável ao Eterno, um presente oferecido a ele.

    26 “Em seguida, tome o peito do carneiro, que pertence a Arão, e mova-o perante o Eterno, uma oferta movida. E essa será sua parte.

    27-28 “Consagre o peito da oferta movida e a coxa que foi apresentada. Essas são as partes do carneiro da ordenação que pertencem a Arão e seus filhos. Eles sempre deverão receber essa oferta dos israelitas e deverão apresentá-la regularmente, após retirá-la das ofertas de paz.

    29-30 “Os trajes sagrados de Arão deverão ser repassados a seus descendentes, de modo que sejam ungidos e ordenados com eles. O filho que o suceder como sacerdote deverá usá-los durante sete dias e entrar na Tenda do Encontro para ministrar no Lugar Santo.

    31-34 “Pegue o carneiro da ordenação e cozinhe sua carne no Lugar Santo. À entrada da Tenda do Encontro, Arão e seus filhos comerão o carneiro cozido e o pão que está no cesto. Expiados por essas ofertas, ordenados e consagrados por elas, eles são os únicos autorizados a comê-las. Ninguém de fora deve comê-las, pois elas são sagradas. Tudo que sobrar do carneiro da ordenação e o pão que ficar até a manhã seguinte deverão ser queimados. Não comam desses restos porque são sagrados.

    35-37 “Faça tudo que estiver relacionado com a ordenação de Arão e de seus filhos, exatamente como tenho ordenado, ao longo dos sete dias. Todos os dias, ofereça um touro como oferta de perdão. Ofereça-a sobre o altar quando fizer expiação por ele. Você deve ungir e consagrar o altar, fazer expiação por ele e consagrá-lo por sete dias. O altar ficará permeado de santidade, e qualquer pessoa que o tocar se tornará santa.

    38-41 “Sobre o altar, ofereça o seguinte: dois cordeiros de dois anos, todos os dias, um pela manhã e outro no fim da tarde. Com o sacrifício do primeiro cordeiro, ofereça um jarro cheio da melhor farinha mais um litro de azeite de oliva puro e um litro de vinho como oferta derramada. O sacrifício do segundo cordeiro, apresentado ao anoitecer, também deve ser acompanhado pelas mesmas ofertas de cereais e ofertas derramadas do sacrifício da manhã, um aroma agradável, um presente para o Eterno.

    42-46 “Essa deverá ser a oferta queimada oferecida regular e diariamente ao Eterno, geração após geração, feita à entrada da Tenda do Encontro. É ali que os encontrarei, que falarei com vocês, que me encontrarei com os israelitas, lugar santificado pela minha glória. Também santificarei a Tenda do Encontro e o altar. Santificarei Arão e seus filhos, para que me sirvam como sacerdotes. Eu me mudarei para lá e habitarei com os israelitas. Serei o Deus deles. E eles saberão que eu sou o Eterno, que os tirou da terra do Egito para que pudesse habitar com eles. Eu sou o Eterno, o seuDeus.”

  • Êxodo, 28

    AS VESTIMENTAS
    1-5″Entre os israelitas, seu irmão Arão e os filhos dele deverão me servir como sacerdotes: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar, Faça, para seu irmão Arão, vestimentas sagradas que simbolizem glória e beleza. Convoque os artesãos mais experientes, aqueles a quem capacitei para esse trabalho, e tome providências para que eles façam as vestimentas de Arão. Ele será consagrado para atuar como sacerdote diante de mim. Estas são as peças do vestuário que eles devem confeccionar: peitoral, colete, manto, túnica bordada, turbante e cinto. Eles farão as vestimentas sagradas que Arão e seus filhos usarão quando estiverem ministrando como sacerdotes para mim. Precisarão de ouro, tecido azul, roxo e vermelho e linho fino.”

    O COLETE
    6-14 “O colete deverá ser confeccionado por um artesão experiente, com os seguintes materiais: ouro, tecido azul, roxo e vermelho e linho fino trançado. Coloque duas ombreiras nas duas extremidades para que fique bem firme. A faixa enfeitada que vai sobre ele deve ser do mesmo material, e os dois devem formar uma só peça, feita de ouro, tecido azul, roxo e vermelho e linho fino trançado. Em seguida, pegue duas pedras de ônix e grave nelas os nomes dos filhos de Israel, por ordem de nascimento. Serão seis nomes numa pedra e seis na outra. Grave os nomes dos filhos de Israel sobre as duas pedras, assim como o l dador grava um selo. Em seguida, monte as pedras sobre engastes de ouro. Prenda as duas pedras sobre as ombreiras do colete: são pedras memoriais para os israelitas. Arão levará sobre os ombros esses nomes como memorial diante do Eterno. Faça os engastes de ouro e duas carreiras de ouro puro, que deverão ser trançadas como numa corda e presas aos engastes.”

