Categoria: Antigo Testamento

  • Êxodo, 21

    1 “Estas são as leis que você deve promulgar:

    2-6 “Quando você comprar um escravo hebreu, ele trabalhará durante seis anos. No sétimo ano, ganhará a liberdade. Se era solteiro quando chegou, deverá ir embora solteiro. Se era casado, deverá ir embora com a esposa. Se seu senhor der a ele uma esposa, e ela tiver filhos e filhas, a esposa, filhos e filhas ficarão com o senhor: o escravo irá embora sozinho. Mas, se o escravo disser: ‘Amo meu senhor, minha esposa e meus filhos; não quero minha liberdade’; então, seu senhor deverá apresentá-lo a Deus e furar a orelha do escravo com uma agulha grossa contra uma porta ou um batente, como sinal de que ele agora será escravo por toda a vida.

    7-11 “Se um homem vender sua filha como escrava, ela não ganhará a liberdade depois de seis anos, como o homem. Se ela não agradar ao seu senhor, a família dela deverá comprá-la de volta. Seu senhor não terá o direito de vendê-la a estrangeiros, pois não cumpriu sua palavra para com ela. Se a entregar a seu filho, deverá tratá-la como filha. Se ele se casar com outra mulher, ela não perderá seu pleno direito às refeições, às roupas e às relações conjugais. Se ele omitir alguma dessas coisas, ela ganhará sua liberdade.

    12-14 “Se uma pessoa agredir outra e causar a morte dela, a pena será a morte. Se não houve intenção de matar, e o que aconteceu foi um acidente, um ‘ato de Deus’, separarei um lugar no qual o homicida poderá se refugiar. Mas, se o homicídio foi premeditado, arquitetado com maldade; então, deverão levá-lo, mesmo que seja do meu altar, e matá-lo.

    15 “Se alguém agredir seu pai ou sua mãe, a pena será a morte.

    16 “Se alguém sequestrar uma pessoa, a pena será a morte, não importa se a pessoa foi vendida ou se ainda está de posse dele.

    17 “Se alguém amaldiçoar seu pai ou sua mãe, sua pena será a morte.

    18-19 “Se acontecer uma briga, e alguém atingir outra pessoa com uma pedra ou com o próprio punho, e a pessoa ferida não morrer, mas ficar presa à cama e, depois, se recuperar, podendo andar de muletas, aquele que a feriu estará livre, mas será obrigado a indenizá-la pela perda de tempo. Ele será o responsável por sua completa recuperação.

    20-21 “Se um proprietário agredir, com um pedaço de pau, seu escravo, seja homem, seja mulher, e ele morrer no local, o escravo deverá ser vingado. Mas, se o escravo sobreviver um ou dois dias, não deverá ser vingado, pois é propriedade do seu senhor.

    22-25 “Se, durante uma briga, uma mulher grávida for agredida e perder o bebê, mas não se ferir, o responsável deverá pagar a compensação exigida pelo marido. Mas, se houver outro ferimento, vocês deverão dar vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, machucado por machucado.

    26-27 “Se o proprietário ferir o olho de um escravo ou escrava, causando cegueira, deverá dar a ele ou a ela a liberdade por causa do olho. Se quebrar o dente de um escravo ou escrava, a liberdade terá de ser concedida, por causa do dente.

    28-32 “Se um boi chifrar um homem ou mulher até a morte, o boi será apedrejado. A carne não será consumida, mas o proprietário do boi sairá livre. Mas, se o boi era conhecido por suas chifradas, e seu dono, mesmo sabendo disso, não tiver tomado nenhuma providência para evitar a situação, e o boi matar um homem ou mulher, o boi será apedrejado, e o dono, condenado à morte. Se for aceito o pagamento de um resgate em vez da morte, ele deverá pagar integralmente, como se fosse um resgate por sua vida. O mesmo julgamento se aplica no caso de um filho ou filha que tenha sofrido ataque do boi. Se o boi chifrar um escravo ou uma escrava, deverão ser pagos trinta siclos de prata ao senhor do escravo, e o boi será apedrejado.

    33-34 “Se alguém tirar a tampa de uma cisterna ou cavar um buraco, deixando-o aberto, e um boi ou um jumento cair dentro dele, o dono da cisterna deverá pagar o valor do animal ao seu proprietário e poderá ficar com o animal que morreu.

    35-36 “Se o boi de uma pessoa ferir o boi de outra, e o animal morrer, o dono deverá vender o boi vivo e dividir o preço obtido. Deverá também dividir o animal morto. Mas, se o boi era conhecido por suas chifradas, e o dono, sabendo disso, não tomou providências para evitar aquela situação, ele deverá pagar boi por boi, mas poderá ficar com o animal que morreu.”

  • Êxodo, 20

    1-2″Estas palavras são todas do Eterno: ‘Eu sou o Eterno, o Deus de vocês, que os tirou da terra do Egito, da vida de escravidão.

    3 Não tenham outros deuses além de mim.

    4-6 Não tenham deuses esculpidos de nenhum tamanho ou forma nem com aparência de coisa alguma, seja de coisas que voam, seja de coisas que andam, seja de coisas que nadam. Não se curvem a elas nem as sirvam, pois sou o Eterno, o Deus de vocês, e sou um Deus ciumento, que pune os filhos pelos pecados dos pais até a terceira e quarta gerações dos que me odeiam. Mas sou leal a milhares que me amam e guardam meus mandamentos.

    7 Não usem o nome do Eterno, o Deus de vocês, para xingamentos ou em brincadeiras. O Eterno não irá tolerar o uso irreverente do seu nome.

