Categoria: Neemias

O Livro de Neemias
Introdução
O Livro de Neemias pode ser dividido em três partes:
1. A história da reconstrução das muralhas de Jerusalém, dirigida por Neemias, que foi mandado pelo rei da Pérsia para governar Judá. Neemias realizou também várias reformas sociais e religiosas.
2. A leitura, dirigida por Esdras, da Lei de Deus e a confissão de pecados pelo povo.
3. Outras atividades de Neemias como governador de Judá. Neemias sempre dependeu de Deus e foi um homem de oração.
Esquema do conteúdo
1. Neemias volta para Jerusalém (1.1—2.20)
2. A reconstrução das muralhas de Jerusalém (3.1—7.73)
3. A leitura da Lei e a renovação da aliança (8.1—10.39)
4. Outras atividades de Neemias (11.1—13.31)

  • Neemias, 13

    1-3 Naquele mesmo dia, foi lido o Livro de Moisés diante do povo. Descobriu-se, no livro, que nenhum amonita ou moabita podia fazer parte da congregação do povo de Deus, porque eles não haviam acolhido o povo de Israel, negando a eles comida e bebida. Em vez de ajudar os israelitas, contrataram Balaão para amaldiçoá-los. Mas Deus transformou a maldição em bênção. Quando ouviram a leitura da Revelação, excluíram de Israel todos os estrangeiros.

    4-5 Antes disso, o sacerdote Eliasibe havia sido encarregado dos depósitos do templo de Deus. Ele era parente de Tobias e tinha disponibilizado para ele uma sala grande, que era usada para estocar as ofertas de cereais, incenso, os utensílios para o sacrifício, os dízimos dos cereais, do vinho e do azeite para os levitas, os cantores e os guardas e as ofertas para os sacerdotes.

    6-9 Eu não estava em Jerusalém quando isso aconteceu. No trigésimo segundo ano de Artaxerxes, rei da Babilônia, eu havia voltado para o palácio do rei. Mais tarde, pedi permissão ao rei para viajar outra vez. Cheguei a Jerusalém e foi quando soube que Eliasibe havia cedido espaço para Tobias nos pátios do templo de Deus. Fiquei realmente furioso. Joguei fora tudo que estava dentro da sala, todos os pertences de Tobias. Depois, mandei que a sala fosse purificada. Só então, pus de volta os utensílios do templo de Deus, as ofertas de cereal e o incenso.

    10-13 Também fiquei sabendo que os levitas não estavam recebendo a quantia regular de alimento. Por isso, os levitas e os cantores que conduziam o culto de adoração haviam abandonado suas responsabilidades e voltado para suas terras. Chamei a atenção dos oficiais, dizendo: “Por que vocês abandonaram o templo. de Deus?” Chamei todos de volta e os reintegrei às antigas funções, de modo que todo o povo de Judá voltou a trazer os dízimos dos cereais, do vinho e do azeite para os depósitos. Designei o sacerdote Selemias, o escriba Zadoque e os levitas Pedaías como encarregados dos depósitos. Nomeei Hanã, filho de Zacur, filho de Matanias, auxiliar direto deles. Esses homens tinham a reputação de serem honestos e trabalhadores. Eles ficaram encarregados de distribuir a porção de mantimento para seus companheiros.

    14 “Por isso, lembra-te de mim, ó Deus! Nunca te esqueças de como me dediquei ao trabalho do templo de Deus e do seu serviço.”

    15-16 Enquanto fazia a viagem de volta a Jerusalém, também percebi que o povo prensava uvas, transportava cereais e carregava seus jumentos no sábado. Traziam vinho, uvas, figos e todo tipo de mercadoria para serem comercializados no sábado. Então, eu os adverti contra a venda de alimentos naquele dia. Alguns naturais de Tiro que estavam morando em Jerusalém traziam peixes e outras mercadorias para vender aos moradores de Judá, em Jerusalém, e isso no sábado!

    17-18 Cobrei uma atitude dos líderes de Judá, dizendo: “O que está acontecendo? Isso está errado! Vocês estão profanando o sábado! Não foi justamente o que seus antepassados fizeram? Não foi por causa disso que Deus trouxe esta miséria sobre nós e sobre esta cidade? Com a profanação do sábado, vocês estão acrescentando desobediência e fazendo aumentar a ira de Deus contra Jerusalém!”

    19 Quando os portões de Jerusalém já estavam cobertos pela sombra da tarde, às vésperas do sábado, mandei fechar os portões e proibi que fossem abertos até o fim do sábado. Pus alguns homens de confiança de guarda nos portões, para que não deixassem entrar nada que fosse destinado ao comércio no sábado.

    20-21 Os comerciantes e negociantes de várias mercadorias montaram as barracas fora dos portões uma ou duas vezes. Mas chamei a atenção deles, dizendo: “Vocês não devem ficar aqui perto do muro. Se eu encontrar vocês aqui outra vez, vou retirá-los à força!” Bastou essa advertência, e eles não voltaram mais no sábado.

    22 Depois, instruí os levitas a se purificarem e assumirem o posto nos portões, para que a santidade do sábado fosse respeitada. “Lembra-te de mim, ó Deus! Tem compaixão de mim, por teu grande amor e por tua fidelidade.”

    23-27 Na mesma época, constatei ainda que muitos judeus haviam se casado com mulheres de Asdode, de Amom e de Moabe. Metade das crianças nem falava o idioma de Judá, só sabiam falar a língua de Asdode ou outra língua. Então, chamei a atenção desses homens e os amaldiçoei. Cheguei a bater em alguns deles e a arrancar seus cabelos. Fiz que jurassem, em nome de Deus, que acatariam a minha ordem: “Não deem suas filhas em casamento aos filhos desses povos, nem deixem as filhas deles se casarem com seus filhos, nem tomem mulheres para vocês do meio desses povos! Não foi justamente esse o pecado de Salomão, rei de Israel, quando tomou mulheres como essas? Apesar de não ter havido outro rei como ele e de Deus o ter amado e feito dele rei sobre todo o Israel, as mulheres estrangeiras provocaram sua ruína. Vocês chamam isto de obediência, envolver-se em tamanho mal, sendo infiéis a Deus, casando-se com mulheres estrangeiras?”