    O PEITORAL
    15-20 “Em seguida, faça o peitoral do juízo, utilizando artesãos experientes, a exemplo do que se fará com o colete. Use ouro, tecido azul, roxo e vermelho e linho fino trançado. Ele será quadrado, cada lado medindo um palmo, e dobrado em dois. Aplique sobre ele quatro carreiras de pedras preciosas: Primeira carreira: cornalina, topázio e esmeralda. Segunda carreira: rubi, safira e cristal. Terceira carreira: jacinto, ágata e ametista. Quarta carreira: berilo, ônix e jaspe.

    20-21 “Elas serão montadas sobre engastes de ouro. As doze pedras correspondem aos nomes dos israelitas, com doze nomes gravados, um em cada pedra, como um selo para as doze tribos.

    22-28 “Para o peitoral, faça também cordões de ouro puro entrelaçados como cordas e duas argolas de ouro a serem presas nas duas extremidades. Prenda os dois cordões de ouro nas argolas das extremidades do peitoral. Em seguida, prenda as outras extremidades dos dois cordões nos dois engastes e junte-os às ombreiras do colete, na parte da frente. Faça mais duas argolas de ouro e prenda-as nas duas extremidades do peitoral pela borda do lado de dentro, junto ao colete. Faça, ainda, outras duas argolas de ouro e prenda-as na parte da frente do colete até a parte inferior das ombreiras, perto da costura que fica acima da faixa enfeitada. Prenda o peitoral, passando um cordão azul pelas suas argolas e pelas argolas do colete, de modo que ele fique firme sobre a faixa enfeitada do colete e não se solte.

    29-30 “Toda vez que entrar no santuário na presença do Eterno, Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo, sobre o coração, como memorial. Coloque o Urim e o Tumim no peitoral do juízo. Eles devem estar sobre o coração de Arão quando ele entrar na presença do Eterno. Assim, Arão sempre levará consigo o peitoral do juízo ao entrar na presença do Eterno.”

    O MANTO
    31-35 “Faça inteiramente azul o manto para o colete, com uma abertura central, para a cabeça, e barra na borda, para que não se rasgue. Por toda a borda da peça, faça romãs de tecido azul, roxo e vermelho, alternando-as com sinos de ouro — sino de ouro e romã, sino de ouro e romã — em toda a barra do manto. Arão deverá usá-lo quando estiver realizando seu trabalho de sacerdote. Os sinos serão ouvidos quando ele entrar no Lugar Santo, na presença do Eterno, e também quando sair, para que não morra.”

    O TURBANTE, A TÚNICA E OS CALÇÕES
    36-38 “Faça uma placa de ouro puro e grave sobre ela, como num selo: ‘Santo ao Eterno’. Amarre-a com um cordão azul na frente do turbante, sobre a testa de Arão. Ele carregará toda culpa que possa estar sobre alguma das ofertas sagradas que os israelitas consagrarem, não importa o que venham a trazer. Estará sempre sobre a testa de Arão, para que as ofertas sejam aceitáveis ao Eterno.

    39-41 “Confeccione a túnica com linho fino. Faça o turbante de linho fino. O cinto será feito por um bordador. Faça túnicas, cintos e barretes para os filhos de Arão como expressões de glória e beleza. Vista com eles Arão e seus filhos. Você irá ungir, ordenar e consagrar todos eles para me servirem como sacerdotes.

    42-43 “Faça calções de linho, que deverão ir da cintura até a coxa, para cobrir a nudez dos sacerdotes. Arão e seus filhos devem vesti-los sempre que entrarem na Tenda do Encontro ou quando se aproximarem do altar para ministrar no Lugar Santo, a fim de que não incorram em culpa e morram. Essa regra vale para Arão e para todos os seus descendentes de linhagem sacerdotal.”

  • Êxodo, 27

    O ALTAR
    1-8 “Faça um altar de madeira de acácia. Ele deverá ser quadrado, medindo dois metros e vinte e cinco centímetros de cada lado e um metro e trinta e cinco de altura. Faça pontas em cada um dos quatro cantos. Elas farão parte da mesma peça do altar e serão revestidas de bronze. Faça baldes para retirar as cinzas e pás, bacias, garfos e braseiros. Todos esses utensílios devem ser feitos de bronze. Faça uma grelha de bronze e prenda argolas de bronze em cada um dos quatro cantos. Coloque a grelha debaixo da beirada do altar, à meia altura dele. Ainda para o altar, faça varões de madeira de acácia revestidos de bronze. Introduza os varões pelas argolas nos dois lados do altar, para seu transporte. Use tábuas para fazer o altar e deixe oco o interior.”