    8-11 Guardem o dia de sábado, para que sempre seja santo. Trabalhem seis dias e, nesse tempo, façam tudo que for necessário. Mas o sétimo dia é o sábado do Eterno, o Deus de vocês. Não realizem nenhuma espécie de trabalho, nem vocês, nem seu filho, nem sua filha, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seus animais, nem mesmo o estrangeiro em visita à sua cidade. Porque, em seis dias, o Eterno fez o céu, a terra, o mar e tudo que neles há e descansou no sétimo dia. Portanto, o Eterno abençoou o dia de sábado e o separou como dia santo.

    12 Honrem seu pai e sua mãe, para que tenham vida longa na terra que Deus, o Deus de vocês, está dando a vocês.

    13 Não cometam homicídio.

    14 Não cometam adultério.

    15 Não roubem.

    16 Não difamem o próximo.

    17 Não cobicem a casa do próximo, nem sua esposa, seu escravo, sua escrava, seu boi ou jumento. Não ponham o coração em nada que pertença ao próximo’.”

    18-19 Depois de presenciar todo aquele espetáculo de trovões e relâmpagos, toques de trombeta e fumaça que subia do monte, o povo sentiu muito medo e manteve uma boa distância do lugar. Eles disseram a Moisés: “Fale conosco, e ouviremos, mas que Deus não fale conosco, senão vamos morrer!.”

    20 Moisés tranquilizou o povo: “Não fiquem com medo. Deus veio para provar vocês e incutir em vocês temor profundo e reverente, para que não pequem.”

    21 O povo ficou de longe, enquanto Moisés se aproximava da nuvem espessa na qual Deus estava.

    22-25 E o Eterno disse a Moisés: “Transmita a seguinte mensagem ao povo de Israel: ‘Vocês tiveram a experiência de ver como falo com vocês do céu. Não façam deuses de prata nem deuses de ouro para competir comigo. Façam um altar de terra para mim. Sacrifiquem ali ofertas queimadas, suas ofertas de paz, os cordeiros e o gado. Onde quer que eu faça meu nome ser honrado na adoração que vocês me prestarem, ali estarei e abençoarei vocês. Se usarem pedras para edificar meu altar, não usem pedras lavradas. Se usarem algum instrumento para cortar as pedras, vocês estarão profanando o altar. Não subam ao meu altar por degraus, pois isso iria expor sua nudez’.”

  • Êxodo, 19

    NO MONTE SINAI
    1-2 Três meses após a saída do Egito, os israelitas chegaram ao deserto do Sinai, tendo seguido a rota de Refidim, e ali acamparam, de frente para o monte.

    3-6 Moisés subiu para se encontrar com Deus, e o Eterno chamou-o do monte: “Fale à casa de Jacó é diga ao povo de Israel: ‘Vocês viram o que fiz ao Egito e como trouxe vocês sobre asas de águia até minha presença. Se vocês obedecerem às minhas ordens e cumprirem minha aliança, serão meu tesouro especial entre todos os povos. Toda a terra é minha, mas eu os escolhi porque vocês são especiais: um reino de sacerdotes e uma nação santa’. “Quero que você diga isso ao povo de Israel.”

    7 Depois que retornou, Moisés convocou os líderes de Israel e transmitiu a eles todas as palavras que tinha ouvido do Eterno.

    8 A resposta do povo foi unânime: “Faremos tudo que o Eterno disser.” E Moisés levou ao Eterno a resposta do povo. ‘

    9 O Eterno disse a Moisés: “Prepare-se. Vou me encontrar com você numa nuvem espessa, para que o povo possa ouvir e confiar plenamente em você quando eu falar.” E Moisés transmitiu outra vez ao Eterno a resposta do povo.

    10-13 O Eterno também disse a Moisés: “Vá ao encontro do povo. Nos próximos dois dias, prepare o povo para se encontrar com o Eterno, que é santo. Eles precisam lavar suas roupas, para que estejam preparados no terceiro dia, pois o Eterno descerá sobre o monte Sinai no terceiro dia, e sua presença será conhecida por todo o povo. Coloque barreiras à volta do povo, com esta advertência: ‘Cuidado! Não subam ao monte. Sequer toquem sua base. Quem tocar no monte morrerá, será morte certa. E ninguém deve tocar na pessoa que morrer, pois será apedrejado. Isso mesmo, apedrejado. Ou morto a flechadas. Seja homem, seja animal, deverá morrer’. “Um toque longo de corneta será o sinal de que podem subir ao monte.”

    14-15 Moisés desceu do monte ao encontro do povo e o preparou para a reunião santa. Todos lavaram suas roupas, e Moisés avisou o povo: “Estejam prontos dentro de três dias. Não tenham relações com mulher.”

    16 No terceiro dia, logo de manhã, houve trovões e relâmpagos, e uma nuvem espessa cobria o monte. Ao som estridente da trombeta, todos no acampamento estremeceram de medo.

    17 Moisés conduziu o povo para fora do acampamento, a fim de se encontrar com Deus. O povo ficou em estado de alerta à base do monte.

    18-20 O monte Sinai estava envolto em fumaça, pois o Eterno havia descido como fogo sobre ele. A fumaça que subia era como a de uma fornalha. Todo o monte estremecia com violência. Os toques de trombeta eram cada vez mais fortes. Então, Moisés falou, e Deus respondeu no trovão. O Eterno desceu ao topo do monte Sinai e chamou Moisés para lá. Moisés subiu ao monte.

