Categoria: Antigo Testamento

  • Êxodo, 1

    1-5 Estes são os nomes dos israelitas que foram com Jacó para o Egito, cada um com sua família: Rúben, Simeão, Levi e Judá, Issacar, Zebulom e Benjamim, Dã e Naftali, Gade e Aser. Ao todo, eram setenta pessoas da descendência de Jacó. José já estava no Egito.

    6-7 Então, José morreu, e morreram todos os seus irmãos e a geração inteira. Mas os descendentes de Israel continuaram a ter filhos. Eles eram extremamente férteis, e houve uma explosão populacional no país, que se encheu de israelitas.

    UM NOVO REI… QUE NÃO SABIA NADA DE JOSÉ
    8-10 Tempos depois, um novo rei assumiu o poder no Egito. Ele nunca tinha ouvido falar de José e, apavorado, falou ao povo: “Há israelitas demais aqui! Temos de fazer alguma coisa. Precisamos de um plano para contê-los, para evitar que se aliem a algum inimigo nosso numa situação de guerra ou que deixem o país.”

    11-14 A solução foi dividi-los em grupos para trabalhos forçados sob as ordens de capatazes. Eles construíram para o faraó as cidades-armazém de Pitom e Ramessés. No entanto, quanto mais os egípcios os pressionavam, mais filhos os israelitas tinham — havia crianças hebreias por todo canto! Os egípcios ficaram com tanto medo de não conseguir dominar os israelitas que passaram a tratá-los com mais crueldade, oprimindo-os com trabalho escravo. Eles eram atormentados pelos egípcios e obrigados a fazer tijolos de barro e a trabalhar pesado nos campos. A sobrecarga de trabalho impunha a eles uma rotina cruel.

    15-16 O rei do Egito teve uma conversa com duas parteiras dos hebreus, uma chamada Sifrá, e a outra, Puá. Ele ordenou: “Quando vocês fizerem o parto das mulheres dos hebreus, olhem para saber de que sexo é o bebê. Se for menino, matem-no; se for menina, deixem que viva.”

    17-18 Mas as parteiras tinham grande respeito por Deus e não fizeram o que o rei do Egito havia ordenado: deixaram os meninos viver. O rei do Egito mandou chamá-las e perguntou: “Por que vocês não obedeceram às minhas ordens? Vocês deixaram que os meninos vivessem!”

    19 As parteiras responderam ao faraó: “As mulheres dos hebreus não são como as egípcias, porque têm muito vigor e dão à luz antes mesmo que as parteiras cheguem.”

    20-21 Deus estava satisfeito com as parteiras. E o povo continuava a aumentar, tornando-se muito forte. E, como as parteiras honraram Deus, ele permitiu que elas também constituíssem família.

    22 Então, o faraó expediu o seguinte decreto: “Todo menino que nascer deverá ser afogado no Nilo. Mas deixem as meninas viver.”

  • Levítico, 27

    VOTOS, CONSAGRAÇÃO E RESGATE
    1-8 O Eterno disse a Moisés; “Fale com o povo de Israel e diga a eles: ‘Se alguém quiser dedicar uma pessoa ao serviço do Eterno por meio de um voto, estabeleça o valor de um homem entre 20 e 60 anos de idade em seiscentos gramas de prata, de acordo com o padrão do santuário. No caso de uma mulher, o valor é de trezentos e sessenta gramas. Se a pessoa tiver entre 5 e 25 anos de idade, estabeleça o valor em duzentos e quarenta gramas para os homens e cento e vinte gramas para as mulheres. Se a pessoa tiver entre um mês e 5 anos de idade, o valor será de sessenta gramas para os meninos e trinta e seis gramas para as meninas. Se alguém for pobre e não puder pagar o valor estabelecido, deve apresentar a pessoa ao sacerdote, que, então, estabelecerá o valor de acordo com as posses de quem fez o voto.

    9-13 “‘Se o que ele prometeu com o voto for um animal aceitável como oferta ao Eterno, o animal será dado ao Eterno e se tornará propriedade do santuário. Quem fizer o voto não deverá trocar um animal perfeito por um defeituoso nem um defeituoso por um perfeito. Se ele, desonestamente, substituir um animal por outro, os dois animais se tornarão propriedade do santuário. Se o que ele prometeu por voto for um animal impuro, que não pode ser aceito como oferta ao Eterno, o animal deverá ser mostrado ao sacerdote, que fixará seu valor, alto ou baixo. O que o sacerdote fixar será seu valor. Se o proprietário mudar de ideia e quiser resgatar o animal, terá de acrescentar vinte por cento ao valor fixado.

    14-15 “‘Se um homem dedicar sua casa ao Eterno, e ela passar a ser propriedade do santuário, o sacerdote fixará seu valor, seja alto, seja baixo. O que o sacerdote fixar será seu valor. Se o homem quiser a casa de volta, terá de acrescentar vinte por cento ao seu valor; então, a casa será dele outra vez.

    16-21 “‘Se um homem consagrar ao Eterno parte da terra da família, seu valor será fixado de acordo com o montante de sementes necessárias, na proporção de seiscentos gramas de prata para cada barril de semente de cevada. Se ele consagrar a terra no ano do Jubileu, o valor fixado permanece. Mas, se ele a consagrar depois do ano do Jubileu, o sacerdote calculará o valor de acordo com o tempo restante até o ano do Jubileu seguinte, reduzindo o valor na proporção desses anos. Se a pessoa que consagrou a terra quiser comprá-la de volta, terá de acrescentar vinte por cento ao seu valor, e ela será dele de novo. Mas, se ele não a resgatar ou vender a outra pessoa, a terra não poderá ser comprada de volta. Quando ela for liberada, no ano do Jubileu, se tornará sagrada para o Eterno, propriedade do santuário, e irá para as mãos dos sacerdotes.

    22-25 “‘Se um homem consagrar ao Eterno uma terra que tenha comprado e que não fazia parte das terras da família, o sacerdote calculará seu valor proporcional ao tempo que falta para o ano do Jubileu seguinte. O homem deverá pagar o valor no ato, como algo que agora é sagrado para o Eterno, propriedade do santuário. No ano do Jubileu, ela voltará ao seu proprietário original, o homem de quem ele a comprou. A avaliação será feita segundo o padrão do santuário, de doze gramas.