    O PÁTIO
    9-11 “Faça um pátio para a Habitação. O lado sul deverá medir quarenta e cinco metros de comprimento. As cortinas do pátio devem ser confeccionadas de linho fino trançado, com vinte postes, vinte bases de bronze, ganchos e suportes de prata. O lado norte deverá ser exatamente como esse.

    12-19 “Para o lado oeste do pátio, serão necessários vinte e dois metros e meio de cortinas, além de dez colunas e bases. Ao longo dos vinte e dois metros e meio na parte da frente, ou seja, no lado leste, serão necessários seis metros e setenta e cinco centímetros de cortinas com três colunas e bases num dos lados e o mesmo para o outro lado. Junto à porta do pátio, faça uma tela de nove metros de comprimento de tecido azul, roxo e vermelho e de linho fino trançado. Ela deve ser bordada por um artesão e pendurada nas quatro colunas com suas bases. Todas as colunas em volta do pátio devem ser unidas com prata, com ganchos de prata e bases de bronze. O pátio deve ter quarenta e cinco metros de comprimento e vinte e dois e meio de largura. As cortinas de linho fino. trançado sobre suas bases de bronze devem medir dois metros e vinte e cinco centímetros de altura. Todas as ferramentas utilizadas para levantar a Habitação, até mesmo suas estacas e o pátio, devem ser feitas de bronze.

    20-21 “Agora ordene aos israelitas que tragam óleo de oliva puro para que as lâmpadas fiquem sempre acesas. Na Tenda do Encontro, na área do lado externo da cortina que cobre as tábuas da aliança, Arão e seus filhos deverão manter a luz acesa diante do Eterno, desde a noite até pela manhã. Os israelitas e seus descendentes deverão manter essa prática para sempre.”

  • Êxodo, 26

    A HABITAÇÃO
    1-6 “Faça a Habitação com dez peças de tapeçaria confeccionadas com linho fino trançado, de tecidos azuis, roxos e vermelhos enfeitados com querubins. Deve ser obra de um artesão experiente. Cada peça de tapeçaria deve medir doze metros e sessenta centímetros de comprimento por um metro e oitenta centímetros de largura. Faça um conjunto de cinco peças e, depois, outro com mais cinco. Faça laçadas de tecido azul ao longo da borda da tapeçaria do lado externo do primeiro conjunto e, também com a tapeçaria, do lado externo do segundo conjunto. Faça cinquenta laçadas em cada peça. Em seguida, faça cinquenta colchetes de ouro e junte as peças de tapeçaria, de modo que a Habitação forme uma única estrutura.

    7-11 “Depois disso, faça tapeçarias de pelo de cabra para a cobertura da Habitação. Serão onze peças. Cada peça medirá treze metros e meio de comprimento por um metro e oitenta de largura. Faça um conjunto com cinco peças e outro com as seis restantes. Dobre a sexta peça ao meio: ela ficará na parte da frente da tenda. Depois, faça cinquenta laçadas ao longo da borda da última peça e cinquenta ao longo da borda da peça de união. Faça cinquenta colchetes de bronze e prenda-os às laçadas, para ligar a tenda como um todo.

    12-14 “Pendure na parte de trás da Habitação metade do que sobrar das peças de tapeçaria. Os quarenta e cinco centímetros que sobrarem de cada lado deverão cobrir as laterais da tenda. Por fim, faça uma cobertura para as peças de tapeçaria com couro de carneiro tingido de vermelho e, por cima, uma cobertura de couro de golfinho.

    15-25 “Arme a Habitação com chapas de madeira de acácia. Cada segmento do esqueleto deve medir quatro metros e meio de comprimento por setenta centímetros de largura e ser preso por duas estacas. Faça todos os segmentos iguais: vinte deles para o lado sul, com quarenta encaixes de prata para as duas estacas de cada um dos vinte segmentos; a mesma coisa deverá ser feita para o lado norte da Habitação. Para a parte de trás da Habitação, voltada para o lado oeste, faça seis segmentos e mais dois para os cantos do fundo. Os dois segmentos do canto precisam ter o dobro da espessura de cima até embaixo e se encaixar numa única argola; oito segmentos com dezesseis encaixes de prata, dois para cada segmento.