    28 Um dos filhos de Joiada, filho do sacerdote principal Eliasibe, era genro de Sambalate, o horonita. Eu o expulsei da minha presença.

    29 “Lembra-te deles, ó Deus, de como profanaram o sacerdócio e a aliança dos sacerdotes e dos levitas!”

    30-31 Eu os purifiquei de tudo que era estranho. Organizei as ordens de serviço para os sacerdotes e os levitas, de modo que cada um sabia qual era sua responsabilidade. Providenciei que fosse fornecida a lenha a ser usada no altar, para os dias fixos e para a apresentação dos primeiros frutos. Lembra-te de mim, ó Deus, para sempre!

  • Neemias, 12

    1-7 Estes são os sacerdotes e os levitas que vieram com Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua: Seraías, Jeremias, Esdras, Amarias, Maluque, Hatus, Secanias, Reum, Meremote, Ido, Ginetom, Abias, Miamim, Maadias, Bilga, Semaías, Joiaribe, Jedaías, Saiu, Amoque, Hilquias e Jedaías. Esses eram os líderes dos sacerdotes no tempo de Jesua.

    8-9 Os levitas; Jesua, Binui, Cadmiel, Serebias e Judá; Matanias e seus irmãos eram encarregados dos cânticos de louvor, e seus irmãos Baquebuquias e Uni ficavam de frente para eles durante a adoração.

    10-11 Jesua foi pai de Joiaquim, Joiaquim foi pai de Eliasibe, Eliasibe foi pai de Joiada, Joiada foi pai de Jônatas, e Jônatas foi pai de Jadua.

    12-21 Nos dias de Joiaquim, estes foram os chefes das famílias dos sacerdotes: da família de Seraías, Meraías; de Jeremias, Hananias; de Esdras, Mesulão; de Amarias, Joanã; de Maluqui, Jônatas; de Secanias, José; de Harim, Adna; de Meremote, Helcai; de Ido, Zacarias; de Ginetom, Mesulão; de Abias, Zicri; de Miniamim e Maadias, Piltai; de Bilga, Samua; de Semaías, Jônatas; de Joiaribe, Matenai; de Jedaías, Uzi; de Salai, Calai; de Amoque, Héber; de Hilquias, Hasabias; de Jedaías, Natanael.

    22 Nos dias de Eliasibe, Joiada, Joanã e Jadua, os levitas foram registrados como chefes de famílias. Durante o reinado de Dario, o rei persa, foram registrados os sacerdotes.

    23-24 Os levitas que eram chefes de famílias foram registrados no Livro das Crônicas, até os dias de Joanã, filho de Eliasibe. Eram eles: Hasabias, Serebias e Jesua, filho de Cadmiel. Seus irmãos ficavam de frente para eles durante o louvor e as ações de graças, para fazer o contracanto, conforme Davi, o homem de Deus, havia instruído.

    25-26 Os guardas foram: Matanias, Baquebuquias, Obadias, Mesulão, Talmom e Acube. Eles vigiavam os depósitos que ficavam ao lado dos portões. Viveram na época de Joiaquim, filho de Jesua, filho de Jozadaque, no período do governador Neemias e do sacerdote e escriba Esdras.

    DEDICAÇÃO DOS MUROS
    27-29 Para a dedicação dos muros, foram convocados levitas de toda parte para estar em Jerusalém e preparar uma grande celebração com hinos de ações de graças e cânticos ao som de címbalos, harpas e liras. Vieram cantores de todas as partes de Jerusalém, dos vilarejos dos netofatitas, de Bete-Gilgal, das terras de Geba e Azmavete. Eles fundaram vilas para si em torno de Jerusalém.

    30 Os sacerdotes e os levitas se consagraram; depois, fizeram o mesmo com o povo, os portões e o muro.

    31-36 Chamei os líderes de Judá para se reunirem perto do muro e formei dois grandes coros. Um deles seguiu para a direita, na direção da Porta do Esterco, acompanhado por Hosaías e metade dos líderes de Judá, entre eles Azarias, Esdras, Mesulão, Judá, Benjamim, Semaías e Jeremias. Alguns dos jovens sacerdotes portavam trombetas. Depois, tocando os instrumentos musicais de Davi, o homem de Deus, vinham Zacarias, filho de Jônatas, filho de Semaías, filho de Matanias, filho de Micaías, filho de Zacur, filho de Asafe, e seus irmãos Semaías, Azareel, Milalai, Gilalai, Maai, Natanael, Judá e Hanani. O escriba Esdras os liderava.

    37 Da Porta da Fonte, subiram direto pelos degraus da Cidade de Davi, pela escada que fica ao longo do muro, acima do palácio de Davi, voltando para a Porta da Fonte, a leste.

    38-39 O outro grupo seguiu para a esquerda. Eu e metade do povo o seguimos pelo muro, desde a torre dos Fornos até a parte larga do muro, acima da Porta de Efraim, a Porta de Jesana, a Porta do Peixe, a torre de Hananeel e a torre dos Cem, até a Porta das Ovelhas. Paramos na Porta da Guarda.

    40-42 Depois, os dois coros ocuparam seus lugares no templo de Deus. Acompanhei a metade dos oficiais e os sacerdotes Eliaquim, Maaseias, Miniamim, Micaías, Elioenai, Zacarias e Hananias, que estavam com suas trombetas. Também estavam lá Maaseias, Semaías, Eleazar, Uzi, Joanã, Malquias, Elão e Ézer. Os cantores eram conduzidos por Jezraías.

    43 Naquele dia, ofereceram muitos sacrifícios, numa grande celebração, pois Deus os havia enchido de alegria. As mulheres e as crianças levantaram a voz com todo o povo. O júbilo de Jerusalém foi ouvido de muito longe.