    26-27 “‘Ninguém poderá consagrar a primeira cria de um animal: ela já pertence ao Eterno. Não importa se é do gado ou do rebanho, é propriedade do Eterno. Se for um animal ritualmente impuro, poderá ser comprado de volta, segundo o valor estipulado e acrescido de vinte por cento. Se não houver resgate, será vendido pelo valor estipulado.

    28 “‘Mas nada do que um homem consagrar irrevogavelmente de suas posses ao Eterno, quer dos animais, quer das terras da família, poderá ser vendido ou comprado de volta. Tudo que for consagrado será santíssimo: é propriedade inalienável do Eterno.

    29 “‘Nenhuma pessoa consagrada à destruição poderá ser resgatada. Terá de ser morta’

    30-33 “‘Um décimo do produto da terra, seja do cereal do solo, seja do fruto da árvore, pertence ao Eterno. É santo para o Eterno. Se um homem comprar de volta parte do dízimo que deu, deverá acrescentar vinte por cento a ele. Um décimo dos rebanhos, todo décimo animal que passar debaixo da vara do pastor, será consagrado ao Eterno. Ninguém poderá escolher para si os bons e entregar os defeituosos, nem fazer troca alguma. Se fizer uma substituição desonesta, os dois animais se tornarão propriedade do santuário e não poderão ser resgatados’.”

    34 Esses são os mandamentos que o Eterno deu a Moisés no monte Sinai, a serem transmitidos ao povo de Israel.

  • Levítico, 26

    1 “‘Não façam ídolos para vocês. Nenhuma imagem ou coluna sagrada deve ser erguida por vocês. Nenhuma pedra esculpida deve existir em sua terra, para que ninguém se curve diante dela em adoração. Eu sou o Eterno, o seu Deus.

    2 “‘Guardem meus sábados. Tratem meu santuário com reverência. Eu sou o Eterno’.”

    “SE VOCÊS VIVEREM DE ACORDO COM MEUS DECRETOS…”
    3-5 “‘Se vocês viverem de acordo com meus decretos e obedecerem fielmente aos meus mandamentos, enviarei as chuvas na época certa. O solo dará suas: colheitas; e as árvores, seus frutos. Vocês farão a debulha dos grãos até a colheita da uva, e a colheita da uva continuará até a época do plantio. Vocês terão mais que o suficiente para comer e viverão seguros e protegidos na sua terra.

    6-10 “‘Farei da sua terra um lugar de paz, e vocês poderão dormir à noite sem temor. Eliminarei da terra os animais selvagens e acabarei com a guerra. Vocês perseguirão seus inimigos e os derrotarão: cinco de vocês perseguirão cem, e cem de vocês perseguirão dez mil e acabarão com eles. Darei a vocês atenção total. Farei que vocês prosperem e cresçam em número e guardarei minha aliança com vocês. Vocês ainda estarão comendo da colheita do ano anterior e já terão de limpar os celeiros para a nova safra.

    11-13 “‘Vou estabelecer minha morada entre vocês. Não os rejeitarei e passearei pelas suas cidades. Serei seu Deus, e vocês serão meu povo. Eu sou o Eterno, o seu Deus pessoal, que resgatou vocês do Egito para que não fossem mais escravos dos egípcios. Arranquei o jugo da escravidão para que vocês pudessem se mover livremente.”

    “MAS, SE VOCÊS SE NEGAREM A ME OBEDECER…”
    14-17 “‘Mas, se vocês se negarem a me obedecer e não observarem meus mandamentos, desprezando meus decretos, desdenhando das minhas leis, pela sua desobediência, e fazendo pouco caso da minha aliança, então, vou agir e causar pavor entre vocês por meio de doenças, febre alta e cegueira: sua vida definhará pouco a pouco. Vocês semearão, mas seus inimigos colherão. Vou virar as costas para vocês e ficar de lado enquanto seus inimigos os derrotam. Vocês serão governados por povos que os odeiam e fugirão apavorados mesmo quando ninguém estiver perseguindo vocês.

    18-20 “‘E, se, ainda assim, eu não conseguir obter a atenção de vocês, vou discipliná-los com muito mais rigor por seus pecados. O orgulho de vocês será quebrado. O céu acima de vocês será como uma chapa de ferro; e o solo, como uma calçada de bronze. Não importa quanto se esforçarem, não conseguirão produzir mais nada. Não haverá mais colheitas nem frutos nas árvores.

    21-22 “‘Se vocês me desafiarem e se negarem a me ouvir, o castigo será sete vezes pior que seu pecado. Atiçarei os animais selvagens contra vocês, e eles roubarão seus filhos, matarão seu gado e dizimarão suas comunidades a ponto de vocês pensarem que estão vivendo numa cidade-fantasma.

    23-26 “JSe isso não funcionar e vocês rejeitarem minha disciplina e continuarem a me desafiar, então, será minha vez de desafiá-los. Meu castigo será sete vezes mais rigoroso que seus pecados. Trarei guerra contra vocês, para vingar a violação da minha aliança. E, quando vocês tentarem formar grupos para se proteger, enviarei uma epidemia mortal sobre vocês, que os deixará indefesos diante dos inimigos. Quando eu cortar seu suprimento de pão, dez mulheres assarão pão num forno e o dividirão entre si. Vocês comerão, mas a comida será escassa — ninguém ficará satisfeito.