    21-22 O Eterno disse: “Desça e advirta o povo a não ultrapassar as barreiras para olhar o Eterno, pois, do contrário, muitos irão morrer. Avise os sacerdotes, a fim de que se preparem para a reunião santa, para que o Eterno não se volte contra eles.”

    23 Moisés disse ao Eterno: “Mas o povo não subirá ao monte Sinai. Tu mesmo já nos avisaste, dizendo: ‘Ponham barreiras em volta do monte. Respeitem o monte santo’.”

    24 O Eterno disse: “Desça e volte com Arão. Mas não permita que os sacerdotes e o povo ultrapassem os limites e subam até o Eterno, para que ele não se volte contra eles.”

    25 Moisés desceu. Foi ao encontro do povo e anunciou:

  • Êxodo, 18

    1-4 Jetro, sacerdote de Midiã e sogro de Moisés, ficou sabendo de tudo que Deus havia feito a favor de Moisés e de Israel, seu povo, e ouviu as notícias de que o Eterno tinha libertado Israel do Egito. Jetro acolheu Zípora, esposa de Moisés, que havia sido mandada de volta para casa, e seus dois filhos. O nome de um deles era Gérson (Imigrante), pois Moisés tinha dito: “Sou imigrante em terra estrangeira.” O nome do outro era Eliézer (Auxílio de Deus), porque ele tinha dito: “O Deus do meu pai é meu auxílio e me salvou de morte certa nas mãos do faraó.”

    5-6 O sogro de Moisés levou para o genro os dois filhos e a esposa quando Israel estava acampado no deserto, no monte de Deus. Ele havia mandado avisar Moisés: “Eu, seu sogro, estou indo ao seu encontro. Estou levando sua esposa e seus dois filhos.”

    7-8 Moisés saiu para receber o sogro, curvou-se diante dele e o beijou. Depois de um perguntar ao outro como estava indo, entraram na tenda. Moisés fez um relato minucioso de tudo que o Eterno havia feito ao faraó e ao Egito para ajudar Israel, de todas as dificuldades que eles haviam passado na viagem e de como o Eterno os havia livrado.

    9-11 Jetro ficou maravilhado com todo o bem que o Eterno havia feito a Israel, livrando-o da opressão egípcia. Ele disse: “Bendito seja o Eterno, que livrou vocês do poder do Egito e do faraó, que libertou seu povo da opressão egípcia! Agora sei que o Eterno é maior que todos os outros deuses, pois fez essas coisas a todos os que trataram Israel com arrogância.”

    12 O sogro de Moisés apresentou uma oferta queimada e sacrifícios a Deus. Arão e todos os líderes de Israel participaram da refeição com o sogro de Moisés na presença de Deus.

    13-14 No dia seguinte, Moisés assumiu seu posto para julgar as causas do povo. Os israelitas faziam fila diante dele o dia inteiro, de manhã até a noite. Quando viu como Moisés atendia ao povo, Jetro ficou espantado: “O que está havendo aqui? Por que você faz tudo isso sozinho, obrigando essa gente a ficar na fila diante de você, desde a manhã até a noite?.”

    15-16 Moisés respondeu ao sogro: “Porque eles me procuram para fazer perguntas a respeito de Deus. Quando desejam esclarecer alguma questão, eles vêm me consultar. Também julgo as causas entre vizinhos e ensino a eles as leis e as instruções de Deus.”

    17-23 O sogro de Moisés disse: “Isso não pode continuar assim. Você e as pessoas que o procuram vão ter um esgotamento! É trabalho demais para você, não há como fazer isso sozinho. Ouça a minha orientação, para que você saiba o que fazer e para que Deus esteja com você. Ponha-se diante de Deus e a favor do povo, mas os assuntos devem ser apresentados a Deus. Sua tarefa será ensinar a eles as normas e as instruções, mostrar como viver e o que fazer. Escolha a homens competentes, que temam a Deus e sejam íntegros, incorruptíveis. Nomeie líderes de grupos de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Eles serão responsáveis pelo trabalho de julgar o povo no dia a dia. Eles apresentarão a você as causas mais difíceis, mas julgarão as causas de rotina. Assim, vocês dividirão a carga, e eles facilitarão as coisas para você. Se adotar esse método de administração, você sempre terá disposição para cumprir tudo que Deus ordenar, e o povo também será beneficiado.”

    24-27 Moisés aceitou o conselho do sogro e seguiu todas as suas orientações. Escolheu aos homens competentes em todo o Israel e os nomeou líderes sobre o povo, organizando-os em grupos de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Eles passaram a realizar a tarefa diária de julgar o povo. Só apresentavam a Moisés as causas mais difíceis. As causas de rotina, eles mesmos julgavam. Depois disso, Moisés se despediu do sogro, que voltou para a sua terra.

  • Êxodo, 17

    1-2 Sob a direção do Eterno, toda a comunidade de Israel partiu do deserto de Sim e avançou no caminho por etapas. Eles acamparam em Refidim, mas não havia sequer uma gota de água para o povo beber. E o povo exigiu de Moisés: “Dê-nos água para beber.” Mas Moisés respondeu: “Por que estão me atormentando? Por que estão pondo à prova o Eterno?.”

    3 Mas o povo estava com sede e passou a reclamar a Moisés: “Por que você nos tirou do Egito e nos trouxe para cá com nossos filhos e nossos animais? Foi para morrermos de sede?”