    44-46 Naquele mesmo dia, foram escolhidos os encarregados dos depósitos das ofertas, dos primeiros frutos e dos dízimos. Eles tinham a responsabilidade de garantir que a porção dos sacerdotes e dos levitas, ordenada pela Revelação, fosse trazida das terras pertencentes às cidades. O povo de Judá respeitava muito o trabalho dos sacerdotes e dos levitas. O povo, os cantores e os guardas fizeram tudo como rezava a cartilha: conduziram a adoração a Deus e o ritual da purificação de maneira tal que teria enchido os olhos de Davi e Salomão. Era assim que se fazia antigamente, nos dias de Davi e de Asafe, quando havia dirigentes de coros para conduzir o povo nos cânticos de louvor e ações de graças a Deus.

    47 Na época de Zorobabel eNeemias, todo o Israel contribuía com quantias diárias para os cantores e os guardas. Também separavam o que era destinado aos levitas, e os levitas faziam o mesmo para os descendentes de Arão.

  • Neemias, 11

    1-2 Os líderes do povo já estavam morando em Jerusalém; por isso, o restante do povo escolheu, por sorteio, uma de cada dez pessoas para morar em Jerusalém, a Cidade Santa, enquanto os outros nove permaneciam em suas cidades. O povo também aprovou todos os que se ofereceram voluntariamente para morar em Jerusalém.

    3-4 Estes foram os líderes das províncias que se mudaram para Jerusalém (alguns israelitas, sacerdotes, levitas, servidores do templo e descendentes dos oficiais de Salomão moravam em suas propriedades, que estavam espalhadas entre as várias cidades de Judá; outros, de Judá e Benjamim, moravam em Jerusalém):

    4-6 Entre os descendentes de Judá: Ataías, filho de Uzias, filho de Zacarias, filho de Amarias, filho de Sefatias, filho de Maalaleel, descendente de Perez; Maaseias, filho de Baruque, filho de Col Hozé, filho de Hazaías, filho de Adaías, filho de Joiaribe, filho de Zacarias, descendente de Selá. Os descendentes de Perez que moravam em Jerusalém totalizavam 468 homens valentes. 7-9 Entre os descendentes de Benjamim: Salu, filho de Mesulão, filho de Joede, filho de Pedaías, filho de Colaías, filho de Maaseias, filho de Itiel, filho de Jesaías, e seus irmãos Gabai e Salai. Ao todo, 928 homens. Joel, filho de Zicri, era chefe deles, e Judá, filho de Hassenua, era o segundo no comando sobre a cidade.

    10-14 Dos sacerdotes: Jedaías, filho de Joiaribe, e Jaquim; Seraías, filho de Hilquias, filho de Mesulão, filho de Zadoque, filho de Meraiote, filho de Aitube, que era o administrador do templo de Deus, e seus companheiros, que faziam o trabalho do templo. Ao todo, eram 822 homens. Além desses, Adaías, filho de Jeroão, filho de Pelaías, filho de Anzi, filho de Zacarias, filho de Pasur, filho de Malquias, e seus companheiros que eram chefes de famílias. Totalizavam 242 homens. Amassai, filho de Azareel, filho de Azai, filho de Mesilemote, filho de Imer, e seus companheiros, todos homens valentes: eram 128 homens. O chefe deles era Zabdiel, filho de Gedolim.

    15-18 Dos levitas: Semaías, filho de Hassube, filho de Azricão, filho de Hasabias, filho de Buni, Sabetai e Jozabade, dois líderes dos levitas encarregados do trabalho externo do templo de Deus; Matanias, filho de Mica, filho de Zabdi, filho de Asafe, o dirigente que conduzia as ações de graças e as orações; Baquebuquias, o segundo entre seus companheiros; Abda, filho de Samua, filho de Galal, filho de Jedutum. Os levitas da Cidade Santa totalizavam 284 homens.

    19 Dos guardas: Acube, Talmom e seus companheiros que vigiavam os portões. Um total de 172 homens.

    20 O restante dos israelitas, sacerdotes e levitas estavam espalhados por todas as cidades de Judá, cada um na propriedade de sua família.

    21 Os servidores do templo moravam na colina de Ofel. Zia e Gispa eram os líderes deles.

    22-23 O chefe dos levitas em Jerusalém era Uzi, filho de Bani, filho de Hasabias, filho de Matanias, filho de Mica. Uzi era dos descendentes de Asafe, os cantores que dirigiam a adoração no templo de Deus. Os cantores estavam sob as ordens do rei, que determinava as atividades diárias deles.

    24 Petaías, filho de Mesezabel, descendente de Zerá, filho de Judá, representava os interesses do povo na corte real.

    25-30 Alguns do povo de Judá foram morar nos vilarejos próximos de suas terras: Km Quiriate-Arba (Hebrom) e seus arredores, em Dibom e seus arredores, em Jecab-Zeel e seus arredores, em Jesua, em Moladá, em Bete-Pelete, em Hazar-Sual, em Berseba e seus arredores, em Ziclague, em Meconá e seus arredores, em En-Rimom, em Zorá, em Jarmute, em Zanoa, em Adulão e seus arredores, em Láquis e suas pastagens, em Azeca e seus arredores. Ocupavam toda a região desde Berseba até o vale do Hinom.

    31-36 Os benjamitas de Geba foram viver em: Micmás, Aia, Betel e seus arredores, Anatote, Nobe e Ananias, Hazor, Ramá e Gitaim, Hadide, Zeboim e Nebalate, Lode e Ono e o vale dos Artesões. Alguns grupos de levitas de Judá foram designados para morar em Benjamim.

  • Neemias, 10

    1-8 O documento selado continha a assinatura das seguintes pessoas: O governadorNeemias, filho de Hacalias; Os sacerdotes: Seraías, Azarias, Jeremias, Pasur, Amarias, Malquias, Hatus, Sebanias, Maluque, Harim, Meremote, Obadias, Daniel, Ginetom, Baruque, Mesulão, Abias, Miamim, Maazias, Bilgai e Semaías. Esses eram os sacerdotes.

    9-13 Os levitas: Jesua, filho de Azanias; Binui, dos descendentes de Henadade; Cadmiel e seus familiares: Sebanias, Hodias, Quelita, Pelaías, Hanã, Mica, Reobe, Hasabias, Zacur, Serebias, Sebanias, Hodias, Bani e Beninu.