    27-35 “‘Se nem isso funcionar e vocês ainda não quiserem me ouvir e continuarem me desafiando, minha paciência vai se esgotar, e castigarei vocês com verdadeira fúria, em proporção muito superior aos seus pecados. A fome será tão severa que vocês acabarão comendo os próprios filhos cozidos e suas filhas assadas. Vou pôr abaixo seus santuários de sexo e de religião e toda a parafernália que os acompanha. Os cadáveres de vocês e os pedaços dos ídolos estarão na mesma pilha. Enojado de vocês, transformarei suas cidades em entulho. Farei uma devassa em seus santuários e vou tapar o nariz para não sentir o “aroma agradável” dos seus sacrifícios. Transformarei sua terra em paisagem devastada — os inimigos que a invadirem ficarão assustados com o que vão encontrar. Espalharei vocês por todo o mundo e os perseguirei com a ponta da minha espada nas suas costas. Não sobrará nada em sua terra, e nada acontecerá em suas cidades. Depois que vocês tiverem saído e estiverem dispersos pelas nações dos seus inimigos, a terra, agora sem vocês, finalmente poderá descansar e desfrutar os anos sabáticos. Todo o tempo em que estiver vazia, a terra terá seu descanso, os sábados que nunca teve enquanto vocês viviam ali:

    36-39 “‘Aqueles entre vocês que ainda estiverem vivos terão uma existência de medo e pavor — entrarão em pânico até com o movimento de uma folha. Eles correrão pra lá e pra cá, como se estivessem tentando salvar a vida, mesmo que ninguém os esteja perseguindo; ficarão tropeçando e pisoteando uns aos outros, em total desorientação. Vocês não terão chance alguma contra os inimigos e morrerão em terras estrangeiras — a terra dos seus inimigos devorará vocês. Quem sobrar apodrecerá lentamente nas terras dos inimigos. Apodrecerá, sim, e tudo por causa dos seus pecados, acrescidos dos pecados dos seus antepassados.”

    “MAS, SE VOCÊS CONFESSAREM…”
    40-42 “‘Mas, se vocês confessarem seus pecados e os pecados dos seus antepassados — o comportamento traiçoeiro e a resistência que desencadeou minha resistência e os enviou às terras inimigas —, se amolecerem o coração e se arrependerem do seu pecado, eu me lembrarei da minha aliança com Jacó, da minha aliança com Isaque e, sim, da minha aliança com Abraão. E me lembrarei da terra.

    43-45 “‘A terra estará vazia e desfrutará seus sábados enquanto eles estiverem longe. Eles pagarão pelos seus pecados porque rejeitaram minhas leis e trataram meus decretos com desprezo. Mas, apesar do seu comportamento, enquanto estiverem entre seus inimigos, não os rejeitarei nem desprezarei totalmente. Não quebrarei minha aliança com eles. Eu sou o Eterno, o seu Deus. Por causa deles, me lembrarei da aliança com seus antepassados a quem eu, observado por todos os povos, tirei do Egito a fim de ser o Deus deles. Eu sou o Eterno’.”

    46 Esses são os decretos, as leis e as instruções que o Eterno estabeleceu entre ele e o povo de Israel por meio de Moisés no monte Sinai.

  • Levítico, 25

    O SÁBADO DA TERRA
    1-7 O Eterno disse a Moisés, no monte Sinai: “Fale com o povo de Israel e diga a eles: ‘Quando entrarem na terra que darei a vocês, a terra guardará um sábado para o Eterno. Plantem seus campos, podem suas vinhas e façam suas colheitas durante seis anos. Mas, no sétimo ano, a terra terá um descanso sabático absoluto, um sábado dedicado ao Eterno. Vocês não plantarão seus campos nem podarão suas vinhas. Não colham o que crescer por si nem façam a colheita das uvas das vinhas não podadas. A terra terá um ano de descanso total. Mas vocês poderão comer do que a terra produzir espontaneamente durante o ano de descanso — os escravos, os trabalhadores contratados, os estrangeiros residentes na terra e, claro, o gado e os animais selvagens comerão de tudo que a terra produzir espontaneamente nesse ano’.”

    O ANO DO JUBILEU
    8-12 “‘Contem sete sábados de anos — sete vezes sete anos. Sete sábados de anos dão quarenta e nove anos. Depois, toquem a trombeta no dia 10 do sétimo ano, o dia da expiação. Toquem a trombeta por toda a terra. Santifiquem o quinquagésimo ano. Será um ano sagrado. Proclamem a liberdade por toda a terra a todos os que habitam nela. É o ano do Jubileu para vocês: cada um voltará para a propriedade de sua família e se reunirá com a família inteira. O quinquagésimo ano é o ano do Jubileu: não semeiem, não colham o que a terra produzir nem colham as vinhas não podadas, porque é o ano do Jubileu, um ano sagrado para vocês. Comam apenas o que a terra produzir espontaneamente nos campos.

    13 “‘No ano do Jubileu, todos voltarão para casa, para a propriedade de sua família.

    14-17 “‘Quando vocês fizerem um negócio de compra ou venda de propriedade com um dos seus conterrâneos, ninguém explore seu irmão. Calculem o valor da propriedade com base no número de anos desde o ano do Jubileu. É obrigatório que se estipule o preço com base no número de colheitas restantes até o ano do Jubileu seguinte. Se forem muitos os anos restantes, o valor será maior, e o preço poderá ser aumentado. Mas, se faltarem poucos anos, o valor será menor — nesse caso, diminuam o preço. O que, na verdade, vocês estarão comprando e vendendo será o número de colheitas que ainda farão. Ninguém explore o próximo. Tenham temor de Deus. Eu sou o Eterno, o seu Deus.

    18-22 “‘Obedeçam aos meus decretos e observem minhas leis, e viverão seguros na terra. A terra produzirá seu fruto, e vocês terão comida à vontade e viverão seguros e protegidos. Alguém pode perguntar: O que comeremos no sétimo ano sem plantar e colher? Garanto a vocês: darei colheitas tão abençoadas no sexto ano que a terra produzirá o suficiente para três anos. Enquanto vocês estiverem plantando no oitavo ano, ainda estarão comendo da colheita do sexto ano e comerão dela até que seja feita a colheita do nono ano.

    23-24 “‘A terra não poderá ser vendida de forma definitiva porque ela é minha, e vocês são estrangeiros — vocês são meus inquilinos. Tratem de garantir o direito de resgate de qualquer parte da terra que vocês possuam.

    25-28 “‘Se algum dos seus irmãos empobrecer e for obrigado a vender parte da sua terra, seu parente mais próximo deverá comprá-la e, assim, resgatar a terra que seu irmão vendeu. Se a pessoa não tiver ninguém para resgatar a terra, mas, depois, prosperar e tiver os recursos para seu resgate, ele deverá calcular o valor a partir do tempo em que a vendeu e restituir a diferença ao comprador. Assim, poderá voltar para sua terra. Se ele não conseguir ajuntar dinheiro suficiente para restituir o valor, a terra vendida permanecerá em posse do comprador até o ano do Jubileu. No ano do Jubileu, ela será devolvida, e ele poderá morar de novo em sua propriedade.