    4 Moisés orou ao Eterno: “O que faço com este povo? Qualquer hora dessas, eles vão me matar!”

    5-6 O Eterno disse a Moisés: “Ponha-se diante do povo e leve com você alguns dos líderes de Israel. Pegue a vara que você usou para tocar o Nilo e comece a andar. Vou acompanhar você até a rocha em Horebe. Quando chegar ali, bata na rocha, e dela jorrará água para o povo beber.”

    6-7 Moisés fez o que Deus ordenou, e os líderes de Israel presenciaram tudo. Ele deu ao lugar o nome de Massá (Lugar de Prova) e Meribá (Discussão), por causa da discussão entre os israelitas e porque eles puseram à prova o Eterno quando disseram: “O Eterno está ou não está conosco?”

    8-9 Amaleque posicionou seu exército para lutar contra Israel em Refidim, e Moisés ordenou a Josué: “Escolha a alguns homens para lutar contra Amaleque. Amanhã, assumirei meu posto no alto do monte, com a vara de Deus.”

    10-13 Josué fez o que Moisés havia ordenado e preparou-se para lutar contra Amaleque. Moisés, Arão e Hur foram para o alto do monte, e, sempre que Moisés levantava as mãos, Israel começava a vencer, mas, quando ele as baixava, a vantagem ficava com Amaleque. Mas Moisés acabou cansando. Então, pegaram uma pedra e a puseram debaixo dele. Ele se sentou nela, e Arão e Hur ficaram segurando suas mãos, um de cada lado. Assim, as mãos dele ficaram erguidas até o pôr do sol, e Josué derrotou Amaleque e seu exército na batalha.

    14 O Eterno disse a Moisés: “Escreva um relato desta batalha, para que Josué possa ler mais tarde, porque vou apagar a memória de Amaleque da face da terra.”

    15-16 Moisés edificou um altar e deu a ele este nome: O Eterno, Minha Bandeira. E disse: “Viva o domínio do Eterno! O Eterno em guerra contra Amaleque Hoje e sempre!”

  • Êxodo, 16

    1-3 No dia 15 do segundo mês após a saída do Egito, toda a comunidade de Israel saiu de Elim e foi para o deserto de Sim, que está entre Elim e o Sinai. E toda a comunidade de Israel foi reclamar com Moisés e Arão no deserto: “Por que o Eterno não nos deixou morrer em paz no Egito, onde tínhamos ensopado de carneiro e pão à vontade? Você nos trouxe a este deserto para matar de fome toda a comunidade de Israel!”

    4-5 O Eterno disse a Moisés: “Vou fazer chover pão do céu. O povo deverá juntar o suficiente para um dia. Eu os porei à prova para ver se vivem ou não de acordo com minhas instruções. No sexto dia, quando forem preparar o que recolheram, terão o dobro da quantidade diária.”

    6-7 Moisés e Arão disseram ao povo de Israel: “Esta noite, vocês saberão que foi o Eterno quem tirou vocês do Egito e, de manhã, verão a glória do Eterno. Ele ouviu suas reclamações contra ele. Saibam que vocês não reclamaram de nós, mas do Eterno.”

    8 Ele acrescentou: “O Eterno dará a vocês carne para comerem de noite e pão pela manhã, pois ele ouviu quando vocês reclamaram dele. Quem somos nós? Vocês não reclamaram de nós, mas do Eterno!”

    9 Moisés deu a seguinte instrução a Arão: “Diga a toda a comunidade de Israel: Aproximem-se do Eterno. Ele ouviu as suas reclamações’.”

    10 Quando Arão deu as instruções a toda comunidade de Israel, eles voltaram os olhos na direção do deserto, e ali estava a glória de Deus, visível na nuvem.

    11-12 O Eterno disse a Moisés: “Ouvi as reclamações dos israelitas; por isso, diga a eles: Ao entardecer, vocês comerão carne e de manhã terão pão à vontade. Assim, entenderão que eu sou o Eterno,seu Deus’”,

    13-15 Naquela noite, um grande número de codornas pousou no acampamento. Na manhã seguinte, havia uma camada de orvalho no terreno em volta. Quando a camada de orvalho desapareceu, uma camada de algo parecido com flocos, finos como a geada, cobria o chão do deserto. Os israelitas, ao ver o estranho fenômeno, começaram a perguntar uns aos outros: Man-hu? (“O que é isso?”). Eles não tinham a menor ideia do que era aquilo.

    15-16 Moisés explicou: “Isso é o pão que o Eterno providenciou para que vocês comessem, e estas são as instruções do Eterno: ‘Juntem o suficiente para cada um, cerca de um jarro por pessoa. Recolham o bastante para cada indivíduo de sua tenda’.”

    17-18 O povo de Israel começou a recolher o alimento. Alguns juntaram mais, outros juntaram menos, mas, quando mediram o que haviam recolhido, não estava sobrando para os que haviam juntado mais nem faltando para os que haviam juntado menos. Cada um havia recolhido a medida necessária.

    19 Moisés deu este aviso: “Não deixem sobrar nada para amanhã.”

    20 Mas houve alguns que não obedeceram a Moisés e guardaram um pouco para o dia seguinte, e o que havia sido guardado ficou cheio de bichos e cheirava mal. Moisés perdeu a paciência com eles.

    21-22 Eles recolhiam o alimento todas as manhãs, o necessário para cada um. Quando o sol ficava mais forte, ele se derretia. No sexto dia, juntaram o dobro de pão, cerca de dois jarros por pessoa. Os líderes da comunidade foram relatar a mudança a Moisés.