    14-27 Os líderes do povo: Parós, Paate-Moabe, Elão, Zatu, Bani, Buni, Azgade, Bebai, Adonias, Bigvai, Adim, Ater, Ezequias, Azur, Hodias, Hasum, Besai, Harife, Anatote, Nebai, Magpias, Mesulão, Hezir, Mesezabel, Zadoque, Jadua, Pelatias, Hanã, Anaías, Oseias, Hananias, Hassube, Haloês, Pílea, Sobeque, Reum, Hasabna, Maaseias, Aías, Hanã, Anã, Maluque, Harim e Baaná.

    28-30 O restante do povo, os sacerdotes, os levitas, os guardas, os cantores, os servidores do templo e todos os que cortaram laços com os vizinhos estrangeiros para obedecer à Revelação de Deus, com suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os que eram mentalmente capazes juntaram-se aos seus parentes e aos nobres para fazer o juramento de seguir a Revelação de Deus transmitida por meio de Moisés, servo de Deus, de obedecer e praticar todos os mandamentos do Eterno, nosso Deus, e todos os seus decretos e regras. Assim: “Não daremos nossas filhas em casamento aos nossos vizinhos estrangeiros nem deixaremos nossos filhos tomarem as filhas deles.

    31 Quando os povos vizinhos trouxerem suas mercadorias e seus cereais no sábado, não faremos negócios com eles: nem no sábado, nem em qualquer outro dia santificado. De sete em sete anos, deixaremos a terra descansar e cancelaremos todas as dívidas.

    32-33 Comprometemo-nos a pagar o tributo anual de quatro gramas para as despesas do templo do nosso Deus com os pães da mesa, as ofertas de cereais, as ofertas queimadas, as ofertas dos sábados, da lua nova e das festas fixas, as ofertas sagradas, as ofertas de perdão para a expiação a favor de Israel, a manutenção do templo do nosso Deus.

    34 Nós, os sacerdotes, os levitas e todo o povo, escolhemos por sorteio as famílias que trarão a lenha para o fogo do altar do nosso Deus, de acordo com o programa anual estabelecido na Revelação.

    35-36 Comprometemo-nos a entregar anualmente ao templo do Eterno os primeiros frutos da nossa lavoura e dos nossos pomares, o primeiro filho e o primeiro animal e a primeira cria do nosso gado e das nossas ovelhas aos sacerdotes que servem no templo do nosso Deus, como prescreve a Revelação.

    37-39 Traremos o melhor dos nossos cereais, das nossas contribuições do fruto de toda árvore, do vinho e do azeite para os sacerdotes, para os depósitos do templo do nosso Deus. Traremos os dízimos das nossas lavouras para os levitas, uma vez que os levitas foram designados para arrecadar os dízimos nas cidades em que trabalhamos. Um sacerdote, descendente de Arão, supervisionará os levitas na arrecadação dos dízimos para garantir que um décimo do que for arrecadado seja entregue ao tesouro do templo do nosso Deus. Faremos que o povo de Israel e os levitas entreguem os cereais, o vinho e o azeite para os depósitos em que também são guardados os utensílios do santuário e nos quais os sacerdotes, os guardas e os músicos que ministram se reúnem. Não negligenciaremos o templo do nosso Deus.”

  • Neemias, 9

    1-3 No dia 24 do mês, o povo de Israel reuniu-se para um jejum, todos vestidos com pano de saco e com terra no rosto, como sinal de arrependimento. Os israelitas romperam todo relacionamento com os estrangeiros. De pé, confessaram seus pecados e os erros de seus antepassados. Enquanto estavam de pé, leram o livro da Revelação do Eterno, seu Deus, durante três horas. Depois, durante outras três horas fizeram confissões e adoraram a Deus.

    4-5 Um grupo de levitas, formado por Jesua, Bani, Cadmiel, Sebanias, Buni, Serebias, Bani e Quenani, pôs-se de pé na plataforma e orou em voz alta ao Eterno, seu Deus. Os levitas Jesua, Cadmiel, Bani, Hasabneias, Serebias, Hodias, Sebanias e Petaías convidaram o povo: “Levantem-se! Louvem ao Eterno, o seu Deus, para sempre!.”

    5-6 Bendito seja o teu glorioso nome, superando toda bênção e todo louvor! Tu és o único, ó Eterno, somente tu; Fizeste os céus, os céus dos céus e todos os seres celestiais, A terra e tudo que nela há, os oceanos e tudo que neles existe. E preservas a vida de todos; os seres celestiais te adoram.

    7-8 Tu és, ó Eterno, o Deus que escolheu a Abrão, Que o tirou de Ur dos caldeus e trocou seu nome para Abraão. Achaste nele sinceridade e lealdade e fizeste uma aliança com ele; Também a promessa de dar a ele a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, Dos ferezeus, dos jebuseus e dos girgaseus; de entregá-la aos seus descendentes. E cumpriste a tua promessa, pois és justo.

    9-15 Tu atentaste para as angústias dos nossos antepassados no Egito. Ouviste o clamor deles diante do mar Vermelho. Surpreendeste o faraó, seus oficiais e todo o povo daquela terra com milagres e maravilhas. Sabias da arrogante provocação dos egípcios contra o teu povo e engrandeceste o teu nome, que continua assim até hoje. Abriste o mar diante deles, e eles o atravessaram sem molhar os pés. Destruíste os perseguidores, que morreram no fundo do mar. Eles afundaram como uma pedra jogada no mar turbulento. Durante o dia, tu os guiaste com uma coluna de nuvem e, durante a noite, com uma coluna de fogo, Para mostrar o caminho que deveriam seguir. Desceste sobre o monte Sinai, dos céus falaste com eles. Deste a eles instruções sobre como viver, ensinamentos verdadeiros, regras e mandamentos justos. Ensinaste o teu povo a guardar os teus sábados santos. Por meio do teu servo Moisés, deste a eles mandamentos, regras e instruções. Mandaste pão do céu quando eles estavam com fome; fizeste sair água das rochas para saciar a sede deles. E os mandaste entrar e possuir a terra, que tinhas prometido a eles.