    29-31 “‘Se um homem vender uma casa numa cidade murada, ele terá o direito de comprá-la de volta durante um ano após a venda. A qualquer momento nesse período de um ano, ele poderá resgatá-la. Mas, se não a resgatar ao fim de um ano, a casa se tornará posse permanente do comprador e de seus descendentes: não será devolvida no ano do Jubileu. No entanto, casas em vilas não muradas serão consideradas propriedades rurais. Elas podem ser resgatadas e deverão ser devolvidas no ano do Jubileu.

    32-34 “‘Quanto às cidades dos levitas, as casas que estão dentro dessas cidades sempre estarão sujeitas ao resgate. Toda propriedade levítica terá direito a resgate se for vendida numa das cidades dos levitas e retornará a eles no ano do Jubileu, porque as casas nessas cidades são sua única propriedade entre o povo de Israel. As pastagens que pertencem às suas cidades não poderão ser vendidas: são posse permanente dos levitas.”

    35-38 “‘Se um de seus irmãos se tornar tão pobre que já não consiga se sustentar, ajudem-no, assim como fazem com o estrangeiro ou com o residente temporário, para que ele continue vivendo entre vocês. Não o oprimam com juros. Por respeito ao seu Deus, ajudem seu irmão, para que ele continue vivendo entre vocês. Não tirem vantagem da situação difícil dele, cobrando juros abusivos sobre empréstimos, nem lhe emprestem comida, visando lucro. Eu sou o Eterno, que os tirou do Egito para dar a vocês a terra de Canaã e ser seu Deus.

    39-43 “‘Se um de seus irmãos se tornar pobre a ponto de precisar vender-se a um de vocês, não o façam trabalhar como escravo. Tratem-no como trabalhador contratado ou como residente temporário entre vocês. Ele trabalhará até o ano do Jubileu e, depois disso, ele e seus filhos estarão livres para voltar a seu clã e à propriedade de seus antepassados. Os israelitas são os meus servos, que tirei do Egito; por isso, jamais poderão ser vendidos como escravos. Não os tratem com tirania. Tenham temor de Deus.

    44-46 “‘Os escravos de vocês deverão ser gente de outros povos. Comprem escravos deles. Vocês também podem comprar os filhos de trabalhadores estrangeiros que estão vivendo temporariamente entre vocês e dos que nasceram em sua terra dos clãs que se formaram entre vocês. Eles se tornarão propriedade de vocês e poderão ser deixados como herança para seus filhos e ser escravos para sempre. Mas vocês não poderão tratar com tirania seus irmãos israelitas.

    47-63 “‘Se um estrangeiro ou residente temporário entre vocês enriquecer e alguém do seu povo empobrecer e se vender a esse estrangeiro ou a um membro de um clã estrangeiro, ainda assim, ele terá direito a resgate depois de ter se vendido. Um de seus parentes poderá resgatá-lo. Um tio ou primo ou qualquer parente próximo da sua família poderá resgatá-lo. Ou, se ele conseguir juntar dinheiro suficiente, poderá resgatar a si mesmo. Nesse caso, deve-se calcular o tempo desde o ano em que ele se vendeu até o ano do Jubileu. O valor do resgate será estabelecido de acordo com o salário de um trabalhador contratado multiplicado pelo número de anos. Se faltarem muitos anos até o ano do Jubileu, ele terá de pagar um preço mais alto pelo resgate, mas, se faltarem poucos anos até o ano do Jubileu, o cálculo do seu preço será proporcional. Ele será tratado como trabalhador contratado, ano a ano. O que não pode acontecer é seu senhor o tratar com tirania;

    64-65 “‘Se ele não for resgatado de uma dessas maneiras, estará livre no ano do Jubileu, ele e seus filhos, porque os israelitas são meus servos, os servos que tirei do Egito. Eu sou o Eterno, o seu Deus.”

  • Levítico, 24

    LUZ E PÃO
    14 O Eterno disse a Moisés: “Ordene ao povo de Israel que traga a você azeite de oliva puro para acender as lâmpadas, a fim de que fiquem acesas continuamente. Arão é responsável por manter acesas na presença do Eterno as lâmpadas que estão diante do véu que esconde as tábuas da aliança, na Tenda do Encontro. Esse é um decreto perpétuo, para todas as gerações. Arão é responsável por manter continuamente acesas as lâmpadas no candelabro de ouro puro diante do Eterno.

    6-9 “Pegue farinha da melhor qualidade e asse doze pães, usando dois jarros de farinha para cada pão. Arrume-os em duas fileiras de seis pães sobre a mesa de ouro diante do Eterno. Ponha incenso puro em cada fileira, marcando o pão. Como pão memorial: é uma oferta dedicada ao Eterno. Todos os sábados, esses pães deverão ser postos diante do Eterno, como uma resposta à aliança perpétua de Israel. Os pães, depois, serão dados a Arão e seus filhos, que os comerão em lugar sagrado. É a porção mais sagrada que eles recebem das ofertas consagradas ao Eterno. Esse é um decreto perpétuo.”

    10-12 Certo dia, o filho de uma israelita e de um egípcio apareceu na comunidade dos israelitas e se envolveu numa briga com um israelita, ocorrida no campo. O filho da israelita blasfemou o nome do Eterno e o amaldiçoou, e o caso foi apresentado a Moisés. O nome da mãe do rapaz era Selomite, filha de Dibri, da tribo de Dã, e seu filho ficou detido, esperando que o Eterno revelasse o que fazer.

    13-16 O Eterno disse a Moisés: “Leve o blasfemador para fora do acampamento. Que todos os que o ouviram coloquem a mão sobre a cabeça dele. Em seguida, toda à congregação deverá apedrejá-lo. Depois, diga aos israelitas: Aquele que amaldiçoar a Deus será responsabilizado por isso, e quem blasfemar o nome do Eterno será morto. Toda a congregação deverá apedrejá-lo. Não fará diferença se ele é estrangeiro ou natural da terra: se blasfemar o nome do Eterno, será morto.

