Categoria: Neemias

O Livro de Neemias
Introdução
O Livro de Neemias pode ser dividido em três partes:
1. A história da reconstrução das muralhas de Jerusalém, dirigida por Neemias, que foi mandado pelo rei da Pérsia para governar Judá. Neemias realizou também várias reformas sociais e religiosas.
2. A leitura, dirigida por Esdras, da Lei de Deus e a confissão de pecados pelo povo.
3. Outras atividades de Neemias como governador de Judá. Neemias sempre dependeu de Deus e foi um homem de oração.
Esquema do conteúdo
1. Neemias volta para Jerusalém (1.1—2.20)
2. A reconstrução das muralhas de Jerusalém (3.1—7.73)
3. A leitura da Lei e a renovação da aliança (8.1—10.39)
4. Outras atividades de Neemias (11.1—13.31)

  • Neemias, 3

    1-2 O sacerdote principal Eliasibe e seus colegas sacerdotes logo se prontificaram. Começaram a trabalhar na Porta das Ovelhas. Restauraram as portas e fixaram-nas nos batentes. Depois, seguiram até a torre dos Cem e a torre de Hananeel. Os homens de Jericó trabalhavam com eles. Ao lado deles, Zacur, filho de Inri.

    3-5 A Porta do Peixe foi construído pelos irmãos Hassenaá. Eles o restauraram, o encaixaram nos batentes e instalaram as trancas e as travas de segurança. Meremote, filho de Urias, filho de Hacoz, trabalhou do lado dele. Ao seu lado, Mesulão, filho de Berequias, filho de Mesezabel; depois, Zadoque, filho de Baaná; ao lado dele, os tecoítas, exceto os nobres, que se recusavam a sujar as mãos.

    6-8 A Porta de Jesana foi restaurada por Joiada, filho de Paseia, e por Mesulão, filho de Besodias. Eles o restauraram, o encaixaram nos batentes e instalaram as trancas e as travas de segurança. O gibeonita Melatias, o meronotita Jadom e os homens de Gibeom e de Mispá, lugares que estavam sob a jurisdição do governador da província além do Eufrates, trabalharam com eles. Uziel, filho de Haraías, um dos ferreiros, trabalhou do lado deles, e, a seu lado, Hananias, um perfumista. Eles reconstruíram os muros de Jerusalém até o muro Largo.

    9-10 O trecho seguinte foi construído por Refaías, filho de Hur, governador da metade de Jerusalém. Ao lado dele, Jedaías, filho de Harumafe, reconstruiu a frente de sua casa. Hatus, filho de Hasabneias, trabalhou do lado dele.

    11-12 Malquias, filho de Harim, e Hassube, filho de Paate Moabe, reconstruíram outro trecho, que incluía a torre dos Fornos. Ao lado deles, Salum, filho de Haloês, governador da outra metade de Jerusalém, trabalhou com suas filhas.

    13 A Porta do Vale foi reconstruída por Hanum e pelos moradores de Zanoa. Eles a restauraram, a puseram nos batentes e instalaram as trancas e as travas de segurança. Reconstruíram também quatrocentos e cinquenta metros do muro, até a Porta do Esterco.

    14 A Porta do Esterco foi reconstruída por Malquias, filho de Recabe, governador do distrito de Bete Haquerém. Ele a restaurou, a pôs nos batentes e instalou as trancas e as travas de segurança.

    15 A Porta da Fonte foi reconstruída por Salum, filho de Col Hozé, governador do distrito de Mispá. Ele a restaurou, a cobriu, a pôs nos batentes e instalou as trancas e as travas de segurança. Também reconstruiu o muro do tanque de Siloé, que fica no jardim do rei, até os degraus que descem da Cidade de Davi.

    16 Depois dele,Neemias, filho de Azbuque, governador da metade do distrito de Bete Zur, trabalhou desde o trecho diante do túmulo de Davi até o tanque artificial e a casa dos soldados.