    16-19 Mas nossos antepassados foram arrogantes; por teimosia, não obedeceram aos teus mandamentos. Fizeram-se de surdos, recusaram-se a lembrar os milagres que fizeste diante deles; Tornaram-se obstinados e cismaram em voltar para a escravidão do Egito. Mas tu, sendo Deus perdoador, misericordioso e compassivo, De paciência inacreditável e cheio de amor, não os desamparaste. Mesmo depois de esculpirem um bezerro e de terem dito: “Este é o deus de vocês, Que os tirou do Egito”, e de terem feito coisas piores, Tu, por tua grande compaixão, não os abandonaste à própria sorte no deserto. A coluna de nuvem não os deixou: Diariamente, ela continuava mostrando o caminho. A coluna de fogo também, à noite, indicava o caminho.

    20-23 Tu concedeste o teu Espírito para ensiná-los a viver com sensatez. Nunca deixaste de enviar o maná, e deste a eles água em abundância. Sustentaste o povo quarenta anos no deserto, e eles tinham tudo de que precisavam. Suas vestes não envelheceram, e seus pés nunca ficaram inchados. Entregaste a eles reinos e povos, repartiste os territórios deles com o teu povo. Eles conquistaram a terra de Seom, rei de Hesbom, e a terra de Ogue, rei de Basã. Fizeste que se multiplicassem como as estrelas do céu. E os fizeste entrar e possuir a terra, pois havias prometido aos seus antepassados Que eles iriam conquistá-la.

    24-25 Eles entraram na terra, tomaram posse dela e fizeram morada ali. Os cananeus que viviam ali renderam-se diante deles. Tu entregaste ao teu povo a terra, os reis e o povo deles: podiam fazer o que quisessem com eles. Eles conquistaram fortalezas e lavouras produtivas, possuíram casas cheias de bens, Cisternas, vinhas, olivais, pomares com muitas árvores. Comeram e se fartaram do melhor da terra; deleitaram-se em tua grande bondade.

    26-31 Mas eles se rebelaram contra ti, abandonaram as tuas leis e mataram os teus profetas, Os profetas que tentavam conduzi-los de volta para ti, e fizeram coisas ainda piores. Tu os entregaste aos inimigos, que os maltrataram. Mesmo assim, no meio da aflição, eles clamaram a ti, e tu os ouviste dos céus, Por conta da tua imensa compaixão, enviaste libertadores Que os salvavam da crueldade dos inimigos. Mas, assim que as coisas melhoravam, voltavam a cometer pecados piores. Então, entregaste aquele povo à própria sorte, aos inimigos, que os dominavam. Outra vez eles clamaram, e, por tua grande compaixão, tu os ouviste e os livraste. Isso se repetiu várias vezes. Tu os aconselhaste a voltar para a tua Revelação, mas eles reagiram com arrogância: Desprezaram teus mandamentos, rejeitaram tuas ordenanças — as palavras que dão vida ao ser humano! Simplesmente, viraram as costas, foram intransigentes e não quiseram ouvir. Por muitos anos, foste compreensivo com eles e os advertiste por teu Espírito, por meio dos teus profetas. Quando se recusavam a ouvir, tu os entregavas aos estrangeiros. Mesmo assim, por causa da tua grande compaixão, não os aniquilaste. Não os abandonaste para sempre. Pois tu és um Deus de misericórdia e de compaixão.

    32-37 Agora, nosso Deus, nosso grande Deus, majestoso e temível, fiel à aliança e compassivo, Não desprezes tudo que nós, os nossos reis, nossos príncipes, nossos sacerdotes e profetas sofreram, Os nossos antepassados e todo o teu povo, desde o tempo dos reis da Assíria até hoje. Tu não és o culpado por tudo que nos sobreveio. Foste correto em tudo: nós é que erramos. Nossos reis, príncipes, sacerdotes e antepassados não deram valor à tua Revelação; Eles ignoraram teus mandamentos, desprezaram tuas advertências. Mesmo quando o reino deles ainda era independente e desfrutavam a tua generosa bondade, Vivendo naquela terra fértil e espaçosa, que estendeste diante deles, Eles não te serviram, mas viraram as costas para ti e voltaram a praticar o mal. Por isso, estamos aqui, outra vez como escravos, mas esta é a terra que deste aos nossos antepassados, Para que pudessem desfrutar vida boa; mas olha agora para nós: não passamos de escravos em nossa terra. A colheita é farta, mas tem de ser entregue aos reis que nos dominam com tua permissão, por causa dos nossos pecados. Eles agem como se fossem donos da nossa vida e fazem o que bem entendem com o nosso gado. Estamos muito aflitos.

    38 “Por essa razão, estamos firmando um acordo, selando um documento assinado por nossos príncipes, nossos levitas e nossos sacerdotes.”

  • Neemias, 8

    ESDRAS E A REVELAÇÃO
    1 Por volta do sétimo mês, quando todos os israelitas haviam se instalado em suas cidades, o povo se reuniu na praça em frente da Porta das Águas e pediu que o escriba Esdras trouxesse o Livro da Revelação de Moisés, que o Eterno tinha dado a Israel.

    2-3 Então, o sacerdote Esdras trouxe o livro para a congregação, formada por homens e mulheres, todos capazes de entender seu conteúdo. Isso aconteceu no primeiro dia do sétimo mês. Ele leu a Revelação de frente para a praça que ficava diante da Porta das Águas, desde cedo até o meio-dia, na presença de homens e mulheres e de todos os que conseguiam entender a leitura. Todos ouviam atentamente o que dizia o Livro da Revelação.

    4 O escriba Esdras estava sobre uma plataforma de madeira, construída especialmente para a ocasião. Do seu lado direito, estavam Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaseias; do lado esquerdo, estavam Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.

    5-6 Esdras abriu o livro. Todos os olhares estavam voltados para ele (que estava de pé sobre a plataforma), e, quando ele abriu o livro, todos ficaram de pé. Esdras louvou ao Eterno, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: “Amém! Amém!” Em seguida, prostraram-se com o rosto em terra em adoração ao Eterno.