    17-22 “Aquele que matar um ser humano terá de ser morto. Aquele que matar o animal de alguém terá de fazer restituição: vida por vida. Aquele que ferir o próximo receberá em troca o mesmo que fez a ele: fratura por fratura, olho por olho, dente por dente. Tudo que ele fez àquela pessoa será feito a ele. Aquele que matar um animal precisa fazer restituição, mas aquele que matar um ser humano terá de ser morto. E não haverá dois pesos e duas medidas: a mesma regra vale para estrangeiros e nativos da terra. Eu sou o Eterno, o seu Deus.”

    23 Moisés transmitiu a decisão divina ao povo de Israel, e eles levaram o blasfemador para fora do acampamento e o apedrejaram. O povo de Israel seguiu as ordens que o Eterno tinha dado a Moisés.

  • Levítico, 23

    AS FESTAS
    1-2 O Eterno disse a Moisés: “Diga ao povo de Israel: ‘Estas são minhas festas, as festas fixas do Eterno que vocês deverão adotar como reuniões sagradas.

    3 “‘Trabalhem durante seis dias. O sétimo dia é um sábado, o dia do descanso absoluto e de reunião sagrada. Não façam trabalho algum. Onde quer que estejam residindo, será sábado dedicado ao Eterno.

    4 “‘Estas são as festas fixas do Eterno, as reuniões sagradas que vocês deverão anunciar nas épocas designadas:

    5 “‘A Páscoa do Eterno, começando no pôr do sol do dia 14 do primeiro mês. 6-8 “A festa dos Pães sem Fermento do Eterno, no dia

    15 do mesmo mês. Vocês comerão pães sem fermento durante sete dias. Convoquem uma reunião sagrada no primeiro dia e não façam trabalho regular algum. Apresentem ofertas preparadas no fogo ao Eterno durante sete dias e, no sétimo dia, façam uma reunião sagrada: não realizem trabalho regular algum’.”

    9-14 O Eterno disse a Moisés: “Diga ao povo de Israel: ‘Quando chegarem à terra que eu estou dando a vocês e fizerem a primeira colheita, tragam ao sacerdote um feixe do primeiro cereal que colherem. Ele balançará o feixe diante do Eterno a favor de vocês. Na manhã após o sábado, o sacerdote o balançará. No mesmo dia em que balançarem o feixe, ofereçam um cordeiro de um ano sem defeito como oferta queimada ao Eterno e, com ele, a oferta de cereal de dois jarros de farinha da melhor qualidade misturada com óleo — oferta preparada no fogo e dedicada ao Eterno, um aroma agradável — e, também, uma oferta derramada de um litro de vinho. Não comam pão nem cereal tostado ou novo antes de terem apresentado essa oferta ao seu Deus. Esse é um decreto perpétuo para todas as gerações vindouras, onde quer que vocês estejam residindo.

    15-21 “‘Contem sete semanas, a partir da manhã depois do sábado em que trouxeram o feixe como oferta movida, cinquenta dias até a manhã do sétimo sábado. Então, apresentem outra oferta de cereal ao Eterno. Tragam, do lugar em que estiverem morando, dois pães, feitos com dois jarros de farinha da melhor qualidade e preparados com fermento, como oferta movida dos primeiros frutos ao Eterno. Além dos pães, ofereçam sete cordeiros de um ano de idade e sem defeito, mais um boi e dois carneiros. Eles serão oferecidos como oferta queimada ao Eterno junto com as ofertas de cereal e as ofertas derramadas — ofertas preparadas no fogo e dedicadas como aroma agradável ao Eterno. Ofereçam um bode como oferta de perdão e dois cordeiros de um ano de idade como oferta de paz. O sacerdote balançará os dois cordeiros diante do Eterno, junto com o pão dos primeiros frutos. Essas são as ofertas sagradas destinadas aos sacerdotes. O dia inteiro será como uma reunião sagrada. Não façam trabalho regular algum. É um decreto perpétuo, válido onde quer que vocês estejam residindo, por todas as gerações.

    22 “‘Quando fizerem a colheita, não colham todo o grão, até as bordas do campo, nem juntem as espigas que tiverem caído ao chão. Deixem a sobra para os pobres e estrangeiros. Eu sou o Eterno, oseu Deus’.”

    23-25 O Eterno disse a Moisés: “Diga ao povo de Israel: “‘Separem o primeiro dia do sétimo mês como um dia de descanso, de reunião sagrada — o anúncio será feito com toques de trombeta. Não façam trabalho regular algum. Apresentem uma oferta preparada no fogo e dedicada ao Eterno’.”

    26-32 O Eterno disse a Moisés: “O dia 10 do sétimo mês será o dia da expiação. Organizem uma reunião sagrada, jejuem e ofereçam uma oferta preparada no fogo e dedicada ao Eterno. Não trabalhem nesse dia, porque é o dia em que se fará expiação por vocês diante do seu Eterno. Quem não jejuar nesse dia terá de ser eliminado do meio do povo, e eu mesmo vou eliminar aquele que trabalhar nesse dia. Não façam nenhum trabalho nesse dia — nenhum. Esse é um decreto perpétuo para todas as gerações vindouras, onde quer que vocês estejam residindo. É um sábado de descanso absoluto, um dia de jejum. Guardem o sábado desde o entardecer do dia 9 até o entardecer do dia seguinte.” 33-36 O Eterno disse a Moisés: “Diga ao povo de Israel: ‘A festa das Cabanas do Eterno começa no dia

    15 do sétimo mês. Deverá ter a duração de sete dias. O primeiro dia será uma reunião sagrada: não façam nenhum trabalho regular. Apresentem ofertas preparadas no fogo e dedicadas ao Eterno durante sete dias. No oitavo dia, façam uma reunião sagrada e dediquem uma oferta ao Eterno. É reunião solene: não façam nenhum trabalho regular.