    23-24 E Moisés disse: “O que o Eterno falou foi o seguinte: ‘Amanhã é dia de descanso, sábado santo ao Eterno. Assem ou cozinhem hoje o que quiserem e guardem as sobras para amanhã’.” Eles guardaram o que sobrou para o dia seguinte, conforme Moisés havia ordenado. E, dessa vez, o pão não cheirou mal nem criou bichos.

    25-26 Moisés disse também: “Agora comam. Este é o dia, o sábado do Eterno. Hoje vocês não acharão nada. Durante seis dias, deverão juntá-lo, mas o sétimo dia é o sábado, e não haverá alimento para recolher nesse dia.”

    27 Mesmo assim, no sétimo dia alguns saíram para juntar o pão, mas não encontraram nada.

    28-29 O Eterno disse a Moisés: “Até quando vocês vão ignorar minhas ordens e instruções? Será que não percebem que o Eterno deu o sábado a vocês? Foi essa a razão de eu ter dado no sexto dia pão suficiente para dois dias. Portanto, fiquem em casa no sábado. Ninguém saia no sétimo dia.”

    30 E o povo deixou de trabalhar no sétimo dia.

    31 Os israelitas deram ao pão o nome de maná (O que é isso?). Ele era esbranquiçado e parecido com a semente do coentro. O gosto era de bolacha com mel.

    32 Moisés deu mais instruções: “Isto é o que o Eterno ordena: ‘Guardem um jarro cheio de maná, um ômer, para que as futuras gerações possam conhecer o pão com que os alimentei no deserto depois de tirá-los do Egito’.”

    33 Moisés disse a Arão: “Pegue um jarro e encha-o de maná. Coloque-o diante do Eterno. O maná deve ser conservado para as futuras gerações.”

    34 Arão fez o que o Eterno havia ordenado a Moisés, separando um pouco de maná e guardando-o com as tábuas da aliança.

    35 Os israelitas comeram maná durante quarenta anos, até chegar à terra na qual se estabeleceriam. Eles comeram maná até chegar à fronteira de Canaã.

    36 Pelos padrões antigos, um ômer corresponde à décima parte de um efa.

  • Êxodo, 15

    1-8 Então, Moisés e os israelitas cantaram juntos ao Eterno esta canção: Canto com o coração ao Eterno: que vitória maravilhosa! Ele jogou no mar o cavalo e o cavaleiro. O Eterno é minha força, o Eterno é minha canção, o Eterno é minha salvação. Assim é o meu Deus, e vou contar isso ao mundo! Assim é o Deus de meu pai, vou espalhar essa notícia por todo lado! O Eterno é guerreiro, Eterno sob todos os aspectos. As carruagens e o exército do faraó, ele os lançou no mar. Seus melhores oficiais, ele afogou no mar Vermelho. As águas agitadas do oceano os cobriram, afundaram como uma pedra no fundo do mar. Eterno, sua mão direita é forte e irradia poder; sua forte mão direita esmaga o inimigo. Em sua poderosa majestade, ele despedaça seus inimigos arrogantes. Descarrega a chama do seu furor e os consome como c m seco. Ao sopro das suas narinas as águas se ajuntaram; Águas revoltas ficaram represadas, águas profundas viraram um atoleiro.

    9 O inimigo disse: “Eu os perseguirei e vou acabar com eles, Vou tomar o que é deles e, assim, me saciar. Puxarei minha espada e minha mão os deixará desnorteados.”

    10-11 Mas sopraste com toda a força, e o mar os encobriu. Eles afundaram feito chumbo nas águas imponentes. Quem se compara a ti entre os deuses, ó Eterno? Quem se compara a ti em poder, em santa majestade, Em louvores que suscitam temor, ó Deus, que operas maravilhas?

    12-13 Estendeste a mão direita, e a terra os engoliu. Mas o povo que redimiste foi conduzido com amor e por misericórdia; Sob tua proteção, foi guiado às tuas santas pastagens.

    14-18 Os povos se assustaram ao saber da notícia; os filisteus se contorceram e tremeram; Até os chefes de Edom se abalaram, e também os poderosos de Moabe. Todos em Canaã entraram em pânico e esmoreceram. O pavor e o medo os deixaram desnorteados. Com um movimento do teu braço direito, tu os deixaste paralisados como pedras, Enquanto teu povo atravessava o mar, ó Eterno, até que o povo que formaste tivesse atravessado. Tu o trouxeste e o plantaste no monte da tua herança, No lugar em que habitas, no lugar que criaste, No teu santuário, Senhor, que estabeleceste com as próprias mãos. Que o Eterno reine para sempre e por toda a eternidade!

    19 Os cavalos, as carruagens e os cavaleiros do faraó entraram no mar, e o Eterno fez as águas se voltarem contra eles, mas os israelitas atravessaram o mar a pé, sem se molhar.

    20-21 Miriã, profetisa e irmã de Arão, pegou um tamborim, e todas as mulheres a acompanharam, dançando com tamborins. Miriã dirigia o cântico, que dizia: Cantem ao Eterno! Que vitória maravilhosa! Ele jogou no mar cavalo e cavaleiro!

    AS VIAGENS PELO DESERTO
    22-24 Moisés conduziu Israel desde o mar Vermelho até o deserto de Sur. Eles viajaram três dias pelo deserto e não encontraram água. Chegaram a Mara, mas não havia condições de beber a água que havia ali, porque era amarga. Por isso, deram ao lugar o nome Mara (Amarga). E o povo foi reclamar com Moisés: “O que vamos beber?.”

    25 Moisés clamou ao Eterno, e ele mostrou um pedaço de madeira. Moisés jogou-o na água, e ela se transformou em água doce.