    7-8 Os levitas Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaseias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã e Pelaías explicavam a Revelação, enquanto o povo, de pé, ouvia com toda reverência. Eles liam pausadamente o Livro da Revelação de Deus, para que o povo pudesse entendê-lo, e, em seguida, explicavam o que haviam lido.

    9 Neemias, o governador, Esdras, o sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam o povo disseram: “Este dia é consagrado ao Eterno, o seu Deus. Não chorem nem fiquem abatidos” — porque todo o povo chorava enquanto ouvia as palavras da Revelação.

    10 Disseram ainda: “Voltem para casa e preparem uma festa, um banquete com muita comida e bebida. Repartam a comida com os que não têm, pois este dia é consagrado ao Eterno. Não fiquem entristecidos. A alegria do Eterno fortalecerá vocês!”

    11 Os levitas continuaram a tranquilizar o povo: “Sosseguem! Este dia é consagrado. Não fiquem tristes.”

    12 Então, o povo partiu e preparou uma festa. Eles comeram e beberam com muita alegria, até mesmo os pobres. Eles tinham entendido o que havia sido lido para eles.

    13-15 No segundo dia do mês, os chefes das famílias de todo o povo, os sacerdotes e os levitas reuniram-se em torno do escriba Esdras para estudar mais profundamente as palavras da Revelação. Descobriram na Revelação que o Eterno havia ordenado, por meio de Moisés, que o povo de Israel deveria permanecer em cabanas durante as festividades do sétimo mês. Então, baixaram um decreto e divulgaram entre todas as cidades e em Jerusalém: “Subam às colinas e tragam ramos de oliveiras, pinheiros, murtas, palmeiras e qualquer árvore de galhos cheios de folhas, para fazer cabanas, como está escrito.”

    16-17 O povo saiu, trouxe os ramos e fez cabanas sobre o telhado e no quintal das casas, no pátio do templo de Deus, na praça da Porta das Águas e na praça da Porta de Efraim. Toda a congregação que havia retornado do exílio fez cabanas e permaneceu nelas. O povo de Israel não fazia isso desde o tempo de Josué, filho de Num. Foi um dia maravilhoso! A alegria era geral.

    18 Todos os dias, desde o primeiro até o último, Esdras lia o livro da Revelação de Deus. Celebraram a festa durante sete dias. No oitavo, reuniram solenemente a assembleia, conforme o decreto.

  • Neemias, 7

    OS MUROS RECONSTRUÍDOS: NOMES E NÚMEROS
    1-2 Depois que os muros foram reconstruídos, os portões assentados e os guardas, os cantores e os levitas designados, nomeei meu irmão Hanani, e com ele Hananias, comandante da fortaleza, para administrar Jerusalém. Hananias era honesto e temia a Deus mais que qualquer outra pessoa.

    3 Dei a seguinte ordem: “Não abram os portões de Jerusalém antes do nascer do sol e tranquem os portões com as barras de segurança antes de os guardas se retirarem. Escolham guardas entre os cidadãos de Jerusalém e encarreguem-nos da segurança no trecho que fica diante da casa deles.”

    4 A cidade era grande e espaçosa, mas a população era ainda pouco numerosa, e muitas casas continuavam em ruínas.

    5 Deus pôs em meu coração reunir os nobres, os oficiais e toda a população para que todos fossem registrados. Encontrei os registros genealógicos dos que retornaram do exílio com o primeiro grupo. Estes são os nomes que constavam deles:

    6-60 Estes são os habitantes da província que retornaram do cativeiro, os quais Nabucodonosor, rei da Babilônia, tinha levado cativos. Eles voltaram para Jerusalém e Judá, cada um para sua cidade de origem. Voltaram com Zorobabel, Jesua,Neemias, Azarias, Raamias, Naamani, Mardoqueu, Bilsã, Misperete, Bigvai, Neum e Baaná. O número dos homens do povo de Israel por famílias de origem: Parós, 2.172; Sefatias, 372; Ara, 652; Paate Moabe (descendentes de Jesua e Joabe), 2.818; Elão, 1. 254; Zatu, 845; Zacai, 760; Binui, 648; Bebai, 628; Azgade, 2.322; Adonicão, 667; Bigvai, 2.067; Adim, 655; Ater (descendentes de Ezequias), 98; Hasum, 328; Besai, 324; Harife, 112; Gibeom, 95. Os israelitas identificados por lugar de origem: Belém e Netofate, 188; Anatote, 128; Bete-Azmavete, 42; Quiriate-Jearim, Cefira e Beerote, 743; Ramá e Geba, 621; Micmás, 122; Betel e Ai, 123; o outro Nebo, 52; o outro Elão, 1.254; Harim, 320; Jericó, 345; Lode, Hadide e Ono, 721; Senaá, 3.930. Das famílias dos sacerdotes: Jedaías (descendentes de Jesua), 973; Imer, 1.052; Pasur, 1. 247; Harim, 1.017. As famílias dos levitas: Jesua (descendentes de Cadmiel e de Hodeva), 74. Os cantores: Os descendentes de Asafe, 148. As famílias dos guardas: Salum, Ater, Talmom, Acube, Hatita e Sobai, 138. As famílias dos servidores do templo: Zia, Hasufa, Tabaote, Queros, Sia, Padom, Lebana, Hagaba, Salmai, Hanã, Gidel, Gaar, Reaías, Rezim, Necoda, Gazão, Uzá, Paseia, Besai, Meunim, Nefusim, Baquebuque, Hacufa, Harur, Baslite, Meída, Harsa, Barcos, Sísera, Tamá, Nesias e Hatifa. As famílias dos servidores de Salomão: Sotai, Soferete, Perida, Jaala, Darcom, Gidel, Sefatias, Hatil, Poquerete-Hazebaim e Amom. Os servidores do templo e os servos de Salomão, 392.

    61-63 Estes são os que vieram de Tel-Melá, Tel-Harsa, Querube, Amom e Imer. Eles não conseguiram provar que eram israelitas: Os descendentes de Delaías, Tobias e Necoda, 642. O mesmo aconteceu com estas famílias de sacerdotes: Os descendentes de Habaías, Hacoz, Barzilai, que se casou com uma filha de Barzilai, de Gileade, e era chamado por esse nome.