    26-30 “Em seguida, faça travessões com madeira de acácia: cinco para os segmentos de um lado da Habitação, cinco para os do outro lado e cinco para a parte de trás, voltada para o oeste. O travessão principal deve ir de uma ponta a outra no meio dos segmentos. Cubra os segmentos com ouro e faça argolas de ouro para sustentação dos travessões. Você também deve revestir os travessões com ouro. Depois, junte todas as partes da Habitação conforme o modelo que mostrei a você no monte.

    31-35 “Faça uma cortina de fios de tecido azul, roxo e vermelho e de linho trançado. Um artesão experiente deve guarnecer a cortina com a figura de um querubim. A cortina deve ser presa com ganchos de ouro em quatro colunas de madeira de acácia recobertas de ouro sobre quatro bases de prata. Depois de pendurar a cortina pelos colchetes, leve para dentro, para trás da cortina, a arca da aliança. A cortina fará separação entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Em seguida, leve a tampa da expiação para o Lugar Santíssimo. Ela deve ficar sobre a arca da aliança. Posicione a mesa e o candelabro do lado de fora da cortina: o candelabro deve ficar no lado sul da Habitação, e a mesa, voltada para ele, no lado norte.

    36-37 “Confeccione uma tela para a porta da tenda com fios de tecido azul, roxo e vermelho e linho fino trançado. Para sustentação da tela, faça cinco colunas de madeira de acácia revestidas com ouro e ganchos, para que ela seja pendurada. Também devem ser fundidas cinco bases de bronze para as colunas.”

  • Êxodo, 25

    AS INSTRUÇÕES RECEBIDAS NO MONTE: AS OFERTAS
    1-9 O Eterno disse a Moisés: “Diga aos israelitas que separem ofertas para mim. Receba as ofertas de todos os que desejarem apresentá-las. Estas são as ofertas que você deve receber deles: ouro, prata, bronze, panos azuis, roxos e vermelhos; linho fino, pelos de cabra, couro de carneiro e de golfinho; madeira de acácia, óleo para lamparina, especiarias para o óleo da unção e incenso perfumado; pedras de ônix e outras pedras para o colete e o peitoral. Eles vão edificar um santuário para mim, de modo que eu habite entre eles. Será construído de acordo com o modelo que entreguei a você, com o projeto da Habitação e de toda a sua mobília.”

    A ARCA
    10-15 “Em primeiro lugar, eles farão uma arca de madeira de acácia, medindo um metro e dez de comprimento, setenta centímetros de largura e setenta centímetros de altura. Você irá revesti-la com ouro puro por dentro e por fora, fazendo, à volta dela, uma moldura de ouro. Irá também fundir quatro argolas de ouro e prendê-las aos quatro pés da arca, duas argolas de cada lado. Faça varões de madeira de acácia, revista-os com ouro e introduza-os nas argolas laterais da arca, para que sejam usados no seu transporte. Os varões devem passar pelas argolas e não devem ser retirados.

    16 “Guarde, na arca, as tábuas da aliança que dou a você.

    17 “Em seguida, faça uma cobertura de ouro puro para a arca, a tampa da expiação, medindo um metro e dez centímetros de comprimento por setenta centímetros de largura.

    18-22 “Dois anjos com asas, feitos de ouro batido, deverão ser esculpidos e postos nas duas extremidades da tampa da expiação, um anjo de cada lado. Eles devem compor uma só peça com a tampa. Os anjos, com as asas estendidas, cobrirão a tampa da expiação, um de frente para o outro, mas ambos olhando para baixo. A tampa da expiação será a cobertura da arca, e, dentro dela, devem ser guardadas as tábuas da aliança que entregarei a você. Ali me encontrarei com você nas horas estabelecidas e, de cima da tampa da expiação, entre as figuras de anjo que estão sobre ela, transmitirei os mandamentos que tenho para os israelitas.”

    A MESA
    23-28 “Em seguida, faça uma mesa de madeira de acácia, medindo noventa centímetros de comprimento, quarenta e cinco de largura e setenta de altura. Ela deve ser revestida com ouro puro. Em torno dela, faça uma moldura de ouro, uma borda de quatro dedos de largura e um arremate de ouro em torno da borda. Faça quatro argolas de ouro e prenda-as às quatro pernas da mesa, em paralelo com a tampa. Elas servirão para sustentar os varões usados no transporte da mesa, que devem ser feitos de madeira de acácia e revestidos com ouro. Eles servirão para o transporte da mesa.

    29 “Faça pratos, tigelas, potes e jarras para derramar as ofertas, tudo de ouro puro.