    26 Foi nesse lugar que o Eterno fixou normas e regras e foi ali que começou a pôr Israel à prova. O Eterno disse: “Se vocês forem obedientes e atentarem para o Eterno, que os ensinará como viver em sua presença, obedecendo aos seus mandamentos e guardando suas leis, então, não atingirei vocês com as doenças que enviei sobre os egípcios. Eu sou o Eterno, aquele que cura vocês.”

    27 Eles chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras, e acamparam ali, junto das águas.

  • Êxodo, 14

    A SALVAÇÃO CONTADA E CANTADA
    1-2 O Eterno disse a Moisés: “Diga aos israelitas que mudem de direção e acampem em Pi-Hairote, entre Migdol e o mar. Montem acampamento à beira-mar, em frente a Baal-Zefom.

    3-4 “Assim, o faraó vai pensar: ‘Os israelitas se perderam e estão andando a esmo na imensidão do deserto’. E mais uma vez farei que o faraó fique obstinado e saia em perseguição dos israelitas. Meu plano é usar o faraó e seu exército para pôr minha glória em evidência. Assim, os egípcios vão entender de vez que eu sou o Eterno.”

    5-7 Quando contaram ao rei do Egito que o povo havia ido embora, ele e os membros da corte mudaram de ideia, dizendo: “O que foi que fizemos? Libertamos Israel, nossa mão de obra escrava!.” Mais que depressa, o faraó mandou preparar suas carruagens e reuniu o exército. Aparelhou seiscentas de suas melhores carruagens, mais o restante das carruagens egípcias e seus respectivos condutores.

    8-9 O Eterno induziu o rei do Egito a ficar outra vez obstinado e disposto a perseguir os israelitas, que haviam dado as costas para ele e ido embora sem olhar para trás. Os egípcios saíram em perseguição deles e os alcançaram no acampamento à beira-mar. Todas as carruagens do faraó, com seus cavalos e condutores, e todos os seus soldados de infantaria se posicionaram em Pi-Hairote, em frente a Baal-Zefom.

    10-12 Foi, então, que os israelitas avistaram o exército do faraó. Os egípcios! Indo atrás deles! O medo tomou conta deles. Aterrorizados, clamaram ao Eterno e disseram a Moisés: “Será que não havia cemitérios suficientes no Egito, e, por isso, você nos trouxe para morrer no deserto? Para que você nos tirou do Egito? Já não havíamos avisado você que isso iria acontecer? Não dissemos: ‘Deixe-nos em paz aqui no Egito. É melhor ser escravo no Egito que cadáver no deserto?.”

    13 Moisés respondeu ao povo: “Não tenham medo. Fiquem firmes e observem o Eterno realizar hoje sua obra de salvação a favor de vocês. Olhem bem para os egípcios hoje, porque vocês não vão tornar a vê-los.

    14 o Eterno guerreará por vocês. Quanto a vocês, calem a boca!”

    15-16 O Eterno disse a Moisés: “Por que eles estão clamando a mim? Diga aos israelitas que continuem andando. Segure bem alto seu cajado e estenda a mão sobre o mar. Divida o mar ao meio! Os israelitas atravessarão o mar a pé, sem se molhar.

    17-18 “Enquanto isso, induzirei os egípcios a continuar obstinados na perseguição. Vou usar o faraó e o exército dele inteiro, suas carruagens e seus cavaleiros, para pôr minha glória em evidência. Assim, os egípcios ficarão sabendo que eu sou o Eterno.”

    19-20 Em seguida, o anjo de Deus, que estava à frente do acampamento de Israel, posicionou-se à retaguarda, e o mesmo aconteceu com a coluna de nuvem, A nuvem agora estava estacionada entre o exército egípcio e o acampamento de Israel. Ela envolveu o primeiro acampamento na escuridão e inundou o outro com luz. Durante toda a noite, um exército não pôde se aproximar do outro.

    21 Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Eterno afastou as águas com um fortíssimo vento oriental que soprou a noite toda. Aquela parte do mar se transformou em estrada, depois que as águas foram divididas.

    22-25 Os israelitas puderam caminhar através do mar, pisando em solo enxuto, com uma parede de água de cada lado. Depois, foi a vez dos egípcios, que empreenderam uma corrida desenfreada pelo meio do mar com todos os cavalos, carruagens e condutores do faraó. Já era fim da madrugada, e, lá da coluna de fogo e de nuvem, o Eterno semeou o pânico no meio do exército egípcio, travando as rodas das carruagens, que ficaram atoladas. Os egípcios começaram a gritar: “Fujam de Israel! O Eterno está do lado deles e contra o Egito!”

    26 O Eterno disse a Moisés: “Estenda a mão sobre o mar, e as águas vão se fechar sobre os egípcios, suas carruagens e seus cavaleiros.”

    27-28 Ao raiar do dia, Moisés estendeu a mão sobre o mar, que começou a se fechar, enquanto os egípcios tentavam fugir. Mas o Eterno apanhou os egípcios no meio do mar. As águas voltaram e cobriram as carruagens e os condutores do exército do faraó que haviam perseguido Israel até o mar. Ninguém sobreviveu.

    29-31 Mas os israelitas atravessaram pelo meio do mar sobre solo seco, entre duas paredes de água, uma à esquerda e outra à direita. Naquele dia, o Eterno libertou Israel em definitivo da opressão dos egípcios. Israel olhou para os egípcios mortos sobre a areia da praia e percebeu como era grande o poder do Eterno. Ao ver o que ele havia feito com os egípcios, o povo temeu o Eterno e passou a confiar nele e em seu servo Moisés.