    17-18 Em seguida, estavam os levitas sob o comando de Reum, filho de Bani. Ao lado deles, Hasabias, governador da metade do distrito de Queila, representou aquela região. Depois, seus irmãos continuaram reconstruindo, sob o comando de Binui, filho de Henadade, governador da outra metade do distrito de Queila.

    19-23 O trecho que se estende desde a subida do depósito de armas até a esquina do muro foi reconstruído por Ézer, filho de Jesua, governador de Mispá. O trecho desde a esquina até a porta da casa do sacerdote principal Eliasibe foi reconstruído por Baruque, filho de Zabai. Meremote, filho de Urias, filho de Hacoz, trabalhou desde a porta até o final da casa de Eliasibe. Os sacerdotes da vizinhança continuaram dali. Benjamim e Hassube reconstruíram o trecho do muro diante das suas casas, e Azarias, filho de Maaseias, filho de Ananias, trabalhou do lado das residências.

    24-27 O trecho desde a casa de Azarias até a esquina foi reconstruído por Binui, filho de Henadade. Palal, filho de Uzai, trabalhou do outro lado da esquina e da torre que fica no palácio superior do rei, perto do pátio da guarda. Ao lado dele, Pedaías, filho de Parós, e os servidores do templo que viviam na colina de Ofel reconstruíram desde a Porta das Águas para o leste até a torre alta. Os homens de Tecoa reconstruíram o trecho desde a grande torre até o muro de Ofel.

    28-30 Os sacerdotes trabalharam no lado de cima da Porta dos Cavalos. Cada sacerdote reconstruiu o trecho em frente da sua casa. Depois, Zadoque, filho de Imer, reconstruiu em frente da sua casa e, em seguida, Semaías, filho de Secanias, o guarda da Porta Oriental. Depois, Hananias, filho de Selemias, e Hanum, o sexto filho de Zalafe; em seguida, Mesulão, filho de Berequias, reconstruiu o muro diante do seu galpão.

    31-32 O ferreiro Malquias reconstruiu o muro até o alojamento dos servidores do templo e dos comerciantes, desde a altura da Porta da Inspeção até a guarita da esquina. Os ferreiros e os comerciantes reconstruíram o trecho que fica entre a guarita da esquina e a Porta das Ovelhas.

  • Neemias, 2

    1-2 No mês de nisã, no vigésimo ano do rei Artaxerxes, na hora de servir o vinho, fui levar a bebida ao rei, como de costume. Eu nunca tinha ficado constrangido na presença do rei; por isso, ele me perguntou: “Você parece abatido. Não está doente ou deprimido, está?”

    2-3 A pergunta me deixou ainda mais perturbado. Respondi: “Viva o rei! Como eu não estaria abatido se a cidade na qual todos os meus familiares estão sepultados está em ruínas e só restam cinzas dos seus portões?.”

    4-5 O rei perguntou: “O que você deseja?” Orando ao Deus dos céus, fiz o meu pedido: “Se o rei está contente comigo e acha que sou um bom funcionário, dá-me permissão para ir a Judá, até a cidade na qual meus antepassados estão sepultados, para que eu possa reconstruí-la.”

    6 O rei, com a rainha sentada ao seu lado, disse: “Quanto tempo você precisa para realizar esse trabalho e quando estará de volta?.” Eu disse a data, e o rei concordou com a minha ida.

    7-8 Depois, eu disse: “Se o rei concordar, escreva cartas aos governadores do território a oeste do Eufrates para que me deixem passar até chegar a Judá. Que o rei dê também ordens a Asafe, o encarregado dos bosques do rei, para me fornecer madeira para as vigas do complexo do templo, para os muros da cidade e para a casa em que vou me alojar.”

    8-9 A mão generosa cie Deus estava comigo, e o rei me concedeu as cartas. Quando me encontrei com os governadores do outro lado do rio Eufrates, mostrei a eles as cartas do rei. O rei providenciou até mesmo uma escolta de cavaleiros.

    10 Quando Sambalate, o horonita, e Tobias, o oficial amonita, souberam disso, ficaram furiosos. Eles não se conformavam em ver alguém defender os interesses do povo de Israel.