    30 “Sobre a mesa, mantenha sempre diante de mim o pão da presença.”

    O CANDELABRO
    31-36 “Faça um candelabro de ouro puro e batido. A haste, os braços, as taças, os botões e as pétalas devem formar uma única peça. Ele terá seis braços, três de um lado e três do outro. O primeiro braço sustentará três taças em forma de flor de amêndoa, cada uma com botão e pétalas, o braço seguinte também sustentará três taças, e assim será para todos os seis braços. Sobre a haste principal do candelabro, faça quatro taças em forma de amêndoa, com botão e pétalas, de forma que debaixo de cada par dos seis braços saia um botão. O candelabro inteiro deverá compor uma única peça de ouro puro e batido.

    37-38 “Faça sete candelabros como esse para a mesa. Disponha as lâmpadas de modo que iluminem a parte da frente. Os apagadores de pavio e as bandejas devem ser de ouro puro.

    39-40 “Use uma barra de trinta e cinco quilos de ouro para fazer o candelabro e seus acessórios. Faça tudo de acordo com o modelo que foi entregue a você no monte.”

  • Êxodo, 24

    1-2 O Eterno disse a Moisés: “Subam ao monte até a presença do Eterno, você, Arão, Nadabe, Abiú e as setenta autoridades de Israel. Mas eles devem adorar de longe. Apenas Moisés deve se aproximar do Eterno. Os outros devem manter distância. Já o povo não deve subir ao monte de forma alguma.”

    3 Moisés comunicou ao povo tudo que o Eterno tinha dito, repetindo todas as regras e regulamentos. E todos responderam a uma só voz: “Faremos tudo que o Eterno disse.”

    4-6 Em seguida, Moisés registrou por escrito as instruções do Eterno. Na manhã seguinte, ele acordou bem cedo e ergueu um altar ao pé do monte, construído com doze colunas de pedra que correspondiam às doze tribos de Israel. Também instruiu alguns jovens israelitas na apresentação de ofertas queimadas e ofertas de paz com touros. Moisés usou metade do sangue para encher algumas bacias e a outra metade derramou sobre o altar.

    7 Em seguida, pegou o Livro da Aliança e fez a leitura dele diante do povo, que escutou tudo com muita atenção. Eles disseram: “Faremos tudo que o Eterno disse. Sim, vamos obedecer.”

    8 Moisés aspergiu sobre o povo o restante do sangue, que estava nas bacias, dizendo: “Este é o sangue da aliança que o Eterno fez com vocês, segundo as palavras que acabei de ler.”

    9-11 Em seguida, Moisés e Arão, Nadabe e Abiú e as setenta autoridades de Israel subiram ao monte e viram o Deus de Israel. Ele estava de pé sobre um piso recoberto de pedras parecidas com safiras, que evocavam a pureza e o azul do céu. E as autoridades dos israelitas, mesmo tendo visto Deus, não morreram e ainda comeram e beberam na presença dele.

    12-13 O Eterno disse a Moisés: “Suba mais para o alto do monte e espere por mim ali. Vou entregar a você algumas tábuas de pedra com as instruções e os mandamentos que escrevi para guiar o povo.” Moisés, acompanhado de Josué, seu auxiliar, seguiu para o lugar indicado no monte de Deus.

    14 Moisés ordenou às autoridades de Israel: “Esperem aqui até que voltemos. Arão e Hur ficarão com vocês. Recorram a eles se houver algum problema.”

    15-17 Em seguida, Moisés subiu ao monte, que foi coberto por uma nuvem, e a glória do Eterno desceu sobre o monte Sinai. A nuvem cobriu o monte durante seis dias. No sétimo dia, o Eterno chamou Moisés de dentro da nuvem. À vista dos israelitas lá embaixo, a glória de Deus parecia um fogo que ardia no alto do monte.

    18 Moisés entrou na nuvem e subiu ao monte. Ficou ali quarenta dias e quarenta noites.

  • Êxodo, 23

    1-3″Não passem adiante falatórios maliciosos. “Não se associem com o perverso para prestar falso testemunho. Não sigam a multidão na prática do mal e não deem testemunho mentiroso numa disputa apenas para agradar a multidão. E não sejam parciais num processo só porque uma das partes é pobre.

    4-5 “Se vocês encontrarem perdido o boi ou o jumento que pertence a seu inimigo, levem o animal de volta para ele. Se virem o jumento de alguém que odeia vocês caído sob o peso da carga, não passem direto nem o abandonem. Ajudem o animal a se levantar.