  • Êxodo, 13

    1-2 O Eterno disse a Moisés: “Consagrem a mim todos os primogênitos. O primeiro a nascer entre os israelitas, seja homem, seja animal, será meu.”

    3 Moisés fez este pronunciamento ao povo: “Lembrem-se sempre deste dia. Foi neste dia que vocês saíram do Egito, da casa da escravidão. O Eterno tirou vocês de lá com o poder da sua mão. Não comam pão que contenha fermento.

    4-5 “Vocês estão saindo na primavera, no mês de abibe, e deverão repetir esta cerimônia no mesmo mês, depois que o Eterno tiver estabelecido vocês na terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos heveus e dos jebuseus, como ele prometeu a seus antepassados. Ele dará a vocês uma terra em que manam leite e mel.

    6 “Vocês deverão comer pão sem fermento durante sete dias e, no sétimo dia, celebrarão uma festa ao Eterno.

    7 “Durante sete dias, comerão apenas pão sem fermento. Em nenhum lugar, deverá haver fermento ou coisa fermentada..

    8 “Nesse dia, digam a seus filhos: ‘É por causa daquilo que o Eterno fez por mim quando saí do Egito’

    9-10 “O dia que vocês vão guardar será como um sinal em sua mão, um memorial entre seus olhos, a instrução do Eterno na boca de vocês. Foi com o poder da sua mão que o Eterno tirou vocês do Egito. Ano após ano, celebrem esse ritual, nos dias indicados.

    11-13 “Quando o Eterno os estabelecer na terra dos cananeus, como prometeu a vocês e a seus pais, e entregá-la a vocês, separem para o Eterno o primeiro a nascer. Todos os primogênitos entre os animais pertencem ao Eterno. Se quiserem, poderão resgatar a primeira cria da jumenta, substituindo-a por um cordeiro. Se optarem por não resgatá-la, deverão quebrar o pescoço do animal.

    13-16″Vocês deverão resgatar todos os primogênitos do sexo masculino entre seus filhos. Quando seus filhos perguntarem: ‘O que isso quer dizer?’ expliquem: ‘O Eterno, com o poder da sua mão, nos tirou do Egito, onde éramos escravos. O faraó estava obstinado e não queira nos deixar sair, mas o Eterno matou todos os primogênitos no Egito, de homens e de animais. É por isso que ofereço em sacrifício ao Eterno todos os machos que nascem primeiro e resgato o menino primogênito’. Esta declaração servirá como sinal em suas mãos, um símbolo no meio da testa de vocês: o Eterno nos tirou do Egito com o poder da sua mão.”

    17 Depois que o faraó deixou o povo sair, Deus não o conduziu pelo caminho mais curto, que passava pela terra dos filisteus, pois pensou: “Se o povo deparar com a guerra, mudará de ideia e vai querer voltar para o Egito.”

    18 Então, Deus conduziu os israelitas pelo caminho do deserto, rodeando o mar Vermelho. Eles saíram do Egito em formação militar.

    19 Moisés levou com ele os ossos de José, pois este havia feito a família jurar solenemente, dizendo: “Com certeza, Deus os responsabilizará se não o fizerem. Por isso, não deixem de levar meus ossos com vocês.”

    20-22 Eles saíram de Sucote e acamparam em Etã, à margem do deserto. Durante o dia, o Eterno ia à frente deles numa coluna de nuvem, para orientá-los no caminho, e à noite, numa coluna de fogo que os iluminava. Por isso, eles podiam viajar sem impedimento de dia ou de noite. A coluna de nuvem, durante o dia, e a coluna de fogo, à noite, acompanhavam o povo o tempo todo.

  • Êxodo, 12

    1-10 Moisés e Arão ainda estavam no Egito quando o Eterno disse a eles: “Este será o primeiro mês do ano para vocês. Informem toda a comunidade de Israel que, no dia dez deste mês, cada homem deve separar um cabrito ou um cordeiro para sua família, um para cada casa. Se a família for pequena demais para um animal, ele deve ser dividido com um vizinho, de acordo com o número de pessoas. Levem em conta a quantidade que cada pessoa irá comer. O animal deverá ser um macho saudável de um ano de idade. Vocês poderão optar por um cordeiro ou por um cabrito. Mantenham o animal preso até o dia

    14 e, depois, o sacrifiquem. Toda a comunidade de Israel fará isso ao pôr do sol. Em seguida, recolham um pouco do sangue do animal para passar sobre os batentes e na viga superior da porta da casa em que vocês comerão o animal. Nessa noite, vocês devem comer a carne assada, acompanhada de pão sem fermento e de ervas amargas. Não comam nada cru nem cozido em água. O animal inteiro deve ser assado, até mesmo a cabeça, pernas e vísceras. Não deve sobrar nada para a manhã seguinte. Se houver sobras, elas deverão ser queimadas.

    11 “Vocês deverão comê-lo vestidos, como se estivessem prontos para sair, com sandálias nos pés e cajado na mão. Comam depressa: é a Páscoa do Eterno.

    12-13 “Na mesma noite, passarei pela terra do Egito e matarei todos os primogênitos do país, seja homem, seja animal, como uma sentença aplicada sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Eterno. O sangue será um sinal na casa em que vocês moram. Quando vir o sangue, passarei direto, e nenhuma desgraça virá sobre vocês quando eu atingir a terra do Egito.