    37-38 “‘Essas são as festas fixas estabelecidas pelo Eterno, que vocês decretarão como reuniões sagradas e, nessas ocasiões, apresentarão ofertas preparadas no fogo e dedicadas ao Eterno: as ofertas queimadas, as ofertas de cereal, os sacrifícios e as ofertas derramadas designadas para cada dia. Essas ofertas serão apresentadas sem que sejam interrompidas as ofertas dos sábados do Eterno e as outras ofertas relacionadas a qualquer voto que vocês tiverem feito e as ofertas voluntárias que trouxerem ao Eterno. 39-43 “‘Resumindo: no dia

    15 do sétimo mês, depois de terem feito as colheitas nos campos, celebrem a festa do Eterno durante sete dias. O primeiro dia será de descanso absoluto, e, também, o sétimo. No primeiro dia, colham os melhores frutos das melhores árvores. Recolham folhas de palmeiras e ramos de árvores frondosas e de salgueiros junto aos riachos e celebrem na presença do Eterno durante sete dias — sim, durante sete dias completos celebrem essa grande festa para o Eterno. Todos os anos, a partir de agora, vocês celebrarão essa festa no sétimo mês. Morem em cabanas durante sete dias — todos os filhos de Israel deverão habitar em cabanas durante esses dias, para que seus descendentes saibam que eu fiz o povo de Israel morar em cabanas quando o tirei da terra do Egito. Eu sou o Eterno, o seu Deus’

    44 Moisés anunciou o calendário das festas anuais fixas do Eterno que Israel deveria celebrar.

  • Levítico, 22

    1-2 O Eterno falou a Moisés: “Diga a Arão e a seus filhos que tratem com reverência as ofertas sagradas que os israelitas consagram a mim, para que não profanem meu santo nome. Eu sou o Eterno.

    3 “Diga também: ‘A partir de agora, se algum de seus descendentes se aproximar, em estado de impureza ritual, das ofertas sagradas que os israelitas consagram ao Eterno, ele será eliminado da minha presença. Eu sou o Eterno.

    7-8 “‘Nenhum dos descendentes de Arão que tenha doença de pele infecciosa ou fluxo poderá comer das ofertas sagradas até que esteja puro. Se tocar qualquer coisa contaminada por um cadáver, ou tiver fluxo seminal, ou for contaminado ao tocar uma criatura que se move rente ao chão, ou tocar uma pessoa que esteja contaminada por alguma razão, em qualquer um desses casos estará ritualmente impuro até a tarde e não poderá comer nenhuma das ofertas sagradas até que tenha se lavado com água. Mas, depois do pôr do sol, ele estará puro, e poderá comer das ofertas sagradas: elas são seu alimento. Nenhum deles também poderá se contaminar comendo carne de animal encontrado morto ou despedaçado por animais selvagens. Eu sou o Eterno.

    9 “‘Os sacerdotes terão de observar minhas instruções, para que não sejam culpados e morram por tratar as ofertas com irreverência. Eu sou o Eterno, que os santifico.

    10-13 “‘Nenhum cidadão comum ou leigo poderá comer algo que tenha sido separado como oferta sagrada. Tampouco o visitante do sacerdote ou seus servos poderão comer sua comida. Se a filha de um sacerdote se casar com alguém que não seja sacerdote, ela não poderá mais comer das ofertas sagradas. Mas, se ficar viúva ou se divorciar e estiver sem filhos e voltar para a casa de seu pai, vivendo a mesma situação de antes, ela poderá voltar a participar da mesa de seu pai. Mas nenhuma pessoa comum poderá comer das ofertas sagradas.

    14 “‘Se alguém comer da oferta sagrada por acidente terá de fazer restituição ao sacerdote, com acréscimo de vinte por cento.

    15-16 “‘Os sacerdotes não deverão tratar com irreverência as ofertas sagradas dos israelitas que contribuem para o Eterno, para que não se contaminem e se tornem culpados quando comerem das ofertas sagradas. Eu sou o Eterno, que os santifico’.”

    17-25 O Eterno falou a Moisés: “Diga o seguinte a Arão e seus filhos e a todo o povo de Israel: ‘Cada um de vocês, não importa se nativo da terra ou estrangeiro, que apresentar uma oferta queimada ao Eterno para cumprir algum voto ou como oferta voluntária, precisa certificar-se de que seja um macho sem defeito — um boi, um carneiro ou um bode —, para que seja aceitável. Ninguém tente trazer um animal defeituoso: não será aceito. Sempre que alguém trouxer uma oferta do seu gado ou do rebanho de ovelhas como oferta de paz ao Eterno para cumprir um voto ou como oferta voluntária, o animal terá de ser perfeito. Não tentem oferecerão Eterno um animal cego, aleijado ou mutilado ou um animal com feridas abertas, úlceras ou fluxo. Não ponham nenhum animal defeituoso no altar como oferta ao Eterno. Vocês poderão até apresentar bois ou ovelhas deformados ou atrofiados como oferta voluntária, mas eles não serão aceitos para cumprir voto. Não ofereçam ao Eterno um animal que esteja com os testículos machucados, esmagados, despedaçados ou cortados. Não façam isso em sua terra nem aceitem dos estrangeiros animais defeituosos, muito menos os apresentem como alimento ao Eterno. Por causa dos seus defeitos e deformidades, eles não serão aceitos’.”

    26-30 O Eterno disse a Moisés: “Quando nascer um bezerro, cordeiro ou cabrito, ele deverá ficar com sua mãe durante sete dias. Depois do oitavo dia, é aceitável como oferta dedicada ao Eterno. Não sacrifiquem uma vaca, ovelha ou cabra e sua cria no mesmo dia. Quando apresentarem uma oferta de gratidão ao Eterno, façam isso de forma correta, para que seja aceita. Vocês deverão comê-la no mesmo dia: não deixem sobra para a manhã seguinte. Eu sou o Eterno.

    31 “Façam o que digo: Vivam segundo o que ordeno. Eu sou o Eterno.

    32-33 “Não profanem meu santo nome, Insisto em ser tratado com santa reverência pelo povo de Israel. Sou o Eterno, que os santifico e que os tirou do Egito para ser seu Deus. Eu sou o Eterno.”

  • Levítico, 21

    SACERDOTES CONSAGRADOS
    1-4 O Eterno disse a Moisés: “Fale com os sacerdotes, os filhos de Arão e diga a eles: ‘O sacerdote não deve se contaminar ritualmente por tocar em mortos, exceto no caso de parentes próximos: mãe, pai, filho, filha, irmão ou irmã não casada que seja dependente dele, porque não tem marido. Por esses, ele poderá se tornar ritualmente impuro, mas não com os mortos que são apenas aparentados dele por casamento.