    6 “Quando houver uma disputa que envolva os pobres do meio em que vocês vivem, não cometam nenhuma injustiça contra eles.

    7 “Fiquem longe das falsas acusações. Não colaborem com a morte de gente inocente e de pessoas de boa índole. Não posso aceitar a ideia de o perverso sair impune.

    8 “Não aceitem suborno, porque ele cega os olhos que enxergam com perfeição e distorce as palavras de quem diz a verdade.

    9 “Não se aproveitem do estrangeiro. Vocês sabem o que é ser estrangeiro, pois foram estrangeiros no Egito.

    10-11 “Plantem durante seis anos e façam as colheitas, mas, no sétimo ano, deixem a terra descansar, para que os pobres que vivem no meio de vocês possam comer dela. E que os animais selvagens comam o que eles deixarem. O mesmo se aplica às vinhas e olivais de propriedade de vocês.

    12 “Trabalhem durante seis dias e descansem no sétimo, para que seu boi e seu jumento possam descansar e para que seu escravo e os estrangeiros que trabalham para vocês também tenham o descanso necessário.

    13 “Ouçam atentamente tudo que digo. Não percam tempo, dando atenção a outros deuses, nem mesmo pronunciem o nome deles.”

    14 “Vocês devem realizar para mim três festas todo ano.

    15 “Na primavera, façam a festa dos Pães sem Fermento. Vocês comerão pão sem fermento durante sete dias, no período estabelecido do mês de abibe, como já ordenei. É o mês em que vocês saíram do Egito. Ninguém deve comparecer diante de mim com as mãos vazias.

    16 “No verão, façam a festa da Colheita, que é quando aparecem os primeiros resultados da produção agrícola. “No outono, façam a festa das Safras, no fim da temporada, que é quando se contabilizam as safras obtidas durante o ano.

    17 “Três vezes por ano, todos os homens devem se apresentar diante do Senhor, o Eterno.

    18 “Não me ofereçam o sangue de um sacrifício junto com alguma coisa que contenha fermento. “Não mantenham, até a manhã do outro dia, a gordura das ofertas apresentadas na minha festa.

    19 “Tragam à casa do Eterno o melhor da produção do ano. “Não cozinhem o cabrito no leite de sua mãe.

    20-24 “Estejam prontos. Estou enviando meu Anjo à frente de vocês para protegê-los durante a viagem e para conduzi-los ao lugar que preparei para vocês. Não façam pouco caso dele, mas obedeçam às suas ordens. Não se rebelem contra ele. Ele não vai tolerar rebelião alguma, pois está agindo sob minha autoridade. Mas, se obedecerem a ele e fizerem tudo que digo, serei inimigo dos inimigos de vocês e lutarei contra eles. Meu Anjo irá adiante de vocês e os conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos ferezeus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuseus, que eu eliminarei da terra. Portanto, não adorem nem sirvam os deuses deles. Não adotem nenhum de seus costumes, porque vou fazê-los desaparecer da face da terra, assim como vou pôr abaixo seus símbolos fálicos de pedra.

    25-26 “Quanto a vocês, sirvam ao Eterno, e ele abençoará sua água e seu alimento. Eu livrarei vocês das doenças. Não haverá abortos nem mulheres estéreis na terra em que vocês habitarem. Farei que tenham uma vida plena ali.

    27 “Enviarei meu Terror à frente de vocês e deixarei em pânico aqueles de quem vocês se aproximarem. Vocês verão seus inimigos pelas costas, pois eles vão fugir.

    28-31 “Enviarei Desespero à frente de vocês. Os heveus, os cananeus e os hititas serão tirados do caminho. Não me livrarei deles de uma só vez, para que a terra não seja tomada pelo mato e pelos animais selvagens. A remoção deles será feita pouco a pouco, enquanto vocês plantam e colhem e, assim, vão se apoderando da terra. Farei que suas fronteiras se estendam desde o mar Vermelho até o mar Mediterrâneo e desde o deserto até o rio Eufrates. Estou entregando em suas mãos todos os habitantes daquela terra. Minha ordem é que vocês os expulsem de lá.

    32-33 “Não façam nenhum acordo com eles nem com os deuses deles, porque eles não ficarão no mesmo território que vocês, justamente para que não induzam vocês a cometer o pecado de adorar os deuses deles. Fiquem atentos, porque esse perigo é real.”

  • Êxodo, 22

    1-3 “Se alguém roubar um boi ou uma ovelha e abatê-lo ou vendê-lo, o ladrão deverá pagar cinco bois pelo boi e quatro ovelhas pela ovelha. Se o ladrão for apanhado arrombando e for atingido e morrer, não haverá culpa pelo sangue derramado. Mas, se isso acontecer depois do amanhecer, haverá culpa pelo sangue derramado.