    14-16 “Esse dia deverá ser sempre lembrado por vocês e comemorado com uma festa ao Eterno por todos os seus descendentes, uma festa fixa que deverá ser sempre celebrada. Vocês comerão pão sem fermento (matzot) durante sete dias: no primeiro dia, tirem de casa todo fermento. A pessoa que comer alguma coisa com fermento entre o primeiro e o sétimo dia será eliminada de Israel. Separem o primeiro dia e o sétimo, pois são dias sagrados. Não trabalhem nesses dias: a única atividade permitida é o preparo das refeições.

    17-20 “Comemorem a festa dos Pães sem Fermento. Ela marca o dia exato em que usei meu poder para tirá-los da terra do Egito. Todas as gerações que estão por vir devem guardar esse dia. É uma festa fixa que deve ser sempre comemorada. No primeiro mês, começando no fim da tarde do dia 14 até o fim da tarde do dia 21, vocês devem comer pão sem fermento. Durante os sete dias, ninguém deve ter fermento guardado em casa. Quem comer algo que contenha fermento, seja visitante, seja nascido na terra, será eliminado da comunidade de Israel. Repito: não comam nesses dias nada que contenha fermento. Apenas matzot.”

    21-23 Moisés reuniu todos os líderes de Israel e os instruiu: “Escolham a um cabrito ou um cordeiro para cada família e sacrifiquem o animal para a Páscoa. Peguem um feixe de hissopo, molhem-no numa vasilha com sangue e passem-no sobre os batentes e na viga superior da porta. Ninguém deve sair de casa antes do amanhecer. O Eterno passará para atingir o Egito. Ele não entrará na casa que tiver a porta marcada com sangue, ou seja, não permitirá que o destruidor entre naquela casa para matar.

    24-27 “Sigam essas instruções. Elas são leis eternas para vocês e para seus descendentes. Quando entrarem na terráqueo Eterno dará a vocês, de acordo coma promessa que fez, continuem a observar todas essas coisas. E, quando seus filhos perguntarem: ‘Por que fazemos isso?’, expliquem a eles: ‘É o sacrifício da Páscoa feito ao Eterno, que não passou pela casa dos israelitas no Egito quando o atingiu com morte. Em vez disso, ele nos resgatou.” Depois dessas palavras, o povo se curvou e adorou.

    28 E os israelitas fizeram tudo que o Eterno havia ordenado a Moisés e Arão,

    29 A meia-noite, o Eterno matou todos os primogênitos do Egito, desde o primogênito do faraó, que se sentava no trono, até o primogênito do prisioneiro no cárcere. Matou também todos os primogênitos dos animais.

    30 Naquela noite, o faraó saiu da cama, bem com todos os membros da corte e os demais habitantes do Egito, e, por todo o Egito, ,o povo chorava e lamentava sua perda. Não havia uma casa sequer em que não houvesse um morto.

    31-32 Na mesma noite, o faraó chamou Moisés e Arão e disse: “Vão embora daqui, vocês e todos os israelitas! Vão e prestem culto ao Eterno como quiserem. Levem suas ovelhas e o gado, o que quiserem, mas saiam do país! E me deem sua bênção.”

    33 Os egípcios não viam a hora de se ver livres dos israelitas. Por isso, os pressionavam e apressavam, dizendo: “Vamos todos morrer!.”

    34-36 O povo pegou a massa de pão sem fermento e enrolou as formas de pão com as roupas; assim, podiam transportá-las nos ombros. Os israelitas haviam seguido à risca as instruções de Moisés e pedido aos egípcios roupas e objetos de prata e de ouro. O Eterno fez que os egípcios se mostrassem generosos para com o povo; eles não negaram nada aos israelitas. Estes raparam os egípcios. 37-39 Os israelitas saíram de Ramessés e partiram na direção de Sucote, uma multidão de

    600 mil homens a pé, aproximadamente, sem contar mulheres e crianças. Um grande número de pessoas desqualificadas aproveitou a ocasião para ir com eles. Havia também imensos rebanhos e muito gado. Os israelitas assaram bolos com a massa trazida do Egito, preparada sem fermento. Eles saíram tão apressados do Egito que nem tiveram tempo de preparar comida para a viagem.

    A PÁSCOA
    40-42 Os israelitas viveram no Egito quatrocentos e trinta anos. Ao fim desse período, exatamente no último dia, todo o exército do Eterno saiu daquele país. O Eterno fez vigília toda aquela noite, cuidando dos israelitas enquanto os tirava do Egito. Por causa disso, todas as gerações de Israel deverão honrar o Eterno, fazendo vigília nessa noite.

    4347 O Eterno disse a Moisés e Arão: “São estas as normas para a comemoração da Páscoa: Nenhum estrangeiro deverá comê-la. O escravo que houver sido comprado e circuncidado poderá comê-la. Eventuais visitantes ou trabalhadores contratados não poderão comê-la. Ela deve ser comida dentro de casa: não levem a carne para a rua. Nenhum osso deverá ser quebrado. Toda a comunidade de Israel deve participar da refeição.

    48 “Se algum imigrante que viva no meio de vocês quiser comemorar a Páscoa do Eterno, todos os de sua família que forem do sexo masculino terão de ser circuncidados para poder participar da refeição. Ele passará a ser tratado como um natural da terra. Mas quem não for circuncidado não poderá comer da Páscoa.”

    49 “As mesmas normas valem para o natural da terra e para o imigrante que vive no meio de vocês.”

    50-51 Os israelitas fizeram exatamente como o Eterno havia ordenado a Moisés e Arão. No mesmo dia, o Eterno tirou os israelitas da terra do Egito, tribo por tribo.