    64-65 Eles procuraram os registros da família, mas não encontraram. Por isso, foram impedidos de exercer a função de sacerdote e considerados ritualmente impuros. O governador determinou que eles não poderiam comer do alimento sagrado até que um dos sacerdotes definisse a situação deles por meio do Urim e do Tumim.

    66-69 O total dos que voltaram do exílio foi 42. 360, sem contar os escravos, que totalizavam 7. 337. Também havia 245 cantores e cantoras, que possuíam 736 cavalos, 245 mulas, 435 camelos e 6. 720 jumentos.

    70-72 Alguns dos chefes das famílias entregaram ofertas voluntárias para a obra. O governador deu ao tesouro 8 quilos de ouro, 50 bacias e 530 vestimentas para os sacerdotes. Alguns dos chefes das famílias deram para o tesouro uma oferta de 160 quilos de ouro e 1. 320 quilos de prata para a obra. O restante do povo contribuiu com 160 quilos de ouro, 1. 200 quilos de prata e 67 vestimentas para os sacerdotes.

    73 Os sacerdotes, os levitas, os guardas, os cantores, os servidores do templo, com alguns outros e com o restante do povo de Israel, encontraram lugar para morar em suas cidades de origem.

  • Neemias, 6

    “ESTOU OCUPADO COM UM TRABALHO IMPORTANTE”
    1-2 Quando Sambalate, Tobias, Gesém, o árabe, e nossos demais inimigos souberam que havíamos reconstruído o muro e que não havia mais brechas nele, apesar de ainda não termos posto todos os portões, Sambalate e Gesém mandaram dizer: “Venha se encontrar conosco em Quefirim, no vale de Ono.”

    2-3 Eu sabia que eles pretendiam me causar algum mal; por isso, mandei dizer: “Estou ocupado com um trabalho importante e não posso ir agora. Por que interromperia o que estou fazendo só para me encontrar com vocês?.”

    4 Eles fizeram o convite quatro vezes, e quatro vezes mandei a mesma resposta.

    5-6 Então, pela quinta vez, pelo mesmo mensageiro, Sambalate mandou uma carta selada com a seguinte mensagem:

    6-7 “Estão dizendo entre as nações, e Gesém confirma isso, que você e os judeus estão planejando uma revolta, e que essa é a razão de estarem reconstruindo os muros. Estão dizendo que você quer ser rei e que já nomeou profetas para proclamar em Jerusalém: ‘Há um rei em Judá!’. Tudo isso será relatado ao rei. Você não acha melhor sentarmos para conversar?”

    8 Mandei dizer: “Tudo o que você está falando não passa de invenção sua.”

    9 Eles estavam tentando nos intimidar. Pensavam: “Eles vão desistir e, assim, nunca terminarão essa obra.” Mas pedi a Deus: “Dá-me torças.”

    10 Logo depois, fiz uma reunião secreta com Semaías, filho de Delaías, filho de Meetabel, em sua casa. Ele disse: “Vamos nos reunir no templo de Deus, dentro do templo. Vamos nos proteger com as portas trancadas, pois, eles vêm para matá-lo. É isso mesmo, eles virão à noite para tirar a sua vida.”

    11 Respondi: “Por que alguém como eu teria de fugir? E por que teria de me esconder justamente no templo? Não vou fazer isso!”

    12-13 Senti que aquele plano não agradava a Deus. A suposta profecia, na verdade, era uma estratégia de Tobias e Sambalate. Eles haviam contratado Semaías. Eles pagaram para que ele me assustasse e me enganasse e, assim, acabasse profanando o templo e manchando a minha reputação. Com isso, teriam do que me acusar.

    14 Orei: “Ó Deus, não permitas que Tobias e Sambalate se livrem de todo o dano que causaram. Faça o mesmo à profetisa Noadia e aos demais profetas que tentam minar minha confiança”

    15-16 A reconstrução dos muros foi concluída no dia 25 do mês de elul. Foram cinquenta e dois dias de trabalho. Quando nossos inimigos souberam disso e as nações ao redor viram a obra que fizemos, nossos adversários perderam a esperança. No fundo, reconheceram que a obra era de Deus.

    17-19 Durante todo esse tempo, os nobres de Judá se correspondiam com Tobias. Muitos dos nobres tinham ligações com ele, porque ele era genro de Secanias, filho de Ara, e seu filho Joanã havia se casado com a filha de Mesulão, filho de Berequias. Eles me contavam todas as coisas boas que ele havia feito e, depois, contavam para ele tudo que eu dizia. Então, Tobias mandava cartas para me intimidar.

  • Neemias, 5

    O GRANDE PROTESTO
    1-2 O povo iniciou um grande protesto, do qual até as mulheres participaram, contra seus companheiros judeus. Alguns diziam: “Temos famílias grandes. Se não tivermos comida, vamos morrer!”

    3 Outros diziam: “Tivemos que hipotecar nossos campos, nossas vinhas e nossas casas apenas para comprar trigo, para não morrer de fome!”

    4-5 Outros ainda diziam: “Precisamos pedir dinheiro emprestado até para pagar o imposto real sobre nossos campos e vinhas. Vejam: somos do mesmo sangue que nossos irmãos. Nossos filhos são tão bons quanto os deles, mas estamos a ponto de vendê-los como escravos — algumas das nossas filhas já foram vendidas. E não podemos fazer nada, porque nossos campos e vinhas já pertencem a outros.”

    6-7 Quando soube do protesto e das reclamações, fiquei muito aborrecido. Depois de analisar a questão, censurei os nobres e os oficiais: “Vocês estão se aproveitando de seus irmãos!.”

    7-8 Em seguida, convoquei uma reunião de emergência para tratar do assunto e disse à assembleia: “Fizemos tudo que podíamos para resgatar nossos compatriotas judeus que foram vendidos como escravos a estrangeiros. Agora, vocês estão vendendo esses mesmos compatriotas de volta à escravidão! Isso significa que teremos de comprá-los outra vez?” Eles não disseram nada. Mas, também, o que poderiam dizer?

    9 “O que vocês estão fazendo está errado. Onde está o temor de Deus? Vocês não se importam com o que as nações ao redor, os nossos inimigos, vão pensar de vocês?