    3-4 “O ladrão deverá restituir tudo que foi roubado. Se não tiver condições de pagar, deverá ser vendido como escravo para pagar o que roubou. Se for pego em flagrante com os bens que roubou, se o boi, o jumento ou a ovelha ainda estiverem vivos, o ladrão pagará em dobro.

    5 “Se alguém levar seus animais para pastar num campo ou numa vinha, mas deixá-los soltos e eles forem pastar no campo de outra pessoa, a restituição deve ser feita com o que há de melhor no campo ou na vinha do dono dos animais.

    6 “Se houver uma queimada, e o fogo se espalhar para a vegetação e queimar os feixes de trigo ou o trigo plantado ou mesmo todo o campo, aquele que causou a queimada deverá arcar com os prejuízos causados.

    7-8 “Se alguém der ao próximo dinheiro ou qualquer outra coisa para guardar em lugar seguro e isso for roubado da casa dele, o ladrão, caso seja apanhado, deve fazer restituição em dobro. Se o ladrão não for apanhado, o proprietário será levado diante de Deus para que se determine se foi ele quem se apoderou dos bens do próximo.

    9 “Sempre que alguma coisa for roubada, quer sejam bois, quer jumentos, quer ovelhas, quer roupas, qualquer coisa de que alguém sinta falta e cuja posse reivindique, dizendo: ‘É meu’, ambas as partes devem comparecer perante os juizes. Aquele que for considerado culpado pelo juiz deverá pagar em dobro ao outro.

    10-13 “Se alguém entregar um jumento, um boi ou qualquer animal a outra pessoa para que ela o guarde em segurança e o animal morrer ou ficar ferido, ou se for perdido sem a presença de testemunhas, os dois deverão fazer um juramento diante do Eterno para decidir se houve apropriação indébita. O dono deverá aceitar isso, e nenhum prejuízo será compensado. Mas, se houver acontecido um roubo, o dono deverá ser indenizado. Se o animal foi despedaçado por animais selvagens, o animal despedaçado deverá ser apresentado como prova, e não se pagará prejuízo algum.

    14-15 “Se alguém tomar emprestado um animal do seu próximo, e o animal for ferido ou morrer na ausência do dono, então, o prejuízo deverá ser ressarcido. Mas não haverá indenização se o dono estiver presente. Se tiver contratado o animal, o pagamento cobrirá o prejuízo.”

    16-17 “Se um homem seduzir uma virgem que não esteja prometida em casamento e se deitar com ela, deverá pagar o preço do dote e casar-se com ela. Mas, se o pai da moça não quiser entregá-la, o homem, mesmo assim, pagará o valor do dote das virgens.

    18 “Não permitam que uma feiticeira continue viva.

    19 “Quem tiver relações sexuais com um animal receberá pena de morte.

    20 “Quem oferecer sacrifício a algum deus que não seja o Eterno deverá ser morto.

    21 “Não maltratem nem se aproveitem dos estrangeiros. Lembrem-se de que vocês já foram estrangeiros no Egito.

    22-24 “Não tratem mal os órfãos e as viúvas. Se fizerem isso e eles clamarem a mim, podem ter certeza de que os ouvirei e minha ira cairá sobre vocês. Minha fúria trará a espada contra vocês, e suas esposas se tornarão viúvas, e seus filhos, órfãos.

    25 “Se emprestarem dinheiro a alguém do meu povo, a qualquer um que seja menos favorecido que vocês, não sejam impiedosos: não cobrem juros extorsivos.

    26-27 “Se pegarem a capa do próximo como garantia, devolvam-na antes do anoitecer. Pode ser que seja a única coberta que ele tem. Com que outra coisa iria se agasalhar para dormir? E, se eu ouvir seu próximo clamando por causa do frio, irei intervir a favor dele, porque tenho compaixão.

    28 “Não pronunciem maldição contra Deus nem amaldiçoem seus líderes.

    29-30 “Não sejam avarentos quando seus barris estiverem cheios de vinho. “Consagrem a mim seu primeiro filho. Façam o mesmo com relação ao gado e às ovelhas. As primeiras crias devem ficar sete dias com a mãe e, depois, ser entregues a mim.

    31 “Sejam santos por amor a mim. “Não comam carne que é dilacerada e encontrada no campo. Ela deve ser dada aos cães.”