    5-6 “‘Os sacerdotes não deverão rapar a cabeça nem aparar a barba ou fazer cortes no corpo. Eles serão santos para seu Deus e não poderão profanar o nome dele. Sua função é apresentar as oferendas do Eterno, o pão do seu Deus; por isso, eles têm de ser santos.

    7-8 “‘O sacerdote é santo ao seu Deus; por isso, ele não poderá se casar com uma mulher que tenha sido meretriz ou prostituta cultual nem com uma mulher divorciada. Ele terá de ser santo, porque serve o alimento do seu Deus. Vocês o tratarão como santo porque eu, o Eterno, que torno vocês santos, sou santo.

    9 “‘Se a filha de um sacerdote se profanar por meio da prostituição, ela desonra seu pai. Ela terá de ser queimada.

    10-12 “‘O sacerdote principal, aquele entre seus irmãos que recebeu o óleo da unção derramado sobre a cabeça e foi ordenado para vestir as roupas sacerdotais, não deixará que seu cabelo fique despenteado nem vestirá roupas rasgadas. Não poderá entrar num lugar em que haja um cadáver. Ele não deverá se contaminar ritualmente, nem mesmo por seu pai ou por sua mãe. Também não deverá abandonar nem profanar o santuário do seu Deus por causa do óleo da unção que está sobre ele. Eu sou o Eterno.

    13-15 “‘Ele deverá se casar com uma virgem: não poderá ser viúva, nem divorciada, nem prostituta cultual. E só poderá se casar com uma virgem do seu povo. Não poderá contaminar seus descendentes entre seu povo porque eu sou o Eterno que o santifica’.”

    16-23 O Eterno falou a Moisés: “Diga a Arão: ‘Nenhum de seus descendentes, em todas as gerações por vir, que tiver algum defeito, de qualquer espécie, poderá apresentar as ofertas de alimento do seu Deus. Isso significa qualquer um que for cego ou aleijado; que tenha o rosto desfigurado ou o corpo deformado; que tenha pé ou mão defeituosos; que seja corcunda ou anão; que tenha algum defeito nos olhos; que tenha ferida aberta ou testículos defeituosos. Nenhum descendente do sacerdote Arão que tenha algum defeito poderá apresentar ofertas ao Eterno. Ele tem defeito e, portanto, não poderá oferecer o alimento do seu Deus. Ele poderá comer o pão do seu Deus, tanto o mais sagrado quanto o sagrado, mas, por causa do seu defeito, não poderá se aproximar do véu nem do altar. Isso contaminaria o meu santuário. Eu sou o Eterno que os santifico’.”

    24 Foi isso que Moisés transmitiu a Arão, seus filhos e a todo o povo de Israel.

  • Levítico, 20

    1-5 O Eterno falou a Moisés: “Diga aos israelitas: ‘Qualquer israelita ou estrangeiro em Israel que entregar seu filho a Moloque será morto. A congregação o executará por apedrejamento. Eu rejeitarei esse homem e o eliminarei do meio do povo. Ao dar seu filho ao deus Moloque, ele contaminou meu santuário e profanou meu santo nome. Se o povo fizer de conta que nada aconteceu quando ele entregar seu filho ao deus Moloque e não o matar, eu rejeitarei esse homem e sua família e o eliminarei do meio do povo, bem como todos os que tiverem se unido a ele nos abomináveis rituais do deus Moloque.

    6 “‘Decididamente, rejeitarei os que se envolverem com ocultismo ou consultarem espíritos, prostituindo-se com suas práticas. Eu os eliminarei do meio do povo.

    7-8 “‘Preparem-se para viver uma vida santa. Vivam uma vida santa, porque eu sou o Eterno, o seu Deus. Façam o que digo: vivam da forma que eu ordenar. Eu sou o Eterno, que torna vocês santos.

    9 “‘Qualquer pessoa que amaldiçoar seu pai ou sua mãe deve ser morta. Ao amaldiçoar pai ou mãe, ela assinou sua sentença de morte.

    10 “‘Se um homem cometer adultério com a mulher de outro homem — a mulher do; vizinho, por exemplo — ambos, o homem e a mulher, o adúltero e a adúltera terão de ser mortos.

    11 “‘Se um homem tiver relações sexuais com a esposa de seu pai, ele desonrou seu pai. Ambos, o homem e a mulher, terão de ser mortos: eles assinaram sua sentença de morte.

    12 “‘Se um homem tiver relações com sua nora, ambos terão de ser mortos. O que eles fizeram é perverso: eles assinaram sua sentença de morte.

    13 “‘Se um homem tiver relações sexuais com um homem, como se tem com uma mulher, ambos fizeram algo abominável. Terão de ser mortos; eles assinaram sua sentença de morte.

    14 “‘Se um homem se casar com uma mulher e a mãe dela, isso é perversão. Os três terão de ser queimados, eliminando, assim, a perversão da terra.

    15 “‘Se um homem tiver relações com um animal, ele terá de ser morto, e vocês terão de matar o animal.

    16 “‘Se uma mulher tiver relações com um animal, vocês terão de matar a mulher e o animal. Eles terão de ser mortos: eles assinaram sua sentença de morte.

    17 “‘Se um homem se casar com sua irmã, filha do pai ou da mãe, e eles tiverem relações; será uma desgraça. Eles terão de ser executados publicamente. Ele desonrou sua irmã e será responsabilizado por isso.

    18 “‘Se um homem dormir com uma mulher durante o período menstrual e tiver relações com ela, ele expôs a fonte do sangue dela, e ela revelou sua fonte: ambos terão de ser eliminados do meio do povo.

    19 “‘Ninguém tenha relações com sua tia, quer por parte de pai, quer por parte de mãe. Isso desonraria um parente próximo. Ambos serão responsabilizados por esse ato.

    20 “‘Se um homem tiver relações com sua tia, ele desonrou seu tio. Eles serão responsabilizados e morrerão sem filhos.

    21 “‘Se um homem casar com a cunhada, é contaminação. Ele envergonhou seu irmão. Eles ficarão sem filhos.