    “VAMOS CONSTRUIR OS MUROS DE JERUSALÉM”
    11-12 Foi assim que cheguei a Jerusalém. Depois de três dias, eu e alguns homens que estavam comigo nos levantamos no meio da noite. Eu não tinha contado a ninguém o que Deus havia posto no meu coração a respeito de Jerusalém. O único animal que tínhamos era aquele em que eu estava montado.

    13-16 Na escuridão da noite, passei pela Porta do Vale na direção da fonte do Dragão até a Porta do Esterco, inspecionando os muros de Jerusalém que haviam sido derrubados e os portões que haviam sido queimados. Depois, passei pela Porta da Fonte e subi em direção ao tanque do Rei, mas não havia como o jumento em que eu estava montando passar. Então, subi pelo vale naquela escuridão, inspecionei o muro e voltei pela Porta do Vale. As autoridades locais não sabiam onde eu havia ido e o que estava fazendo. Eu não tinha dito aos judeus, aos sacerdotes, aos nobres, às autoridades locais nem a qualquer outra pessoa que estaria trabalhando.

    17-18 Então, apresentei a eles um relatório: “Vamos ser francos! A situação está muito ruim. Jerusalém está em ruínas, os portões estão todos queimados. Venham comigo! Vamos construir os muros de Jerusalém, para que essa situação lamentável tenha um fim” Também contei a eles que Deus estava comigo e que o rei estava me apoiando. Eles responderam: “Estamos com você. Vamos começar.” Logo estavam prontos para começar a obra.

    19 Quando Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, souberam disso, começaram a caçoar de nós: “O que vocês estão fazendo? Pensam que podem passar por cima das ordens do rei?”

    20 Respondi: “O Deus dos céus nos dará sucesso. Somos servos dele e vamos reconstruir os muros. Vocês podem ficar fora disso. Não deem palpite. Jerusalém não é da conta de vocês!”

  • Neemias, 1

    1-2 Esta é a história deNeemias, filho de Hacalias. Era o mês de quisleu, do vigésimo ano, ocasião em que eu morava no complexo real de Susã. Hanani, um de meus irmãos, tinha acabado de chegar de Judá com alguns judeus. Perguntei a eles sobre as condições dos judeus que sobreviveram ao exílio e sobre a situação de Jerusalém.

    3 A resposta deles foi: “A condição dos sobreviventes do exílio que ainda estão na província é péssima. Eles enfrentam muitas dificuldades. Os muros de Jerusalém continuam em ruínas, e dos portões só restam as cinzas.”

    4 Quando ouvi isso, sentei-me e chorei. Durante vários dias, a tristeza me dominou, e fiquei sem comer nada, orando ao Deus dos céus.

    5-6 Eu disse: “Ó Eterno, Deus dos céus, Deus grande e tremendo, que és leal à tua aliança e fiel a todos os que te amam e obedecem aos teus mandamentos, olha para mim! Ouve a minha oração. Presta atenção às súplicas que teu servo tem dirigido a ti, dia e noite, intercedendo por teu povo, Israel, confessando os pecados deles. Eu mesmo e meus antepassados estamos entre os que pecaram contra ti.

    7-9 “Fizemos muito pouco caso de ti. Não obedecemos ao que nos ordenaste, ignoramos os teus mandamentos e desrespeitamos as determinações que deste ao teu servo Moisés. Lembra-te de que alertaste teu servo Moisés, dizendo: ‘Se vocês me abandonarem, eu os espalharei aos quatro cantos da terra, mas, se voltarem para mim e fizerem o que eu disser, reunirei todos os que estiverem dispersos, onde quer que estejam, e os trarei de volta ao lugar em que estabeleci meu nome’.

    10-11 “Eles são teus servos, o povo que libertaste de maneira poderosa e impressionante. Ó Senhor, ouve a oração do teu servo e de todos os que honram o teu nome. Permite que o rei concorde com o pedido que farei hoje.” Na época, eu era encarregado de servir a bebida do rei.