  • Êxodo, 21

    1 “Estas são as leis que você deve promulgar:

    2-6 “Quando você comprar um escravo hebreu, ele trabalhará durante seis anos. No sétimo ano, ganhará a liberdade. Se era solteiro quando chegou, deverá ir embora solteiro. Se era casado, deverá ir embora com a esposa. Se seu senhor der a ele uma esposa, e ela tiver filhos e filhas, a esposa, filhos e filhas ficarão com o senhor: o escravo irá embora sozinho. Mas, se o escravo disser: ‘Amo meu senhor, minha esposa e meus filhos; não quero minha liberdade’; então, seu senhor deverá apresentá-lo a Deus e furar a orelha do escravo com uma agulha grossa contra uma porta ou um batente, como sinal de que ele agora será escravo por toda a vida.

    7-11 “Se um homem vender sua filha como escrava, ela não ganhará a liberdade depois de seis anos, como o homem. Se ela não agradar ao seu senhor, a família dela deverá comprá-la de volta. Seu senhor não terá o direito de vendê-la a estrangeiros, pois não cumpriu sua palavra para com ela. Se a entregar a seu filho, deverá tratá-la como filha. Se ele se casar com outra mulher, ela não perderá seu pleno direito às refeições, às roupas e às relações conjugais. Se ele omitir alguma dessas coisas, ela ganhará sua liberdade.

    12-14 “Se uma pessoa agredir outra e causar a morte dela, a pena será a morte. Se não houve intenção de matar, e o que aconteceu foi um acidente, um ‘ato de Deus’, separarei um lugar no qual o homicida poderá se refugiar. Mas, se o homicídio foi premeditado, arquitetado com maldade; então, deverão levá-lo, mesmo que seja do meu altar, e matá-lo.

    15 “Se alguém agredir seu pai ou sua mãe, a pena será a morte.

    16 “Se alguém sequestrar uma pessoa, a pena será a morte, não importa se a pessoa foi vendida ou se ainda está de posse dele.

    17 “Se alguém amaldiçoar seu pai ou sua mãe, sua pena será a morte.

    18-19 “Se acontecer uma briga, e alguém atingir outra pessoa com uma pedra ou com o próprio punho, e a pessoa ferida não morrer, mas ficar presa à cama e, depois, se recuperar, podendo andar de muletas, aquele que a feriu estará livre, mas será obrigado a indenizá-la pela perda de tempo. Ele será o responsável por sua completa recuperação.

    20-21 “Se um proprietário agredir, com um pedaço de pau, seu escravo, seja homem, seja mulher, e ele morrer no local, o escravo deverá ser vingado. Mas, se o escravo sobreviver um ou dois dias, não deverá ser vingado, pois é propriedade do seu senhor.

    22-25 “Se, durante uma briga, uma mulher grávida for agredida e perder o bebê, mas não se ferir, o responsável deverá pagar a compensação exigida pelo marido. Mas, se houver outro ferimento, vocês deverão dar vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, machucado por machucado.

    26-27 “Se o proprietário ferir o olho de um escravo ou escrava, causando cegueira, deverá dar a ele ou a ela a liberdade por causa do olho. Se quebrar o dente de um escravo ou escrava, a liberdade terá de ser concedida, por causa do dente.

    28-32 “Se um boi chifrar um homem ou mulher até a morte, o boi será apedrejado. A carne não será consumida, mas o proprietário do boi sairá livre. Mas, se o boi era conhecido por suas chifradas, e seu dono, mesmo sabendo disso, não tiver tomado nenhuma providência para evitar a situação, e o boi matar um homem ou mulher, o boi será apedrejado, e o dono, condenado à morte. Se for aceito o pagamento de um resgate em vez da morte, ele deverá pagar integralmente, como se fosse um resgate por sua vida. O mesmo julgamento se aplica no caso de um filho ou filha que tenha sofrido ataque do boi. Se o boi chifrar um escravo ou uma escrava, deverão ser pagos trinta siclos de prata ao senhor do escravo, e o boi será apedrejado.

    33-34 “Se alguém tirar a tampa de uma cisterna ou cavar um buraco, deixando-o aberto, e um boi ou um jumento cair dentro dele, o dono da cisterna deverá pagar o valor do animal ao seu proprietário e poderá ficar com o animal que morreu.

    35-36 “Se o boi de uma pessoa ferir o boi de outra, e o animal morrer, o dono deverá vender o boi vivo e dividir o preço obtido. Deverá também dividir o animal morto. Mas, se o boi era conhecido por suas chifradas, e o dono, sabendo disso, não tomou providências para evitar aquela situação, ele deverá pagar boi por boi, mas poderá ficar com o animal que morreu.”