    22-23 “‘Façam o que digo e pratiquem todos os meus decretos e leis. Vivam de acordo com eles, para que a terra para a qual os estou levando não vomite vocês. Vocês não poderão viver como os povos que estou expulsando dali. Eles fizeram todas essas coisas, e eu odeio tudo isso.

    24-26 “‘Lembrem-se de que eu disse que vocês tomarão posséda terra que estou dando a vocês como herança, uma terra em que manam leite e mel. Eu sou o Eterno, o seu Deus, que separou vocês dos outros povos. Então, vivam de acordo com isso. Façam distinção entre animais e aves ritualmente puros e impuros. Não se contaminem com nenhum animal, ave ou criatura que se mova rente ao chão, que indiquei como impuro para vocês. Vivam uma vida santa diante de mim porque eu, o Eterno, sou santo, e separei vocês dos povos para serem meus.

    27 “‘Todo aquele que consulta espíritos no meio de vocês terá de ser morto. Vocês o executarão por apedrejamento: ele assinou sua sentença de morte’.”

  • Levítico, 19

    EU SOU O ETERNO, O SEU DEUS
    1-2 O Eterno disse a Moisés: “Fale com a congregação de Israel e diga a eles: I ‘Sejam santos porque eu, o Eterno, o seu Deus, sou santo.

    3 “‘Cada um de vocês deve respeitar sua mãe e seu pai. “‘Guardem meus sábados. Eu sou o Eterno, o seu Deus.

    4 “‘Não se voltem para os ídolos, que não têm poder. Não façam ídolos de metal. Eu sou o Eterno, o seu Deus.

    5-8 “‘Quando apresentarem uma oferta de paz ao Eterno, façam da maneira que foi ensinada, para que ela seja aceita. Comam a oferta no dia em que a sacrificarem e no dia seguinte. Tudo que sobrar, no terceiro dia, deverá ser queimado. O que for comido no terceiro dia será carne contaminada e inaceitável. Quem a comer será responsabilizado por isso, porque profanou o que é sagrado para o Eterno. Essa pessoa será eliminada do meio do povo.

    9-10 “‘Quando vocês fizerem sua colheita, não colham todo o grão, até as bordas do campo, nem colham as espigas que tiverem caído ao chão. Na vinha, não colham até os últimos frutos nem voltem para apanhar as uvas caídas. Deixem-nas para os pobres e estrangeiros. Eu sou o Eterno, o seu Deus.

    11 “‘Não roubem. “‘Não mintam. “‘Não enganem ninguém.

    12 “‘Não jurem usando meu nome em vão, profanando o nome do seu Deus. Eu sou o Eterno.

    13 “‘Não explorem nem roubem os amigos. ‘“Não retenham os salários de trabalho braçal dos diaristas até o dia seguinte.

    14 “‘Não amaldiçoem os surdos nem ponham pedra de tropeço na frente dos cegos: tenham temor de Deus. Eu sou o Eterno.

    15 “‘Não pervertam a justiça. Não demonstrem favoritismo nem ao pobre nem ao poderoso. Julguem com base no que estiver certo.

    16 “‘Não espalhem fofocas e boatos. “‘Não fiquem parados sem fazer nada quando a vida do seu vizinho estiver em perigo. Eu sou o Eterno.

    17 “‘Não guardem rancor do seu vizinho. Se alguém tem algo contra um vizinho, trate de resolver o assunto. Do contrário, você será cúmplice dele.

    18 “‘Não busquem vingança nem guardem rancor de ninguém do seu povo. “‘Cada um ame ao próximo como a si mesmo. Eu sou o Eterno.

    19 “‘Obedeçam aos meus decretos. “‘Não cruzem duas espécies diferentes de gado. “‘Não plantem duas espécies diferentes na sua lavoura. “‘Não vistam roupas tecidas com dois tipos de material.

    20-22 “‘Se um homem tiver relações sexuais com uma escrava que esteja prometida a outro homem, mas ainda não foi resgatada nem recebeu a liberdade, deverá ser feita uma investigação. Mas eles não deverão ser mortos, porque ela ainda não era livre. O homem terá de apresentar uma oferta, um carneiro para reparação diante do Eterno, na entrada da Tenda do Encontro. Com o carneiro, o sacerdote realizará o ritual de expiação pelo homem diante do Eterno. Assim, será reparado o pecado que ele cometeu, e ele será perdoado.

    23-25 “‘Quando vocês entrarem na terra e plantarem qualquer tipo de árvore frutífera, não comam do seu fruto durante três anos: ele será considerado não comestível. No quarto ano, o fruto será santo, uma oferta de louvor a Deus. Só a partir do quinto ano, vocês poderão comer seu fruto. Dessa forma, terão colheitas mais ricas. Eu sou ‘ o Eterno, o seu Deus.

    26 “‘Não comam carne que ainda contém sangue. “‘Não pratiquem adivinhação nem magia.

    27 “‘Não cortem o cabelo dos lados da cabeça nem cortem as pontas da barba.

    28 “‘Não façam cortes no corpo por causa dos mortos. “‘Não façam tatuagens no corpo.

    29 “‘Ninguém desonre sua filha, obrigando-a a se prostituir, pois todo o país logo se transformaria num bordel, entregue ao sexo sórdido.

    30 “‘Guardem meus sábados e reverenciem meu santuário: eu sou o Eterno.

    31 “‘Não se envolvam com ocultismo nem consultem espíritos: a alma de vocês será contaminada. Eu sou o Eterno, o seu Deus.

    32 “‘Mostrem respeito pelos mais velhos. Honrem a presença de um idoso. Tenham temor de Deus. Eu sou o Eterno.

    33-34 “‘Quando um estrangeiro for viver na terra de vocês, não tirem vantagem dele. Tratem o estrangeiro como tratam o natural da terra. Amem-no como a alguém da família. Lembrem-se de que vocês foram estrangeiros no Egito.

    35-36 “‘Não usem medidas fraudulentas para comprimento, peso ou quantidade. Usem balanças, pesos e medidas honestos. Eu sou o Eterno, o seu Deus. Eu tirei vocês do Egito.

    37 “‘Obedeçam a todos os meus decretos e leis. Sim, ponham-nos em prática. Eu sou o Eterno’.”