    10-11 “Eu, meus irmãos e as pessoas que estão trabalhando comigo também emprestamos dinheiro para eles. Mas é preciso parar com a cobrança de juros. Devolvam a eles os campos, as vinhas, os olivais e as casas. Perdoem todas as dívidas e não cobrem o trigo, o vinho nem o azeite.”

    12-13 Eles responderam: “Está bem, vamos devolver. Não faremos mais exigências. Faremos tudo que você nos disser.” Logo depois, reuni os sacerdotes e obriguei os nobres e os oficiais a cumprir a palavra dada. Eu mesmo tirei tudo que tinha no bolso, sacudi na frente deles e disse: “Que Deus esvazie o bolso e a casa daquele que não cumprir a promessa! Que seja sacudido e esvaziado!” Todos concordaram e disseram: “Vamos fazer assim.” E louvaram a Deus. O povo cumpriu mesmo a sua palavra “

    LEMBRA-TE DE MIM, Ó DEUS
    14-16 Desde que o rei Artaxerxes me nomeou governador da terra de Judá, do vigésimo ano ao trigésimo segundo ano do reinado de Artaxerxes, nem eu nem meus irmãos nos beneficiamos da comida destinada ao governador. Os governadores antes de mim oprimiam o povo, exigindo comida e vinho, além de quatrocentos e oitenta gramas de prata — até seus auxiliares se aproveitavam do povo. Mas, por temor a Deus, eu não fiz isso. Eu tinha um trabalho a fazer: construir o muro. E me dediquei a ele. Todos os meus homens estavam envolvidos no trabalho. Não tínhamos tempo para nos preocupar em adquirir propriedades.

    17-18 Além disso, dei de comer do meu próprio bolso a cento e cinquenta judeus e oficiais provenientes de nações vizinhas. Um boi, seis ovelhas e vários frangos eram preparados todos os dias, e, a cada dez dias, eu fornecia grande quantidade de vinho. Mesmo assim, nunca me faltou nada.

    19 “Lembra-te de mim, ó Deus, de tudo que fiz por esse povo.”

  • Neemias, 4

    GUARDAS ARMADOS
    1-2 Quando Sambalate soube que estávamos reconstruindo o muro, ficou furioso e começou a difamar os judeus. Na companhia de seus comparsas e do exército de Samaria, esbravejou: “O que esses pobres judeus estão fazendo? Os coitados acreditam que vão conseguir, da noite para o dia, restaurar tudo e deixar como antes. Será que vão levantar pedras do nada?”

    3 Tobias, o amonita, que concordava com ele, acrescentou: “Isso mesmo! O que eles pensam que estão construindo? É só uma raposa subir no muro que ele desmorona.”

    4-5 Neemias orou: “Ouve-nos, ó Deus. Estamos sendo ridicularizados. Faz cair sobre eles essa zombaria. Que os inimigos deles os levem cativos como despojo para uma terra distante. Não perdoes a iniquidade deles, não os absolvas do seu pecado. Eles estão insultando os que se dedicam à reconstrução!”

    6 Continuamos a restaurar os muros e, em pouco tempo, ele foi fechado até a metade da altura pretendida, porque o povo estava motivado para trabalhar.

    7-9 Quando Sambalate, Tobias, os árabes, os amonitas e os asdoditas souberam que a reconstrução dos muros de Jerusalém estava indo bem e que as brechas do muro estavam sendo tapadas, quase subiram pelas paredes de tanta raiva. Eles se uniram e resolveram atacar Jerusalém, com a intenção de provocar o caos. Mas nós reagimos, orando ao nosso Deus e pondo guardas dia e noite para vigiá-los.

    10 Não passou muito tempo, começaram a dizer em Judá: “Os trabalhadores já estão cansados, ainda há muito entulho acumulado. É muito trabalho para nós, não conseguiremos terminar.”

    11-12 Ao mesmo tempo, nossos inimigos diziam: “Eles nem saberão quem os atacou. Quando menos esperarem, estaremos no pescoço deles e vamos matar qualquer um que encontrarmos pela frente. Com isso, a obra será interrompida!” Os judeus que eram vizinhos deles alertavam: “Eles estão rodeando. Daqui a pouco, vão atacar!” Ouvimos o aviso dez vezes.

    13-14 Por isso, posicionei guardas nos lugares mais vulneráveis do muro e organizei o povo por famílias, equipando-os com espadas, lanças e arcos. Depois de inspecionar tudo, chamei os nobres, os oficiais e os demais e disse: “Não fiquem com medo deles. Atentem para o Senhor, o Deus grande e temível, e lutem por amor de seus irmãos, seus filhos, suas filhas, suas mulheres e suas casas.”

    15-18 Nossos inimigos descobriram que sabíamos de todos os seus planos e que Deus havia frustrado sua estratégia. Então, voltamos ao trabalho no muro. A partir desse momento, metade dos jovens trabalhava, enquanto a outra metade fazia a segurança com lanças, escudos, arcos e armaduras. Os oficiais militares garantiam em Judá a proteção de todos os que se dedicavam à reconstrução do muro. Os construtores trabalhavam com uma ferramenta numa mão e seguravam uma lança com a outra. Cada um dos construtores trabalhava com uma espada na cintura. Ao meu lado, ficava o moço que, se fosse preciso, tocaria a trombeta para fazer soar o alerta.

    19-20 Um dia, falei aos nobres, aos oficiais e aos demais: “Há muito trabalho ainda, e estamos muito espalhados ao longo do muro, distantes uns dos outros. Quando ouvirem o som da trombeta, juntem-se a nós. O nosso Deus lutará por nós.”

    21 Assim, continuamos trabalhando, desde o nascer do sol até o anoitecer, a metade de nós armada.

    22 Também instruí o povo: “Cada pessoa e seu ajudante devem permanecer dentro da cidade. Durante a noite, servirão de guarda, e de dia, trabalharão na construção.”

    23 Dormíamos todos vestidos, eu, meus irmãos, meus trabalhadores e os guardas que nos protegiam. Ninguém largava sua lança, nem para beber água.